Por Bepe Damasco, em seu blog:
Desde quando comprar eleições para as mesas diretoras do Congresso Nacional e se jogar nos braços do fisiologismo vigarista do Centrão confere prestigio, popularidade e dá voto para um governante?
Desde quando tonar pública uma pauta de votações no Congresso Nacional, como fez Bolsonaro e seus aliados no Legislativo, voltada para o obscurantismo nos costumes e para a venda de patrimônio público, é capaz de alavancar projetos de reeleição?
Desde quando se pode esperar um mar de rosas na relação do governo com os políticos do Centrão, uma vez que a conhecida voracidade desta turma de péssima imagem pública por cargos e verbas será um obstáculo para Guedes entregar ao mercado as “reformas” e as privatizações?
domingo, 7 de fevereiro de 2021
Rival de Bolsonaro é uma pandemia econômica
Por Fernando Brito, em seu blog:
É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.
Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.
O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.
É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.
Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.
O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.
A pressão pela retomada da reforma agrária
Por Nilton Tubino e Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:
Em 9 de dezembro de 2020 foi protocolada no STF a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 769, que trata da paralisação da reforma agrária no Brasil. A ADPF foi elaborada por movimentos de luta pela terra e partidos políticos (PT, PSOL, PSB, PCdoB e Rede) e tem entre os signatários a ex-procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat e o ex-ministro da Justiça, também ex-procurador, Eugênio Aragão. No STF, sua relatoria foi designada ao ministro Marco Aurélio Melo.
Tempos sombrios para o SUS na pandemia
Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:
O resultado, nesta segunda-feira (1º), das eleições para as presidências da Câmara de Deputados e do Senado agravou profundamente um cenário de ampliação da crise sanitária provocada pelo mau gerenciamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.
A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.
Mandala: rede mundial de mídias alternativas
Por Antonio Martins e Mika Ronkko, no site Outras Palavras:
Na áspera luta para vencer os oligopólios da mídia hegemônica, deu-se um pequeno passo a mais, no último sábado (30/1). Foram lançadas, numa atividade do Fórum Social Mundial (virtual)-2021, a ideia de uma rede mundial de mídias alternativas e uma estratégia para torná-la real, em alguns meses. O projeto tem o nome provisório de Mandala. Se bem sucedido, cumprirá três objetivos. Do ponto de vista editorial, oferecerá a centenas de publicações contra-hegemônicas, espalhadas pelo mundo, acesso a um enorme acervo de novos conteúdos, informativos e analíticos. Este material – textos, vídeos, imagens e áudios – será compartilhado em regime de reciprocidade, sem contrapartida mercantil. No plano simbólico surgirá, portanto, uma alternativa às lógicas do copyright; da “propriedade intelectual”; da restrição de acesso às ideias e bens culturais. Terceiro – mas não menos importante: estará estabelecido um canal de diálogo político entre mídias que são, também, espaços de reflexão sobre os caminhos para superar o capitalismo. Este intercâmbio parece ainda mais importante em tempos turbulentos – repletos de ameaças mas também de oportunidades. [Outras Palavras orgulha-se de ser parte do esforço que lançou a iniciativa.]
Na áspera luta para vencer os oligopólios da mídia hegemônica, deu-se um pequeno passo a mais, no último sábado (30/1). Foram lançadas, numa atividade do Fórum Social Mundial (virtual)-2021, a ideia de uma rede mundial de mídias alternativas e uma estratégia para torná-la real, em alguns meses. O projeto tem o nome provisório de Mandala. Se bem sucedido, cumprirá três objetivos. Do ponto de vista editorial, oferecerá a centenas de publicações contra-hegemônicas, espalhadas pelo mundo, acesso a um enorme acervo de novos conteúdos, informativos e analíticos. Este material – textos, vídeos, imagens e áudios – será compartilhado em regime de reciprocidade, sem contrapartida mercantil. No plano simbólico surgirá, portanto, uma alternativa às lógicas do copyright; da “propriedade intelectual”; da restrição de acesso às ideias e bens culturais. Terceiro – mas não menos importante: estará estabelecido um canal de diálogo político entre mídias que são, também, espaços de reflexão sobre os caminhos para superar o capitalismo. Este intercâmbio parece ainda mais importante em tempos turbulentos – repletos de ameaças mas também de oportunidades. [Outras Palavras orgulha-se de ser parte do esforço que lançou a iniciativa.]
