quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Fascismo 2.0 em oito lições

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:


É impossível prever o que vai acontecer nos EUA nas próximas semanas. Várias perguntas cruciais ficam por agora sem resposta. Houve ou não fraude eleitoral? Se houve, foi suficiente para inverter os resultados? Será a transição de Trump para Biden, de Trump para Trump? Ou de Trump para um acordo de compromisso no Congresso em que, tal como aconteceu em 1876, o candidato que ganhou as eleições assume a presidência na condição de aceitar o compromisso extra-eleitoral? Haverá violência nas ruas qualquer que seja a solução, uma vez que qualquer delas marginaliza uma parte importante e polarizada da sociedade? 

ABI pede impeachment do ministro da Saúde

Da Rede Brasil Atual:


A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apresentou nesta terça-feira (6) pedido de impeachment contra o ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Eduardo Pazuello. A má condução da pasta durante a maior crise sanitária em mais de 100 anos norteia o pedido. Assim como a incompetência em construir um programa de vacinação contra a covid-19.

O general do Exército Eduardo Pazuello é o terceiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro, efetivado no posto apesar de não ser médico nem tem experiência com infectologia ou crise sanitária. O presidente demitiu os dois titulares anteriores da pasta, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Ambos, apesar do perfil alinhado com o mercado de saúde privada, não chegaram ao ponto de conseguir seguir sob o comando negacionista de Bolsonaro.

As seringas e a frieza genocida de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sempre se supera quando o assunto é a irresponsabilidade na condução do país. A mais recente postura nesse sentido foi o anúncio de que o governo suspendeu a aquisição de seringas para a vacinação contra Covid-19 “até que os preços voltem à normalidade”. Como é de seu feitio, o anúncio se deu sem maiores detalhes, além de alegar que estados e municípios têm estoques do material para o início da imunização.

A invasão trumpista ao Congresso

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Mariana 5 anos: o crime se renova

O autoritarismo contra a universidade

Utopias para reconstruir o Brasil

Indígenas isolados estão encurralados!

A primeira batalha política de 2021

Lockdown faria número de mortes despencar

Vira-lata leva chute

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A Terra não é plana.

Dá voltas sobre seu próprio eixo. As estações vêm e vão e tudo que é sólido se desmancha no ar.

Foi o que aconteceu com a parceria Brasil/EUA, ou melhor, com a vergonhosa submissão de Bolsonaro a Trump.

Construída com base em delírios ideológicos da extrema-direita, que incluíam o negacionismo climático e sanitário, o racismo, a hostilidade às minorias, o ódio aos diferentes e ao progressismo social, bem como o total descompromisso com a democracia e os direitos humanos, tal parceria era tudo, menos sólida.

Era gasosa e desmanchou-se num átimo.

A porção perversa da alma do povo

Por Bepe Damasco, em seu blog:


As pessoas estão perdendo filhos, pais, mães, avós, tios, primos e amigos, vítimas de mortes evitáveis em muitos casos, se não estivéssemos sob um governo que cultua a morte.

Mas, estranhamente, a defesa do bem mais precioso de qualquer ser humano, a vida, não é motivo suficiente para uma revolta da vacina às avessas.

E 200 mil mortos são três Maracanãs lotados.

Essa tragédia sem precedentes na história não é suficiente para que os brasileiros e brasileiras cerquem o Palácio do Planalto, pelo menos virtualmente, e exijam vacina imediatamente, além da saída do genocida que ocupa a cadeira presidencial.

Eleição na Câmara e a cabeça da serpente

Por Antonio Barbosa Filho


As esquerdas discutem bravamente se deveriam ou não integrar-se aos partidos de centro-direita nesta eleição da próxima Mesa da Câmara dos Deputados. A decisão do PT foi bastante dividida, o Psol parece estar também rachado ao meio neste episódio. A maioria nas redes sociais opina sem ter noção do chão em que pisa.

Num momento plenamente democrático, no qual "marcar posição" e ficar em minoria é um ato propulsor ao próximo passo, porque as regras democráticas serão respeitadas, jamais poderíamos votar em qualquer golpista de 2016 .

Pazuello desgasta os militares e pode cair

Por Altamiro Borges


Cresce a boataria em Brasília de que o general Eduardo Pazuello, o sinistro da Saúde, será defenestrado do laranjal bolsonariano logo que tiver início a vacinação contra a Covid-19. A sorte dele é que ninguém sabe ao certo quando isso acontecerá – já que não há plano nacional de vacinação, nem vacinas registradas, nem seringas e agulhas.

Ainda segundo os boatos, a pressão pela demissão do ministro teria o apoio até do "partido dos militares". Os generais temem que a tragédia na guerra contra a pandemia desgaste ainda mais a imagem das Forças Armadas. Eduardo Pazuello promoveu uma verdadeira ocupação fardada do Ministério da Saúde, aparelhando o órgão e expondo a gula dos milicos por cargos.