quinta-feira, 8 de abril de 2021

O empresariado e o cercadinho da grana

Por Fernando Brito, em seu blog:

Diz a Folha que, como ocorre com o grupo de bocós que se reúne no “cercadinho” do Alvorada diariamente para louvar o “Mito”, Jair Bolsonaro foi “ovacionado” por um grupo de empresários montado para fazer crer que “o PIB está com o presidente”.

Grande parte está, mesmo, tanto quanto esteve em 2018 e estará em 2022, salvo se aparecer-lhes um candidato que entendam ser mais palatável ao país que o capitão e, assim, tenha capacidade de evitar a eleição de alguém que, de fato, dirija o Brasil.

Este é o paradoxo da elite do dinheiro no Brasil: ela não quer um presidente como pensamos nos, capaz de unir o país num rumo de desenvolvimento, progresso socialmente justo, equilíbrio e ocupando o espaço que o Brasil pode pretender no mundo e na economia global.

O amálgama dos melhores

Por João Guilherme Vargas Netto


Suponha que pudéssemos amalgamar os melhores exemplos em um quadro único. A persistência das centrais sindicais em reivindicarem unitariamente a VIA com os 600 reais do auxílio emergencial pagos a todos os necessitados enquanto durar a pandemia; o lockdown de Araraquara e a vacinação de Serrana; os auxílios emergenciais complementares de São Paulo, do Paraná, do Maranhão e de muitas cidades; o consórcio de imprensa que atualiza diariamente os trágicos números da pandemia; a solidariedade dos sindicatos chineses que doaram 300 mil dólares em artigos essenciais para o combate à doença; a abnegação heroica dos profissionais da saúde e da vacinação – resultariam em um enfrentamento efetivo do quadro catastrófico.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Passado, presente e futuro da imprensa

O jornalismo e o Troféu Audálio Dantas

Os negacionistas e os fura-filas das vacinas

Estado de demência de Bolsonaro se acentua

Quem está lucrando com a pandemia?

As consequências políticas da prisão de Lula

Bolsonaro dobra a aposta na cloroquina

Pandemia no Brasil: uma crise sem fim!

O Brasil é refém dos banqueiros

A fome, a peste e o desemprego com Bolsonaro

terça-feira, 6 de abril de 2021

Irmão de deputado negacionista morre de Covid

Por Altamiro Borges

A vida é muito irônica e cruel. A Folha relata que "o deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ), uma das principais vozes contra medidas para controlar o avanço da pandemia no Brasil, perdeu um irmão para a Covid-19. Pedro Firmeza de Souza Lima, 63 anos, morreu na última quinta-feira (1)".

O "querido irmão", segundo o deputado, estava internado há três semanas. "Em postagem no Instagram, Luiz Lima, que é ex-atleta olímpico, não cita que a morte foi em decorrência da Covid, informação confirmada pelo gabinete dele à reportagem". O bolsonarista talvez esteja constrangido – ou arrependido.

Caos: 29 fábricas de veículos param no Brasil

Por Altamiro Borges


A dupla macabra Bolsonaro-Guedes, que criou o falso dilema entre saúde e economia, está matando os brasileiros e paralisando o país – tudo junto e combinado. A edição brasileira do site britânico da BBC estampa no título: "Brasil tem 29 fábricas de veículos paradas: Crise sem precedentes". O caos é total!

Segundo a matéria, "uma crise no fornecimento de componentes, aliada à queda da demanda no mercado interno com o agravamento da pandemia, levou à paralisação total ou parcial de 13 das 23 montadoras de automóveis do país, que somam 29 fábricas paradas, de um total de 58 instaladas no país".

Robôs são acionados para salvar Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Levantamento feito pelo jornal Correio Braziliense, com base em dados da plataforma “Bot Sentinel”, demonstram que os robôs bolsonaristas estão em plena ação nas redes sociais. Eles têm sido acionados para salvar o “capetão”, que acumula desgaste com a pandemia, o caos econômico e social e as constantes brigas no laranjal – como na recente “crise militar”.

