Jair Bolsonaro está no corner, encostado nas cordas e, pela primeira vez desde que tomou posse, tendo de aguentar apanhar sem devolver com mais forças os golpes.
A questão é que quem o encurrala não é a oposição de esquerda, mas a direita não-bolsonarista e o grupo do Centrão do qual o próprio Bolsonaro achou que se adonara ao patrocinar a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.
O primeiro quer tomar as rédeas da orientação político-econômica do governo. O segundo, quer devorar a própria máquina do governo.
Bolsonaro, ao menos temporariamente, perdeu seu pé de apoio nos militares (o grupo palaciano de generais enfraqueceu-se) e na maioria conservadora do Congresso, que não está disposta a acompanha-lo no desastre do (não)debate à pandemia.