domingo, 25 de julho de 2021
Blefe que Braga Netto não consegue desmentir
Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
Braga Netto mandou o recado do golpe a Arthur Lira, para que Lira passasse o aviso do golpe adiante.
Se não fosse assim, não teria sentido mandar o recado.
Era preciso que muitos deputados e senadores ficassem sabendo da ameaça, e não só os membros da comissão especial que examina a proposta de emenda do voto impresso na Câmara.
Como muitos receberam o aviso e era sabido que alguém iria vazar a ameaça, não há agora como negá-la. A nota de Braga Netto em que diz que não disse nada a Lira também acaba não dizendo nada.
A notícia da ameaça (se não tiver voto impresso, não tem eleição) saiu no Estadão.
Braga Netto mandou o recado do golpe a Arthur Lira, para que Lira passasse o aviso do golpe adiante.
Se não fosse assim, não teria sentido mandar o recado.
Era preciso que muitos deputados e senadores ficassem sabendo da ameaça, e não só os membros da comissão especial que examina a proposta de emenda do voto impresso na Câmara.
Como muitos receberam o aviso e era sabido que alguém iria vazar a ameaça, não há agora como negá-la. A nota de Braga Netto em que diz que não disse nada a Lira também acaba não dizendo nada.
A notícia da ameaça (se não tiver voto impresso, não tem eleição) saiu no Estadão.
O golpe nosso de cada eleição
Por Roberto Amaral
A ciência política clássica atribui aos golpes de Estado três características definidoras: (i) intervenção militar, (ii) ação rápida e (iii) certa margem de surpresa (Bobbio et alli. Dicionário de política). Nesse sentido também tratadistas brasileiros como Paulo Bonavides (Ciência política, 1972). Desses elementos, porém, os golpes se desvencilham na contemporaneidade, e o Brasil, nesse sentido, fornece farta matéria prima para análise. Os golpes, por exemplo, não observam mais o caráter surpresa – são, até, longamente preparados mediante campanhas políticas e ideológicas de massa, protagonizadas pelos meios de comunicação em suas variadas modalidades; nem muito menos se cingem, do ponto de vista operativo, ao assalto ao poder (na forma de putsch), ou à ação repentina.
A ciência política clássica atribui aos golpes de Estado três características definidoras: (i) intervenção militar, (ii) ação rápida e (iii) certa margem de surpresa (Bobbio et alli. Dicionário de política). Nesse sentido também tratadistas brasileiros como Paulo Bonavides (Ciência política, 1972). Desses elementos, porém, os golpes se desvencilham na contemporaneidade, e o Brasil, nesse sentido, fornece farta matéria prima para análise. Os golpes, por exemplo, não observam mais o caráter surpresa – são, até, longamente preparados mediante campanhas políticas e ideológicas de massa, protagonizadas pelos meios de comunicação em suas variadas modalidades; nem muito menos se cingem, do ponto de vista operativo, ao assalto ao poder (na forma de putsch), ou à ação repentina.
Primeiro aniversário de uma grande vitória
Greve dos trabalhadores da Renault Foto: Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba |
Por coincidência meus dois últimos textos, este e o anterior, dizem respeito a datas no mês de julho.
Rememorei os quatro anos de vigência da destrutiva deforma trabalhista e agora comemoro o primeiro aniversário da vitoriosa greve dos metalúrgicos da Renault, no Paraná.
No dia 21 de julho, em plena pandemia, a empresa demitiu de maneira arbitrária e abusiva 747 trabalhadores, muitos dos quais doentes ou afastados.
A reação dos demitidos foi imediata e o sindicato dos metalúrgicos da Grande Curitiba encampou esta resistência e os conduziu na luta.
Duelo de Bolsonaro com Alexandre de Moraes
Por Moisés Mendes, no site Brasil-247:
Alguns episódios nem tão recentes ajudam a entender como Alexandre de Moraes se transformou na figura com poder institucional que mais afronta e atemoriza Bolsonaro e o entorno que o protege, incluindo os militares.
No dia 19 de junho de 2020, uma sexta-feira, os jornalões divulgaram com certa candura essa informação.
Três ministros de Bolsonaro bateram na porta da casa do ministro Alexandre de Moraes em São Paulo.
