sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Virada à esquerda na América Latina em 2021?

Por Altamiro Borges


Em entrevista recente ao jornal Brasil de Fato, João Pedro Stedile, membro das coordenações do MST e da Via Campesina, mostrou-se otimista com uma virada à esquerda na América Latina neste ano. Esta guinada já teria se iniciado em 2020 com as vitórias nas eleições da Argentina e da Bolívia e no plebiscito no Chile.

"Começaram a soprar os ventos favoráveis dos Andes. As eleições na Argentina e Bolívia e o aprofundamento da crise no Chile, Peru, Equador e Colômbia já estão revelando que vamos ter mudanças no caminho do progresso da esquerda", argumentou. Esperançoso, ele até listou quais seriam as próximas vitórias:

Justiça bloqueia bens dos donos da RedeTV!


Por Altamiro Borges


Os empresários bolsonaristas Almicare Dallevo Junior e Marcelo de Carvalho, donos da RedeTV!, vão precisar bajular ainda mais o "capetão" para arrancar uma graninha do governo e tentar escapar da falência. A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de bens dos dois picaretas em função do calote de uma dívida antiga.

O bloqueio decorre de processo em que a emissora é cobrada por uma dívida de R$ 137,8 milhões. A decisão é da juíza Maria Rita Rebello Pinho, da 3ª vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Os sócios da RedeTV! já anunciaram que vão recorrer da “absurda” sentença, mas a situação é complicada.

2020 trágico para a juventude trabalhadora

Por Altamiro Borges

Desemprego recorde, corte de até 70% nos salários, ataque aos direitos trabalhistas, “uberização”, etc. 2020 foi um ano terrível para os trabalhadores brasileiros, em especial para a juventude trabalhadora. Segundo pesquisa divulgada pelo Estadão, mais de dois terços dos jovens estão hoje em empregos precários.

O estudo foi feito pela consultoria Idados e comprova que 77,4% dos jovens têm empregos de baixa qualidade no país. “Ou seja, de cada 10 trabalhadores com até 24 anos, quase 8 trabalham em situação vulnerável... Em números absolutos, isso significa perto de 7,7 milhões de pessoas”, descreve o jornalão.

Bolsonaro é eleito 'corrupto do ano' no mundo

Por Altamiro Borges

Sem maior alarde, a Folha publicou na quarta-feira (30): "O presidente Bolsonaro (sem partido) foi escolhido a pessoa do ano na categoria crime organizado e corrupção do OCCRP (Organized Crime and Corruption Reporting Project’s), consórcio internacional de jornalistas investigativos e centros de mídia independentes".

Segundo a organização, o presidente brasileiro está "cercado por figuras corruptas, usa propaganda para promover sua agenda populista, minou o Sistema de Justiça e trava guerra destrutiva contra a região da Amazônia que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terra do país”.

O ano de 2020 em números

2020: que ano foi esse?

2021: auxílio emergencial e vacina para todos

Balanço de 2020 e perspectivas para 2021

2020, o melhor do pior dos anos

"Bolsonaro é cúmplice da tortura e da morte"

2021 vai ser o ano da vacina e das mudanças

Por Caroline Oliveira, no site do MST:

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aposta em mudanças na correlação de forças do continente americano em 2021. “Já começaram a soprar os ventos favoráveis dos Andes”, disse o economista de formação em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.

“Vamos ter eleições em fevereiro no Equador, depois no Peru e depois no Chile. As forças progressistas vão ganhar essas três eleições, e isso vai então alterar a correlação de forças na América Latina. Praticamente vai ficar apenas o Brasil como um governo direitista”, explicou Stedile.

“Aqui para o Brasil, a correlação de forças a gente muda com a luta de classes”, receitou. “Estou confiante que assim que conseguirmos universalizar o acesso à vacina, isso vai nos dando capacidade e espaço para mobilizar, fazer lutas de massas, alterar a correlação de forças.”

'Bolsonaro 2021' será um perigo ainda maior

Por Fernando Brito, em seu blog:

Vinícius Torres Freire, na Folha, faz, penso eu, um diagnóstico certeiro desta nova temporada de “Um imbecil no Planalto” que passou a ser exibida nos últimos dias:

Jair Bolsonaro anda inquieto. É assim quando seu poder ou sua popularidade estão ameaçados; quando aumenta o risco de que sua família acabe na cadeia. Então passa a dizer mais atrocidades do que de costume contra a democracia, a razão, a decência e a humanidade.

Sim é isso.

Vamos começar o ano com um coquetel de ingredientes corrosivos: fim do auxílio emergencial, preços a galope, pandemia em disparada, zero de vacinas e plano para aplicá-las atolado até na compra de seringas.

As lições de 2020 e os desafios de 2021

Editorial do site Vermelho:


O Brasil ingressa em 2021 com grandes desafios, mas também com a certeza de amplos setores da sociedade de que o governo Bolsonaro é o grande inimigo da nação. As lições do ano que se finda fizeram aumentar a consciência sobre a importância de mudança de rumo, um grande passo na direção de uma conformação política capaz de deter a marcha autoritária do bolsonarismo. Será a partir da contenção dessa tendência ao arbítrio que o país poderá vislumbrar novos horizontes.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Os perdigotos de Bolsonaro no litoral paulista

Por Altamiro Borges


Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil registrou nesta quarta-feira (30) mais de mil mortes em 24 horas. O levantamento do consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde, confirmou 1.224 óbitos pela Covid-19 num único dia. Uma tragédia, uma marca fúnebre!

Esse é o maior número de mortes registradas em 24 horas desde 20 de agosto. Agora o país atinge um total de 193.940 óbitos desde o começo da pandemia do novo coronavírus. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias foi de 668 – uma das maiores do planeta. 

Vacina: Desinformação, politização e lobby

Por Reinaldo Guimarães

A desinformação existente em relação à situação brasileira quanto às vacinas e à campanha nacional de vacinação contra a Covid é muito grande. O presidente da república desinforma, desinforma o governador de São Paulo, desinforma o Ministério da Saúde e, não menos importante, desinforma também boa parte da imprensa. Neste último caso, a desinformação objetiva criticar governantes, no que há mérito, mas o panorama oferecido não é adequado.