Certa vez um amigo, alemão, me alertou para uma característica essencial do comportamento dos nazistas que, a pretexto de engrandecê-la, destruíram a nação: ali onde outros hesitavam, eles não se detinham sequer para pensar. Disse um dos personagens do poeta e ensaísta alemão exilado em Paris, no século XIX, que ali onde se queimam livros se termina queimando pessoas. Os nazistas não hesitaram em fazer ambas as coisas. Na noite de 10 de maio de 1933 gigantescas fogueiras arderam em toda a Alemanha, queimando milhões de livros.
domingo, 13 de setembro de 2020
Hipócritas da mentira
Certa vez um amigo, alemão, me alertou para uma característica essencial do comportamento dos nazistas que, a pretexto de engrandecê-la, destruíram a nação: ali onde outros hesitavam, eles não se detinham sequer para pensar. Disse um dos personagens do poeta e ensaísta alemão exilado em Paris, no século XIX, que ali onde se queimam livros se termina queimando pessoas. Os nazistas não hesitaram em fazer ambas as coisas. Na noite de 10 de maio de 1933 gigantescas fogueiras arderam em toda a Alemanha, queimando milhões de livros.
A nacionalidade torpedeada
Arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha |
Além do sonho coletivo de viver melhor, as nacionalidades requerem percepção comum do passado. Daí a destruição da memória referente às lutas pela mudança social ser o empreendimento fascista mais gravoso para uma nação.
Uma comunidade auto-estimada cuida de sua memória como quem bebe água. A alternativa é morrer. Não há sociedades sem simbologias que sacralizem seletivamente experiências vividas. É o que indica a expressão “lugares da memória” consagrada pela historiografia francesa. Tais “lugares” constituem referenciais das almas nacionais.
A arquitetura, sendo incisiva portadora de mensagens relativas ao passado e às promessas de um futuro melhor, tem grande peso na construção da memória coletiva. É um instrumento universalmente privilegiado.
sábado, 12 de setembro de 2020
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
A “fada madrinha” de Bob Jefferson
Por Altamiro Borges
Como será que anda o “probo” Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que espalha fake news, faz selfies com fuzil e gosta de posar de valentão? A sua filhota, a também "ética" Cristiane Brasil, está encrencada. Ela foi apontada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como “fada madrinha” de vários negócios sujos.
Segundo uma notinha da Veja, "na denúncia apresentada pelo MP-RJ contra 25 acusados de integrarem um esquema de corrupção em programas de assistência social, ex-deputada federal Cristiane Brasil é apontada como sendo a 'fada madrinha' de uma das empresas contratadas de maneira fraudulenta".
Como será que anda o “probo” Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que espalha fake news, faz selfies com fuzil e gosta de posar de valentão? A sua filhota, a também "ética" Cristiane Brasil, está encrencada. Ela foi apontada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como “fada madrinha” de vários negócios sujos.
Segundo uma notinha da Veja, "na denúncia apresentada pelo MP-RJ contra 25 acusados de integrarem um esquema de corrupção em programas de assistência social, ex-deputada federal Cristiane Brasil é apontada como sendo a 'fada madrinha' de uma das empresas contratadas de maneira fraudulenta".
A luta é por R$ 600 de auxílio emergencial
Por Altamiro Borges
Em mais uma ação unitária, as centrais sindicais brasileiras lançam nos próximos dias uma campanha para coletar assinaturas e pressionar o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a colocar em votação a Medida Provisória 1.000, que trata da prorrogação do auxílio emergencial.
A campanha “600 pelo Brasil – bom para o cidadão, para a economia e para o Brasil” instiga o presidente da Câmara: "Coloca o auxílio emergencial pra votar, Maia". As centrais sindicais, os partidos de oposição e até parlamentares governistas rejeitam a proposta de Bolsonaro-Guedes de redução do auxílio para R$ 300,00.
Em mais uma ação unitária, as centrais sindicais brasileiras lançam nos próximos dias uma campanha para coletar assinaturas e pressionar o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a colocar em votação a Medida Provisória 1.000, que trata da prorrogação do auxílio emergencial.
A campanha “600 pelo Brasil – bom para o cidadão, para a economia e para o Brasil” instiga o presidente da Câmara: "Coloca o auxílio emergencial pra votar, Maia". As centrais sindicais, os partidos de oposição e até parlamentares governistas rejeitam a proposta de Bolsonaro-Guedes de redução do auxílio para R$ 300,00.
