terça-feira, 13 de julho de 2021

Pandemias, crises e capitalismo

Pandemias, crises e capitalismo/Expressão Popular
Por Leda Maria Paulani, no site A terra é redonda:

Ninguém dúvida dos enormes problemas que a pandemia da Covid-19 causou e vem causando à economia mundial. Com queda de 3,5% no PIB da gigante economia americana, quedas espetaculares (na casa dos 10%) em alguns países europeus, e com a também gigante economia chinesa apresentando a menor elevação de seu produto em quase 50 anos (apenas 2,3% de crescimento), 2020 entra para a histórica econômica como um ano singular.

O jogo de Augusto Aras

Por Fábio Kerche, no site Carta Maior:

Quando entrar setembro, a boa nova poderia ser um Augusto Aras diferente.

É nessa data que ele deve ser reconduzido ao cargo de procurador-geral da República (PGR), pode já estar de fora das alternativas para uma indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF), e bem que poderia resolver limpar sua biografia fazendo seu trabalho de fiscalizar o presidente da República, salvando o que resta de sua reputação.

Antes disso, é pouco provável que o procurador-geral da República parta para cima de Jair M. Bolsonaro.

De seu ponto de vista, na verdade, faria pouco sentido. Depois de passar o mandato inteiro se equilibrando e protegendo Bolsonaro, abrir confronto com o chefe do Executivo agora seria jogar fora uma recondução garantida à Procuradoria-Geral ou, embora menos provável, uma indicação ao Supremo.

O #ForaBolsonaro inclui o #ForaMourão

Por Luis Felipe Miguel

É óbvio que é inadmissível que Bolsonaro continue conspirando contra as eleições à luz do dia, apostando suas fichas todas numa ameaça de golpe, agora que parece cada vez mais improvável a reeleição.

Um funcionário eleito, ainda mais o presidente da República, cujo projeto é confessadamente subverter a Constituição que ele jurou defender - bom, não existe motivo mais forte para um impedimento. Até Arthur Lira sabe disso.

Mas o que significa entregar a presidência para Mourão?

Se Bolsonaro tivesse sido retirado do cargo no ano passado, uma presidência Mourão poderia ter feito alguma diferença.

Bolsonaro já ganhou os irmãos Miranda

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:


O deputado Luis Miranda está com um roteiro bem treinado no Roda Viva.

O esforço é para proteger Bolsonaro, que seria vítima das facções que roubam o dinheiro das vacinas.

Parece que está atacando Bolsonaro, mas o que ele faz é defender o sujeito, repetindo a versão de que o genocida se espantou diante das denúncias levadas por ele e pelo irmão ao Alvorada.

Miranda simula que está atacando, mas livra Bolsonaro e Pazuello, fica mal com o Centrão e as facções civis do Ministério da Saúde, mas fica bem com os militares e as milícias.

Todos os ‘rolos’ do presidente

Por Fernando Brito, em seu blog:

Na entrevista que deu ontem, à saída do STF – onde foi colocar panos quentes em suas ameaças de cancelar as eleições, Jair Bolsonaro deixou várias pontas soltas, nas quais pode, senão agora, depois que deixar o mandato, ficar muito enrolado.

Primeiro, a esdrúxula tese de que, eleito, não é servidor púbico e, portanto, não estaria sujeito ao crime de prevaricação, crime que está no Código Penal no capítulo dos eventualmente cometidos por funcionários públicos.

- O que eu entendo é que a prevaricação se aplica ao servidor público, não se aplicaria a mim. Mas, qualquer denúncia de corrupção, eu tomo providência. Até o do Luís Lima (sic), mesmo conhecendo toda a vida pregressa dele e atual dele, eu conversei com o Pazuello…

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Bolsonaro já era e mídia busca alternativas

A comunicação em defesa do serviço público

A CPI esbarrou na corrupção fardada

A CPI pode derrubar Bolsonaro?

