terça-feira, 27 de abril de 2021

A vacina russa e a desmoralização da Anvisa

Por Luis Felipe Miguel, no Diário do Centro do Mundo:

Duas breves notas e um excurso sobre a decadência de um país.

Primeira nota: Não tenho, evidentemente, nenhum conhecimento especializado para julgar a decisão da Anvisa sobre a vacina russa.

Mas como confiar nela?

A agência está tomada pelo bolsonarismo.

É de desconfiar de uma decisão que agrada tanto à política genocida do Planalto, em seu embate com os governadores, e aos grandes laboratórios ocidentais.

A desmoralização da Anvisa é outros dos crimes do cara da casa de vidro contra a saúde pública brasileira.

Estratégia do governo é a “cara-de-pau”

Por Fernando Brito, em seu blog:


A imagem obscena do general Eduardo Pazuello passeando ontem sem máscara em um shopping de Manaus é, para quem quiser ver, a prova de que não haverá correção de rumos do governo Bolsonaro em relação à pandemia.

É evidente que não faltaria ao general uma mascarazinha para colocar, nem alguma coisa para fazer senão dar uma voltinha num shopping center.

O que fez, fez de propósito e contando que a imagem fosse captada.

Não usar máscara está longe de ser um descuido, o que já seria inaceitável para alguém que chefiava o Ministério da Saúde ao longo do período de maior incidência e mortalidade da pandemia.

Holywood descobriu a crise do capitalismo

Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:


O ganhador do Oscar de 2020, o filme Nomadland, da diretora Chloé Zhao e estrelado com tradicional brilhantismo por Frances McDormand (que também ganhou a estatueta como melhor atriz) retrata a situação precária de milhares de cidadãos norte-americanos de um Estados Unidos já não tão mais profundo.

Entre os filmes psicológicos ou de dramas familiares, Holywood e a indústria cinematográfica mundial já realiza há alguns anos filmes que demonstram uma crise cada vez mais acentuada do capitalismo, como já previa o filósofo e pensador Karl Marx em sua obra O Capital, cujo primeiro volume foi publicado em setembro de 1867.

A dimensão histórica da vitória de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Gleisi Hoffmann, no site do PT:

Nunca houve uma campanha de perseguição tão cruel e sistemática contra um líder político do povo como a que foi desencadeada contra o presidente Lula pelas forças mais poderosas e reacionárias do país nos últimos cinco anos.

Nunca tantos agentes e instrumentos foram mobilizados de forma sincronizada e determinada, dentro e fora do país: um setor engajado do sistema judicial incrustado em todas as instâncias, incluindo o procurador-geral da República; a Globo e as redes de TV, os maiores jornais e revistas; partidos políticos, associações empresariais e corporações das elites; manipuladores da fé e fabricantes de mentiras; procuradores e até diplomatas de potências estrangeiras. Todos contra Lula.

Bolsonaro faz discurso para inglês ver

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


Já famoso mundialmente, não só por seu negacionismo relativo à pandemia, mas também pelo seu negacionismo ambiental, com o governo enredado em uma série de polêmicas envolvendo o Ministério do Meio-Ambiente, o pronunciamento de Bolsonaro na Cúpula do Clima foi cercado de expectativas. Conhecido o conteúdo, ainda se discute se finalmente o arremedo de ditador mudou de opinião e se o pronunciamento representará de fato uma alteração na política ambiental, ou se foi meramente um discurso para inglês ver.

"Dra. Ivermectina" agride jornalistas no RN

Por Jana Sá, no site Saiba Mais:

A médica infectcologista Roberta Lacerda, que virou celebridade da noite para o dia em Natal (RN) por insistir na defesa de um remédio para o tratamento de piolho sem eficácia no combate a covid-19, agrediu nesta segunda-feira (26) jornalistas que tentam fazer o contraponto às declarações dela, sempre na contramão do que dizem as entidades de saúde respaldadas pela ciência.

Em sua conta particular no instagram, Lacerda republicou um texto batizado “A resposta dos médicos” atacando jornalistas com ironia:

Reforma trabalhista e sindicatos no Brasil

Por Marcio Pochmann, no site Terapia Política:

Desde a sua montagem, a partir da Revolução de 1930, a estrutura corporativa de relações de trabalho jamais havia experimentado alteração institucional tal como a posta em prática pela Reforma Trabalhista de 2017, em pleno governo Temer (2016-2018). Naquela oportunidade, as críticas proferidas por liberais do passado se juntaram a dos neoliberais do presente para conformar maioria suficiente para mudar, através de legislação, o sentido da estrutura sindical de fixar o sindicato na função de intermediação das relações de trabalho.