Folha e Globo faturam com anúncio enganoso
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Ao final de textos publicados em sites de jornalismo, é comum os leitores se depararem com uma fileira de pequenos anúncios sensacionalistas disfarçados de conteúdo jornalístico. Os títulos são sempre apelativos - conhecidos como clickbaits -, feitos com o único objetivo de fazer o visitante clicar. Esses anúncios geralmente giram em torno de dicas de saúde, novidades sobre celebridades e maneiras fáceis de enriquecer. Quando o leitor clica, é levado para sites desconhecidos de baixíssima qualidade, que oferecem algum produto duvidoso. O problema não são apenas as chamadas sensacionalistas, mas o conteúdo dos textos. Vários deles são falsos. Leitores de sites jornalísticos sérios estão a um clique de distância de fake news.
Covid: 400 milhões de empregos viraram pó
Por César Locatelli, no site Carta Maior:
“Estamos vivendo tempos de partir o coração. Seis meses após a Organização Mundial da Saúde ter declarado que a Covid-19 é uma pandemia, mais de 800.000 pessoas perderam suas vidas em decorrência da doença. Estima-se que 400 milhões de pessoas, a maioria mulheres, perderam seus empregos. Até meio bilhão de pessoas poderá ter sido empurrado para uma situação de pobreza até a pandemia acabar.” Assim principia o mais recente relatório da Oxfam, que tem ‘titulo: “Poder, Lucros e a Pandemia: da distribuição excessiva de lucros e dividendos de empresas para poucos para uma economia que funcione para todos”.
“Estamos vivendo tempos de partir o coração. Seis meses após a Organização Mundial da Saúde ter declarado que a Covid-19 é uma pandemia, mais de 800.000 pessoas perderam suas vidas em decorrência da doença. Estima-se que 400 milhões de pessoas, a maioria mulheres, perderam seus empregos. Até meio bilhão de pessoas poderá ter sido empurrado para uma situação de pobreza até a pandemia acabar.” Assim principia o mais recente relatório da Oxfam, que tem ‘titulo: “Poder, Lucros e a Pandemia: da distribuição excessiva de lucros e dividendos de empresas para poucos para uma economia que funcione para todos”.
Setor de serviços deve piorar projeção do PIB
Por Fernando Brito, em seu blog:
O resultado decepcionante da atividade do setor de serviços – responsável por 70% do Produto Interno Bruto brasileiro – em julho deve piorar as previsões já sombrias do desempenho da economia brasileira.
O crescimento de 2,6% em volume e de 1,4% em receita de junho para julho é, literalmente, nada, porque deu-se sobre um desempenho extremamente baixo.
Os serviços prestados às famílias, inclusive, voltaram a mostrar queda, e forte (-3,9%) e a perda sobre julho de 2019 chega a 55%. Ou seja, caiu a menos da metade.
O crescimento de 2,6% em volume e de 1,4% em receita de junho para julho é, literalmente, nada, porque deu-se sobre um desempenho extremamente baixo.
Os serviços prestados às famílias, inclusive, voltaram a mostrar queda, e forte (-3,9%) e a perda sobre julho de 2019 chega a 55%. Ou seja, caiu a menos da metade.
O nacionalismo de Bolsonaro
Por Armando Boito Jr., no site A terra é redonda:
Por ocasião do 7 de Setembro, o campo democrático e popular deparou-se novamente com a questão: o Governo Bolsonaro e o movimento que o apoia é, de fato, nacionalista? Alguns intelectuais e agrupamentos de esquerda respondem negativamente a essa questão. Afirmam que o nacionalismo de Bolsonaro é vazio, demagógico ou que não seria um “verdadeiro nacionalismo”. Não pensamos que essa seja uma maneira correta de analisar a questão e vamos tentar explicar por que.
Por ocasião do 7 de Setembro, o campo democrático e popular deparou-se novamente com a questão: o Governo Bolsonaro e o movimento que o apoia é, de fato, nacionalista? Alguns intelectuais e agrupamentos de esquerda respondem negativamente a essa questão. Afirmam que o nacionalismo de Bolsonaro é vazio, demagógico ou que não seria um “verdadeiro nacionalismo”. Não pensamos que essa seja uma maneira correta de analisar a questão e vamos tentar explicar por que.
Esperar não é fazer
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O que significa dizer “estamos do lado certo da história e nosso projeto vai voltar”?
O que significa dizer “estamos do lado certo da história e nosso projeto vai voltar”?
A frase remete a uma leitura simplória do materialismo histórico, confundindo determinismo (uma pretensão científica) com fatalismo (uma regressão religiosa). Deve ser tomada com cuidado pois pode sugerir à militância que, qualquer que seja o processo social, “nosso projeto” (qual é mesmo ele?) “vai voltar” um dia, inelutavelmente. E se o destino de nosso projeto é “voltar”, após cada derrota, ele voltará sempre, lutemos ou não, já que essa “volta” não depende de nós, das forças sociais, pois estará sempre no regaço da mãe história. Ela será nosso trem e nos levará à Estação Finlândia.
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