quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Quem paga o Trovão?

Por Fernando Brito, em seu blog:


A descoberta de que o incitador de golpes que atende pelo apelido de “Zé Trovão” está há dias no México, na companhia de outro acusado de ações golpistas, Oswaldo Eustáquio, levanta algumas questões interessantes.

A primeira é a de que, evidentemente, há alguém “bancando” os promotores destas tentativas de lançar o país em aventuras.

Passagem de ida e volta (os México exige), hotel, passaporte, uma ajuda de custo para os frijoles e tacos, uma sobra para deixar bem garantida a família, tudo isso depende de ligações político empresariais, algo que também desperta curiosidade sobre quem paga pelos caminhões carregados, estacionados em Brasília ou bloqueando as estradas, uma vez que a categoria alega apenas sobreviver com fretes deficitários.

Estado de Sítio era fake news bolsonarista

Os ruralistas e os donos do Brasil

A frente ampla na luta ideológica

Há um golpe em andamento

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Atos do 7 de Setembro repercutem no mundo

Arthur Lira é cúmplice de Bolsonaro

Bolsonaro encarna o Pequeno Ditador

Atos bolsonaristas faz terceira via se mexer

Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

Considero um exagero dizer que as manifestações bolsonaristas "floparam", ou seja, que teriam sido um fracasso.

Bolsonaro havia falado em números irreais, prevendo levar mais de 2 milhões de pessoas às ruas. Não conseguiu, claro. Mas o comparecimento está longe de ter sido irrisório.

Avaliação realista feita por este jornalista (adotando critérios objetivos de medição de áreas, e supondo concentração de até três pessoas por metro quadrado nos setores de maior aglomeração) indica que o comparecimento foi o seguinte:

- 90 mil a 100 mil pessoas em Brasília;

- 120 mil a 150 mil pessoas em São Paulo.

Ah, mas Bolsonaro só conseguiu isso porque parcelas do agronegócio e lideranças evangélicas despejaram dinheiro, pagaram ônibus e hospedagem. Verdade. Ainda assim, isso demonstra que há setores orgânicos dispostos a bancar um governo que só entregou ao país morte, inflação, desemprego e destruição ambiental. Não é pouco.

O rato que ruge e as instituições que miam

Por Fernando Brito, em seu blog:

Quase 24 horas depois de o presidente da República ter mandado o presidente da Suprema Corte “enquadrar o seu” ministro e já 16 horas após, na Paulista, ter ameaçado virar a mesa do que a Câmara decidiu sobre a contagem manual dos votos, Justiça e Parlamento permanecem quietos.

Dizem, segundo o que fazem cochichar à mídia , que querem evitar o “clima de briga de bar”.

A única consequência real que tem-se, até agora, é a suspensão das sessões do Senado de hoje e amanhã. Vale dizer que os senadores ficam, institucionalmente, mudos até a semana que vem. Na prática, a reação ante quem quer fechar o Senado é este fechar-se espontaneamente.

Se a alegação de “razões de segurança” procedessem, muito mais razões haveria para não haver reunião do STF.

Bolsonaro prega insurreição fascista

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


Foi difícil acompanhar o discurso de Bolsonaro na Paulista, em função da má qualidade da transmissão, cuja exclusividade foi entregue a um dos sites de estimação do presidente.

Quando as redes começaram a decifrar o que Bolsonaro dizia, não houve propriamente surpresa. Bolsonaro havia prometido que seu discurso da Paulista seria mais “robusto”.

Mesmo assim é de revolver o estômago ouvir o presidente da república atacar grosseiramente as duas mais importantes instituições judiciais do país, a corte suprema e o tribunal superior eleitoral.

Atacar é um eufemismo.

Ao afirmar que não respeitará mais decisões do ministro Alexandre de Moraes, e que não aceitará participar de uma “farsa” patrocinada pelo Tribunal Superior Eleitoral, o presidente da república pregou uma insurreição fascista contra o STF e o TSE.

Reflexões sobre o alarmismo na esquerda

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Caso se confirmassem as previsões apocalípticas feitas, na melhor das intenções, por importantes vozes da esquerda e do campo progressista, o cenário desta quarta-feira, 8 de setembro, seria de golpe consumado e de terra arrasada.

As imagens das sedes do Congresso Nacional e do STF, depois de invadidas pelas hordas fascistas e incendiadas, percorreriam o mundo, enquanto os militantes do campo popular cuidariam de seus feridos e até pranteariam seus mortos.

A arruaça criminosa teria os efetivos da Polícia Militar rebelados na linha de frente, apoiados por setores das forças armadas e das polícias civil e federal.

Bolsonaro e Barros devem ser indiciados

Bolsonaro sai mais forte ou mais fraco?

A grande imprensa no 7 de setembro

As ideias econômicas do neoliberalismo

terça-feira, 7 de setembro de 2021

O bolsonarismo no 7 de Setembro

Atos do 7 de setembro repercutem no mundo

Por Altamiro Borges


As imagens dos patéticos dos atos bolsonaristas do 7 de Setembro, que pedem fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, intervenção militar, expulsão do embaixador chinês e outras aberrações, já circulam pelo mundo. O Brasil afunda de vez como pária internacional, o que terá reflexos inclusive na economia.

A repercussão negativa na imprensa internacional é generalizada. O jornal britânico The Guardian deu capa e foi duro na crítica ao "combalido líder brasileiro". Segundo seu site, Jair Bolsonaro está "em uma aparente tentativa de projetar força no pior momento de sua presidência" ao convocar os atos do 7 de setembro.

Conselho da República é outra ameaça vazia

Da Rede Brasil Atual:


O “convite” de Jair Bolsonaro a autoridades para uma reunião do Conselho da República – feito em discurso no ato antidemocrático que liderou neste 7 de setembro – parece ser mais uma bravata destinada a contaminar e ameaçar a democracia brasileira. Ele prometeu que amanhã (8) estará reunido com o órgão para “mostrar para onde nós todos devemos ir”. Nas palavras de Carol Proner, professora de Direito Internacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trata-se de “mais uma das ameaças vazias que (Bolsonaro) faz para se manter no poder”. Além disso, o objetivo é gerar ansiedade e medo nas pessoas. A estratégia é manter no ar a possibilidade de ruptura real da democracia, disse ela, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), em entrevista à TVT.

Atos pró-Bolsonaro ficam aquém do esperado

Foto: Mídia Ninja
Por Iram Alfaia, no site Vermelho:


Flopou. Esse tem sido um dos verbos mais usados nas redes sociais para avaliar os atos pró-Bolsonaro neste 7 de setembro. Ou seja, a expectativa de reunir “mar de gente” nas manifestações não foi atingida. Neles, os bolsonaritas voltaram a defender voto impresso e destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em discurso para seus apoiadores, Bolsonaro ameaçou o STF. “Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, afirmou, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.