O Dia do Livro e o papel da leitura

Por Carlos Bellé

“Aquele que lê muito e anda muito, vê muito e sabe muito” - Miguel de Cervantes

O Dia Mundial do Livro – 23 de abril – foi instituído pela Unesco em 1995. É também o dia dos Direitos de Autor. A data é uma homenagem a Miguel de Cervantes – nascimento do romance moderno –, William Shakespeare – pai da dramaturgia – e Inca Garcilaso de la Vega – cronista peruano – em data referida, mas não exata, à morte destes em 23 de abril de 1616. Também uma homenagem a centenas de outros autores a autoras e carrega entre seus objetivos o estímulo ao hábito e prazer em ler as obras clássicas daqueles e daquelas que legaram contribuições ao desenvolvimento humano em séculos.

segunda-feira, 26 de abril de 2021

YouTube bloqueia fake news de Bolsonaro


Por Altamiro Borges

Na sexta-feira passada (23), o YouTube removeu mais quatro vídeos do canal oficial de Jair Bolsonaro por divulgarem fake news sobre o tratamento da Covid-19. Todas as postagens deletadas pela plataforma são lives semanais que o presidente transmite pelas redes sociais. Elas já são famosas pelas piadas asquerosas, grosserias e bravatas.

Os vídeos removidos são dos dias 9 de julho de 2020, 26 de novembro de 2020, 10 de dezembro de 2020 e 11 de fevereiro de 2021. Na semana passada, o YouTube derrubou, pela primeira vez, uma live de Jair Bolsonaro em que ele fala sobre tratamentos não comprovados contra o novo coronavírus.

Pazuello será rifado na CPI do Genocídio?

Barão de Itararé renova diretoria e conselho

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com direito à homenagem ao jornalista Alípio Freire, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé renovou sua diretoria, apresentou novos nomes para o seu Conselho e definiu seu plano de atuação para o próximo período em assembleia realizada na quinta-feira, 22 de abril. A reunião levou o nome de Assembleia Alípio Freire, como forma de prestar tributo ao histórico jornalista e entusiasta do Barão de Itararé, que resistiu à ditadura e à tortura, mas sucumbiu, no mesmo dia 22 de abril, à Covid-19.

Lula como proposta de salvação nacional

Foto: Francisco Proner
Por Jair de Souza

Depois de passar anos sob o fogo cerrado de toda a mídia corporativa do Brasil, a figura de Luís Inácio Lula da Silva reaparece como a estrela mais fulgurante do universo político do país.

Em contraposição ao esperado por seus patrocinadores, a imensa campanha de difamação despejada sobre Lula não foi capaz de extirpar do povo brasileiro o sentimento e as recordações positivas emanadas do período em que o país foi governado por aquele ex-torneiro mecânico, desprovido de título universitário e com um dedo a menos em suas mãos (por isso, ele era o “nine” para Deltan Dallagnol e os outros procuradores da Lava-Jato).

No entanto, em um dado momento, nossas elites econômicas (as elites do atraso, como diria Jessé Souza) concluíram que já não deveriam mais tolerar que o comando da nação estivesse em mãos de um ser tão desvinculado de seus padrões sociais e sem vínculos intrínsecos com seus interesses econômicos.

A associação de Bolsonaro com os milicianos

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Reportagem do Intercept sobre contatos mantidos por comparsas de Adriano da Nóbrega com o presidente Bolsonaro após a execução do miliciano no interior da Bahia é uma revelação bombástica. Apesar disso, nenhum jornal ou TV da mídia dominante noticiou.

A morte do miliciano Adriano da Nóbrega em 3 de fevereiro de 2020 foi uma queima de arquivo. Ele foi morto num confronto com a Polícia Militar da Bahia, que o cercara com 70 policiais e poderia, perfeitamente, tê-lo rendido e capturado com vida. Mas aquela operação estava predestinada a executá-lo [aqui].

Em 12 de fevereiro de 2020, apenas 3 dias após a execução do Adriano, o então ministro da Justiça Sérgio Moro reconheceu que “A pessoa [Adriano] foi assassinada” [aqui e aqui].

Queimas de arquivo rondam a casa de vidro

Do blog Viomundo:

Três revelações feitas sobre interceptações telefônicas conduzidas pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro remetem ao “cara da casa de vidro”, identificado pelo Intercept como o presidente Jair Bolsonaro, que mora no Palácio do Alvorada e trabalha no Palácio do Planalto.

Ao menos dois assassinatos são apontados como possíveis queimas de arquivo relacionadas ao esquema que funcionava no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a Alerj.

Em 7 de fevereiro de 2007, Flávio fez um discurso improvisado no plenário da Alerj em que elogiou as milícias.

O fascismo e o fundo do poço

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:


Só nos resta cavar, nem que seja com próprias mãos, para acharmos onde enterraram o que destruíram

Ao ler Diários de Berlim 1940-1945, de autoria de Marie Vassiltchikov, que conta com tradução do inglês, apresentação e notas sempre oportunas de Flávio Aguiar, não pude impedir que, aos poucos, se formasse em mim uma conexão entre o que a escritora viveu e o que agora vivemos no Brasil.

A destruição da Alemanha por Hitler teve início quando parte da população aderiu a seu discurso de ódio.

A partir desse momento, escolhendo alguns alvos aos quais dirigir sua patologia, Hitler, valeu-se da frustação e da humilhação sofrida pelos alemães, após a Primeira Guerra, e soube dirigir esses sentimentos com maestria.

Os rolos dos filhos de Jair Bolsonaro

A retórica do ódio criou realidade paralela

A encenação de Bolsonaro na Cúpula do Clima

Quem é o 'Jair' nos grampos do caso Adriano?

Impactos da pandemia na economia mundial