Os jornais informaram que os quatro trataram, entre outros assuntos, de um processo sobre a indenização da União à indústria sucroalcooleira por perdas com os preços controlados do setor.
Alguns episódios nem tão recentes ajudam a entender como Alexandre de Moraes se transformou na figura com poder institucional que mais afronta e atemoriza Bolsonaro e o entorno que o protege, incluindo os militares.
No dia 19 de junho de 2020, uma sexta-feira, os jornalões divulgaram com certa candura essa informação.
Três ministros de Bolsonaro bateram na porta da casa do ministro Alexandre de Moraes em São Paulo.
Os jornais informaram que os quatro trataram, entre outros assuntos, de um processo sobre a indenização da União à indústria sucroalcooleira por perdas com os preços controlados do setor.
As Forças Armadas e o Centrão
Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:
Escrevi há pouco um post dando conta da entrada do Centrão no núcleo do governo, ação que desaloja as Forças Armadas dos principais espaços decisórios da administração federal.
Com isso, julgo ter fracassado a tentativa de se constituir um governo militar e estaria fora da agenda a possibilidade de um golpe até a realização das eleições de 2022.
Dois amigos me procuraram, argumentando que a análise seria precipitada e que eu não teria levado em consideração o papel do Centrão como expressão política da maior parte do PIB, vale dizer, da Faria Lima. São observações procedentes e vou tentar refletir sobre elas.
Escrevi há pouco um post dando conta da entrada do Centrão no núcleo do governo, ação que desaloja as Forças Armadas dos principais espaços decisórios da administração federal.
Com isso, julgo ter fracassado a tentativa de se constituir um governo militar e estaria fora da agenda a possibilidade de um golpe até a realização das eleições de 2022.
Dois amigos me procuraram, argumentando que a análise seria precipitada e que eu não teria levado em consideração o papel do Centrão como expressão política da maior parte do PIB, vale dizer, da Faria Lima. São observações procedentes e vou tentar refletir sobre elas.
Bolsonaro e o "salve-me quem puder"
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro, ao perceber que seu poder de fascínio sobre uma massa desorganizada e despolitizada da classe média – que vê o “salvador da Pátria” mostrar que, neste quesito, está mais para Belo Antônio de botequim, que precisa culpar o mundo inteiro e suas conspirações pelo seu fracasso – partiu para o “fazemos qualquer negócio” que lhe assegure manter o queixo fora d’água, às espera de um milagre.
Seu projeto é apenas o que o leve à eleições em condições de ser o único capaz de enfrentar o fantasma – que agita todo o tempo – da volta de Lula ao governo.
Seu projeto é apenas o que o leve à eleições em condições de ser o único capaz de enfrentar o fantasma – que agita todo o tempo – da volta de Lula ao governo.
Candidato pede bênção a comandante militar
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Candidato à presidência da República disputa o direito de exercer, por meio da soberania popular, o comando do país – dentro, claro, das normas legais e constitucionais.
A Constituição definiu que o/a Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas – artigos 8 [inciso XIII] e 142.
Tanto é assim que os constituintes de 1988 atribuíram ao/à Presidente civil, e a ninguém mais, muito menos ao ministro da Defesa ou a qualquer militar, a palavra final sobre qual oficial de patente mais antiga assume o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Se Presidente da República manda em subordinado, e não o contrário; então seria esdrúxulo um potencial Presidente da República pedir bênção a um futuro subordinado que poderá, inclusive, ser “demitido” [mandado vestir o pijama] por ele/a mesmo/a, Presidente.
Candidato à presidência da República disputa o direito de exercer, por meio da soberania popular, o comando do país – dentro, claro, das normas legais e constitucionais.
A Constituição definiu que o/a Presidente da República é o comandante supremo das Forças Armadas – artigos 8 [inciso XIII] e 142.
Tanto é assim que os constituintes de 1988 atribuíram ao/à Presidente civil, e a ninguém mais, muito menos ao ministro da Defesa ou a qualquer militar, a palavra final sobre qual oficial de patente mais antiga assume o comando do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Se Presidente da República manda em subordinado, e não o contrário; então seria esdrúxulo um potencial Presidente da República pedir bênção a um futuro subordinado que poderá, inclusive, ser “demitido” [mandado vestir o pijama] por ele/a mesmo/a, Presidente.
sábado, 24 de julho de 2021
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