segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

O general Villas Bôas e a cobiça do Centrão

Solitária, pobre, sórdida, brutal e curta

Por Marcelo Zero

A grande façanha de Bolsonaro foi ter devolvido o Brasil ao que Hobbes chamava de “estado da natureza”.

Uma condição, sem regras, sem leis e sem Estado, na qual a vida humana é invariavelmente “solitária, pobre, sórdida, brutal e curta” (solitary, poor, nasty, brutish, and short). Uma guerra constante de todos contra todos (bellum omnium contra omnes).

De fato, sem auxílio emergencial, sem empregos e salários decentes, sem direitos, sem alimentos, sem perspectivas, sem vacina e até sem oxigênio a vida dos brasileiros se aproxima cada vez mais do pesadelo descrito por Hobbes.

No Brasil, o Estado parece ter sumido, principalmente quando se trata de defender a vida dos mais frágeis e pobres.

Furar a bolha ou cair numa armadilha?

Por Renata Mielli e Haroldo Ceravolo Sereza, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Vivemos em um país com praticamente nenhuma pluralidade e diversidade na radiodifusão. O modelo privado comercial - que tomou conta da prestação deste serviço público indispensável para a circulação de informações na sociedade - criou um ambiente de monopólio, no qual as emissoras são propriedades de um pequeno leque de agentes econômicos cujas posições editoriais revelam um discurso único sobre diferentes temas políticos, com viés neoliberal e de centro/direita.

A dura reconstrução depois da Lava-Jato

A pauta das centrais sindicais no Brasil

Bolsonaro quer jogar o país na guerra civil

Sai Maia, entra Lira e nada do impeachment

Huck e o fracasso da direita neoliberal

A indústria da delação premiada na Lava-Jato

Churrasco superfaturado das Forças Armadas?

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Senado dos EUA absolve Trump, o terrorista

Por Altamiro Borges

Em votação que poderá cobrar um alto preço no futuro, o Senado dos Estados Unidos absolveu o líder terrorista Donald Trump. O presidente que durante quatro anos espalhou ódio, estimulou a violência e incentivou hordas neofacistas no império e no mundo, inclusive no Brasil da milícia bolsonarista, escapou ileso do seu segundo processo de impeachment.

Foram 43 contra e 57 favoráveis, incluindo sete senadores republicanos que votaram pelo impeachment e pela cassação dos seus direitos políticos – eram necessários 67 votos para a condenação. Apesar de estimular a invasão dos bárbaros ao Capitólio em 6 de janeiro, Donald Trump segue livre e poderá cometer novos atentados em outras situações de polarização nos EUA.

Bolsonaro libera armas e sabota vacinas


Por Altamiro Borges

Enquanto atrasa o pagamento do auxílio emergencial para 68 milhões de brasileiros que passam fome e desorganiza a vacinação para milhões de pessoas vulneráveis à Covid-19, Jair Bolsonaro acelera a liberação de armas e munições no Brasil. O "capetão" é mesmo um genocida com pulsão pela morte. A indústria armamentista, as milícias, as organizações criminosas e outras pragas estão excitadas!

Como afirma Fernando Brito, no imperdível blog Tijolaço, a pressa do governo tem lógica. “Bolsonaro corre com seus planos, evidentes, de avançar na formação de uma milícia armada de fanáticos que, afinal, já podem ter legalmente e sem burocracia até 60 armas e 180 mil cartuchos por ano”.

Banco Central: raposa cuidando do galinheiro

A confissão do general Villas Bôas

Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:


“Aliás, não existe caso mais exemplar do fracasso desta crença na superioridade do juízo militar do que passou com o próprio ex-Comandante em Chefe do Exército que autoconvencido de sua “genialidade estratégica” e de sua grande “sabedoria moral”, decidiu avalizar em nome das FFAA, e tutelar pessoalmente a operação que levou à presidência do país um psicopata agressivo….” - J.L.Fiori, “Sob os escombros, as digitais de um responsável”, Jornal do Brasil, 1 de janeiro de 2021

Com a confissão pública de uma das partes, dispensam-se novas provas e argumentos, e só pessoas menos informadas podem seguir negando o envolvimento direto dos militares brasileiros na operação jurídica e midiática, nacional e internacional, que bloqueou a candidatura e prendeu o ex-presidente Luiz Inácio da Silva em 2018, instalando em seguida, na Presidência da República, um indivíduo que faz que governa o país há dois anos, em meio aos escombros de uma administração calamitosa.

"Moro vai para a lata de lixo da história"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A cada revelação dos diálogos entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, mais concreta parece a definição do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, de que se trata do “maior escândalo judicial da humanidade”. Nesta sexta-feira (12), novas mensagens de integrantes da força-tarefa foram trazidas à luz. Nelas, explicita-se a intenção dos procuradores de “atingir Lula na cabeça”, o que se tornou parte de uma petição da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, protocolada hoje no STF.

CPI da Saúde e o genocida Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


Os argumentos do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na sessão Senado Federal desta quinta-feira (11) de que a abertura de uma “frente política” no combate à Covid-19 prejudicará as ações do governo e pode causar mais mortes são uma falácia. O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar sua pasta é uma exigência da realidade. Não é possível a continuidade de uma diretriz que ignora a gravidade da pandemia nesse Ministério estratégico no momento.

As utopias e a estupidez em crise

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


Gosto de ler autores com os quais não concordo, de uma parte porque me ajudam a glosar posições diferentes e – de outra – porque as pessoas inteligentes – de direita e de esquerda – desde que estejam no campo da República e da Democracia, sempre têm algo de relevante a dizer. Lembrei do livro de Cébrian, “Caos – o poder dos idiotas” (Espasa, 2020, Barcelona, 167 pgs.), para invocar seu testemunho insuspeito sobre a crise atual no Brasil, dois anos depois da vitória de Bolsonaro nas eleições presidenciais.

O melhor discípulo de Jair Messias

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Cada vez menos Aprendiz e cada vez mais Genocida, o desequilibrado Ogro que habita o palácio presidencial tem vários discípulos na dedicada tarefa de destruir o que resta do país. Basta pensar em seu governo como um todo, com brilho especial tanto para os excêntricos como para os bizarros.

Um deles, porém, se destaca neste momento de tragédia e mortes: o general da ativa Eduardo Pazuello.

Pensando bem, já não se trata apenas de um discípulo, mas de cúmplice irremediável do genocídio promovido por Jair Messias e que faz mais de mil vítimas fatais a cada dia que passa.

Enlameando de vez a já enlameada farda do Exército brasileiro, em boa parte responsável pela eleição de Jair Messias, o general da ativa que ocupa, cercado de colegas militares, o ministério da Saúde, compareceu ao Congresso para prestar contas e esclarecimento com a prepotência típica dos que costumam mandar em tropas obedientes.

A "boiada" financeira passa em Brasília

A destruição ambiental e pandemia