Os militares e o risco para a democracia

Golpe protegeria a corrupção fardada

Reforma administrativa e as "rachadinhas"

O PIB e o voo do pintinho

CPI da Covid não teme ameaça e não vai recuar

A naturalização do trabalho infantil?

domingo, 11 de julho de 2021

Para 63% dos brasileiros, Bolsonaro é incapaz

Por Altamiro Borges


Para 63% dos brasileiros, Jair Bolsonaro é incapaz de liderar o país. Essa é a constatação da pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (10). É o maior índice desde que o “cagão” assumiu a presidência, em janeiro de 2019, e montou o seu laranjal. Na sondagem anterior, de maio passado, 58% o consideravam incapacitado para o cargo.

A percepção da sua total falta de condições para liderar o Brasil se dá em todos os setores da sociedade. Ela é maior entre as mulheres (67%), os mais pobres (68%), os nordestinos (72%) e os pretos (76%). É menos negativa entre os mais velhos (41% de visão positiva), os mais ricos (40%) e entre os moradores das regiões Sul (42%) e Norte/Centro-Oeste (47%).

Até o ex-marqueteiro “caga” para Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Jair Bolsonaro está mesmo "cagado". Até seu ex-marqueteiro, Marcos Carvalho, afirma que ele "não se elege nem para síndico e terá a votação mais inexpressiva da história moderna para um candidato à reeleição na América Latina". Em entrevista à jornalista Consuelo Diegues à revista Piauí, o principal publicitário da campanha do fascista nas eleições de 2018 cita as razões desse possível fiasco:

“O presidente Jair Bolsonaro não entregou nada do que prometeu na campanha. Depois que virou presidente, está fazendo a gestão que estamos vendo, sem qualquer realização. Inaugurando caixa d’água, ponte pronta, e outras obras insignificantes. Foi incapaz de comprar uma vacina que foi oferecida a ele mil vezes, incapaz de tocar as reformas. Nem na área de segurança, que era uma de suas maiores promessas, algo foi feito”.

Desafios para as esquerdas no Brasil

Por Ronaldo T. Pagotto, no site A terra é redonda:

A conjuntura brasileira é complexa e tem exigido análises, respostas e posições em um ritmo cada vez mais acelerado. No último período dois fatores se destacam na situação nacional: a retomada dos direitos político de Lula e o retorno às ruas pela esquerda. Aos dois pontos de destaque também vale considerar um terceiro e anterior: o quadro do governo Bolsonaro em crise e crescendo os índices de desaprovação / rejeição.

Fim da tutela armada

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


No dia 5 de julho deste ano, o ex-vereador do MDB, Sérgio Santana, lembrou um dos desafios centrais da democracia brasileira, senão o mais importante um dos primeiros: a tutela militar. Antes de seguir, informar: Santana foi eleito em 1972, preso em 4 de julho de 1975, no exercício do mandato. Pertencia ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), e estava abrigado no MDB. A fala dele deu-se no decorrer de Sessão Especial da Câmara de Vereadores de Salvador, provocada pela vereadora Maria Marighella, do PT, neta do velho comunista Carlos Marighella, filha de Carlos Marighella, preso também em 1975 e, como sabido, filho do revolucionário morto em 1969 pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.

O horizonte imprevisível de Bolsonaro

Por Igor Felippe Santos

O estouro das denúncias sobre o esquema de corrupção na compra das vacinas para o coronavírus aprofundou a crise do governo Bolsonaro. Diante disso, as forças populares convocaram uma nova manifestação para 3 de julho, em uma reunião extraordinária. A terceira manifestação da campanha "Fora Bolsonaro" teve apenas sete dias para a convocação, agitação, mobilização e organização.

A meta entre os mais realistas era manter o mesmo padrão de mobilização para, em curto espaço de tempo, incidir na conjuntura dentro das condições impostas pela crise política. A aposta era que os depoimentos de Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, e seu irmão Luis Miranda (DEM-DF), deputado federal, na CPI da Pandemia no Senado Federal elevariam a temperatura política e precipitaram uma série de acontecimentos que impulsionariam a mobilização, especialmente pelas redes sociais.