quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Trump e o sonho de Bolsonaro

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


O que se viu em Washington nesta primeira quarta-feira de 2021 foi absolutamente inédito: o Congresso dos Estados Unidos invadido por uma horda de seguidores fanáticos de Donald Trump para impedir que fosse confirmada a vitória de Joe Biden.

Uma violência insólita na capital do país que já contribuiu de maneira decisiva para que ocorresse algo idêntico em outras nações, ou seja, derrubar um presidente eleito e fechar o Congresso. Duas horas antes da sessão que confirmaria o resultado das eleições, Donald Trump foi até a multidão que já estava reunida na frente do Congresso e incitou uma vez mais o que aconteceria pouco depois. Depois de todas as cenas absurdas, ele voltou a falar aos manifestantes, desta vez pedindo que fossem para casa.

Bolsonaro e a incompetência autossatisfeita

Por Flavio Aguiar, no site A terra é redonda:


Há uma pesquisa muito curiosa empreendida por dois psicólogos e professores universitários norte-americanos nos anos 1990, sobre a ignorância ou incompetência auto-satisfeita. Eram eles David Dunning e Justin Kruger, e sua pesquisa levou à formulação do chamado “Efeito Dunning-Kruger”. Basicamente, ele consiste na assertiva de quanto mais uma pessoa é ignorante ou incompetente a respeito de um assunto, pode-se tornar mais difícil o auto-reconhecimento da própria ignorância ou incompetência.

Fascismo 2.0 em oito lições

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:


É impossível prever o que vai acontecer nos EUA nas próximas semanas. Várias perguntas cruciais ficam por agora sem resposta. Houve ou não fraude eleitoral? Se houve, foi suficiente para inverter os resultados? Será a transição de Trump para Biden, de Trump para Trump? Ou de Trump para um acordo de compromisso no Congresso em que, tal como aconteceu em 1876, o candidato que ganhou as eleições assume a presidência na condição de aceitar o compromisso extra-eleitoral? Haverá violência nas ruas qualquer que seja a solução, uma vez que qualquer delas marginaliza uma parte importante e polarizada da sociedade? 

ABI pede impeachment do ministro da Saúde

Da Rede Brasil Atual:


A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) apresentou nesta terça-feira (6) pedido de impeachment contra o ministro da Saúde do governo Bolsonaro, Eduardo Pazuello. A má condução da pasta durante a maior crise sanitária em mais de 100 anos norteia o pedido. Assim como a incompetência em construir um programa de vacinação contra a covid-19.

O general do Exército Eduardo Pazuello é o terceiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro, efetivado no posto apesar de não ser médico nem tem experiência com infectologia ou crise sanitária. O presidente demitiu os dois titulares anteriores da pasta, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Ambos, apesar do perfil alinhado com o mercado de saúde privada, não chegaram ao ponto de conseguir seguir sob o comando negacionista de Bolsonaro.

As seringas e a frieza genocida de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

O presidente da República, Jair Bolsonaro, sempre se supera quando o assunto é a irresponsabilidade na condução do país. A mais recente postura nesse sentido foi o anúncio de que o governo suspendeu a aquisição de seringas para a vacinação contra Covid-19 “até que os preços voltem à normalidade”. Como é de seu feitio, o anúncio se deu sem maiores detalhes, além de alegar que estados e municípios têm estoques do material para o início da imunização.

A invasão trumpista ao Congresso

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Mariana 5 anos: o crime se renova

O autoritarismo contra a universidade

Utopias para reconstruir o Brasil

Indígenas isolados estão encurralados!

A primeira batalha política de 2021

Lockdown faria número de mortes despencar

Vira-lata leva chute

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A Terra não é plana.

Dá voltas sobre seu próprio eixo. As estações vêm e vão e tudo que é sólido se desmancha no ar.

Foi o que aconteceu com a parceria Brasil/EUA, ou melhor, com a vergonhosa submissão de Bolsonaro a Trump.

Construída com base em delírios ideológicos da extrema-direita, que incluíam o negacionismo climático e sanitário, o racismo, a hostilidade às minorias, o ódio aos diferentes e ao progressismo social, bem como o total descompromisso com a democracia e os direitos humanos, tal parceria era tudo, menos sólida.

Era gasosa e desmanchou-se num átimo.

A porção perversa da alma do povo

Por Bepe Damasco, em seu blog:


As pessoas estão perdendo filhos, pais, mães, avós, tios, primos e amigos, vítimas de mortes evitáveis em muitos casos, se não estivéssemos sob um governo que cultua a morte.

Mas, estranhamente, a defesa do bem mais precioso de qualquer ser humano, a vida, não é motivo suficiente para uma revolta da vacina às avessas.

E 200 mil mortos são três Maracanãs lotados.

Essa tragédia sem precedentes na história não é suficiente para que os brasileiros e brasileiras cerquem o Palácio do Planalto, pelo menos virtualmente, e exijam vacina imediatamente, além da saída do genocida que ocupa a cadeira presidencial.