Sem acordo, Justiça proíbe Ford de demitir
Duas liminares concedidas pela Justiça do Trabalho na noite desta sexta, 5, determinaram a imediata suspensão das demissões nas fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP) e do pagamento dos salários dos trabalhadores até que sejam concluídos acordos coletivos com os trabalhadores. Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa em assembleia realizada na quarta-feira.
Além disso, no caso de Taubaté (SP), a empresa foi proibida de alienar bens e maquinários da fábrica. São decisões de primeira instância, portanto cabe recurso.
sábado, 6 de fevereiro de 2021
Bruno Covas investe contra população de rua
Por Altamiro Borges
Após posar de santinho e civilizado na eleição municipal de novembro passado, o tucano Bruno Covas esbanja crueldade e desprezo aos mais necessitados. Nesta semana, a prefeitura de São Paulo colocou pedras embaixo de viadutos e apreendeu colchões e barracas de pessoas em situação de rua.
A política "higienista" e fascistoide do prefeito paulistano deve ter agradado a cloaca burguesa e a "classe mérdia", mas revoltou as pessoas com alguma compaixão. O padre Julio Lancellotti, famoso defensor dos oprimidos, usou uma marreta para destruir as pedras em um viaduto na zona leste da capital paulista.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
Bajulador da PGR decide investigar Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Augusto Aras, o bajulador-geral da República, até que resistiu bastante. Mas não aguentou a pressão, inclusive dos seus subordinados do Ministério Público Federal (MPF). Finalmente, a PGR abriu uma “investigação preliminar” sobre a ação (ou omissão) genocida do presidente Jair Bolsonaro na tragédia do Amazonas e do Pará, estados colapsados em seus sistemas de saúde.
Na investigação preliminar, as denúncias são apuradas na esfera penal. “Caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possíveis práticas delitivas por parte dos noticiados, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal”, garantiu o procurador-geral em resposta a uma petição aberta no STF.
Na investigação preliminar, as denúncias são apuradas na esfera penal. “Caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possíveis práticas delitivas por parte dos noticiados, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal”, garantiu o procurador-geral em resposta a uma petição aberta no STF.
As prioridades da prefeita Margarida Salomão
Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
Prefeita de Juiz de Fora, quarto maior município de Minas Gerais, Margarida Salomão (PT) é a primeira mulher a chefiar o Executivo da cidade, assumindo o cargo no início do ano com uma série de desafios, que passam pelas crises econômica, social e sanitária que atingem todo o país, reflexo da pandemia de covid-19. Em encontro virtual, ontem (4), que compõe uma série de entrevistas com prefeitos do campo popular e progressista, organizada pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Margarida falou sobre os principais objetivos de sua gestão. “Já iniciamos nosso governo com um programa de combate à fome”, disse a prefeita.
O combate à fome em Juiz de Fora
Kit alimentação em Juiz de Fora (MG) |
Primeira mulher da história a comandar o executivo municipal de Juiz de Fora, a nova prefeita Margarida Salomão (PT) revelou em entrevista, na noite desta quinta-feira (4), que encontrou a cidade, uma das mais importantes de Minas Gerais, passando fome.
“Uma das questões mais agudas que encontramos aqui na cidade é a volta da fome. As pessoas estão passando fome mesmo. Não é uma abstração. As pessoas estão passando fome na nossa frente”, disse a petista. A fala foi feita em entrevista coletiva organizada pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé que contou com a participação da Fórum, Rede Brasil Atual, Jornalistas Livres, Agência Saiba Mais e convidados.
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