Segundo a pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (5), "o número de postagens com hashtags de apoio ao presidente Jair Bolsonaro deram um salto vertiginoso entre fevereiro e março, com crescimento de 273%". O maior uso dos robôs na internet coincide com a queda de popularidade do genocida, apontada em todas as pesquisas de opinião pública.

STF já remarcou depoimento de Bolsonaro?

Operação midiática para salvar os militares

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


Os mesmos jornais que buscam, desesperados, construir uma “terceira via” entre Bolsonaro e Lula são hoje o centro de uma operação discursiva para salvar a elite fardada do desastre.

A operação ganhou força após a crise militar que levou à troca de comandantes nas três forças.

Pipocam colunas e entrevistas que vendem essa ilusão: os generais no fim “salvaram" o Brasil dos arroubos do capitão golpista, dizem analistas.

As Forças Armadas, chegou a afirmar um professor da Fundação Getúlio Vargas em entrevista ao jornal “Valor”, fazem agora parte do campo da centro direita (o tal centro democrático, que até ontem era bolsonarista até a medula) porque não aceitaram os “excessos” do capitão.

A tática parece evidente: puxar os militares pro lado da "direita liberal", derrubar Bolsonaro, colocando nele e apenas nele a responsabilidade pela tragédia, e levar Mourão ao poder com um governo de transição "técnico-mercadista” – viabilizando assim o passo seguinte do golpe.

Dia do Jornalista: Troféu Audálio Dantas

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na data em que se comemoram o Dia do Jornalista e o Dia Mundial da Saúde, três grandes nomes do jornalismo brasileiro serão agraciados com o ‘Troféu Audálio Dantas – Indignação, Coragem, Esperança’. São eles Mara Régia di Perna, Luis Nassif e Jamil Chade. A cerimônia será às 7 da noite, em ambiente remoto, e poderá ser acompanhada pelo canal do YouTube da OBORÉ.

Bolsonaro e a questão militar

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


O mês de março encerrou com o Brasil assumindo definitivamente o papel de epicentro da pandemia. Com a disseminação do vírus absolutamente fora de controle, o país se transformou em celeiro de novas variantes e as restrições impostas aos brasileiros, em vários países, se tornam cada vez mais rígidas. Nações vizinhas começam a fechar fronteiras, colocando-nos em situação de total isolamento. O cientista Miguel Nicolelis avalia que estamos à beira de uma situação irreversível, onde a combinação de um colapso do sistema de saúde com um colapso funerário formará uma tempestade perfeita de cujos efeitos levaremos anos para nos recuperar.

Governo Bolsonaro está nas cordas

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Que mês, leitor, acabamos de vivenciar! Março de 2021 entrou para a história brasileira. Não me recordo de termos passado por um mês tão agitado em termos sociais, econômicos e políticos. O mais impressionante, claro, foi o agravamento alarmante, para não dizer aterrorizador, da crise de saúde pública associada à Covid-19. Não preciso descrever o quadro, que é de conhecimento geral.

A propagação descontrolada do vírus, com aumento exponencial do número de casos e mortes, acabou de enterrar as chances de uma recuperação significativa da economia brasileira. Uma economia que já não vinha bem sofreu mais um baque. É verdade que as projeções ainda estão indicando crescimento econômico em 2021. A pesquisa semanal feita pelo Banco Central junto a bancos, empresas não-financeiras e consultorias registra expectativa mediana de um aumento da ordem de 3% para o PIB. Esse dado é enganoso, porém. A taxa interanual (ano calendário sobre ano calendário) carrega um carry-over (herança estatística) de cerca de 3,5% em 2021. Isso significa que uma taxa de crescimento de 3% corresponderia a uma queda da atividade ao longo do ano. Ou seja, comparando-se o quarto trimestre deste ano sobre o mesmo período do ano passado haveria pequena redução do PIB.