domingo, 12 de setembro de 2021

Bolsonaro frustra sua base. ‘O mito murchou’

Charge: https://www.instagram.com/jorgeomau/
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A “Declaração à Nação” de Jair Bolsonaro, divulgada nesta quinta-feira (9), virtualmente pedindo desculpas – inclusive ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – pelo seu comportamento no dia 7 de setembro é considerada por analistas e parlamentares uma capitulação.

“O mito murchou”, diz o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG). Para ele, o recuo inesperado contido na carta de Bolsonaro causa sensação de frustração e decepção nas hostes bolsonaristas. “Eles queriam um deus. Fizeram até uma estátua de madeira para ele, e o deus deles arregou.”

Na opinião de Delgado, Bolsonaro “ficou empolgado” com os gastos de dinheiro dos empresários amigos da soja e de igrejas. “Falou besteira, e o maior prejudicado de tudo o que aconteceu nos dias 7, 8 e 9 foi ele mesmo. Tanto que reconhece, ao murchar”, diz o deputado.

Os tutores da República vestem verde-oliva

Por Leneide Duarte-Plon, no site Carta Maior:


"O Exército vai deixar Lula voltar ao poder?" (Libération, 7 de setembro de 2021)

"Cúpula militar garante posse se PT ganhar" (Relatório Reservado, 30 de outubro a 5 de novembro de 1989)

"Leônidas com Collor, faz tudo contra Lula" (Relatório Reservado, 20 a 26 de novembro de 1989)

"Sarney temia forte reação militar à vitória de Lula" (Relatório Reservado, 1 a 7 de janeiro de 1990).

Entre o título do jornal de esquerda francês, "Libération", e os outros três do "Relatório Reservado" - uma newsletter brasileira de negócios, finanças e política – se passaram mais de 30 anos.

Mas a especulação sobre a possível interferência militar nas eleições presidenciais brasileiras permanecem. E revela um país tutelado desde o golpe de Estado militar que proclamou a República.

sábado, 11 de setembro de 2021

Ivermectina nos EUA: “você não é cavalo”

Bolsonaro, o exemplo de um tiro no pé!

A geopolítica mundial e a "lawfare"

Recuo ou estratégia para novo ataque?

O grande impasse nacional pós 7 de Setembro

Os falsos patriotas e o 7 de Setembro

Os bilionários da Forbes e os pobres

Após o recuo, o novo tempo do jogo político

Até quando Bolsonaro vai se comportar?

Banqueiros querem seus 288% de juros anuais

Bolsonaro arregou: "Declaração à nação"

Pensamento crítico e elitismo

Os bastidores da ação bolsonarista em Brasília

O momento mais patético do presidente

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Dilemas do Capitão do Mato e da Casa-Grande

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:

Que o Brasil não é para amadores todo o mundo já sabia.

Mas, com Bolsonaro, a coisa está ficando difícil até para os mais experimentados profissionais.

O grau de volatilidade do cenário político é tanto que as análises de conjuntura têm prazo de validade de apenas algumas horas.

Num momento Bolsonaro, uma dissidência do Homo Sapiens, parece estar ensaiando um autogolpe e, no outro, Michel Temer, o profissional dos golpes, parece estar mandando de novo no país.

Os meandros tortuosos e contraintuitivos da física quântica são mais fáceis de serem entendidos.

Na política brasileira, o gato dentro da caixa não apenas pode estar vivo ou estar morto.

O curto caminho que me levou à esperança

Por Jair de Souza


Neste 7 de setembro, o dia tinha amanhecido cheio de incertezas. Nos últimos dias, tivemos de suportar uma enorme carga de pressões que visavam nos afastar dos atos populares de rua programados para a data.

Por um lado, Bolsonaro havia convocado atos de força para o mesmo dia e havia posto em funcionamento toda sua máquina política miliciano-fascista para ajudá-lo a levar vantagens em sua disputa contra o STF em sua pretensão de aferrar-se ao comando do governo nacional, sem precisar submeter-se à eventualidade quase segura de ser derrotado por Lula nas próximas eleições.

Esta ameaça de um golpe de força por parte de Bolsonaro não era algo carente de importância. Afinal, estavam ativamente engajados como apoiadores e articuladores dessa medida de força os principais representantes do agronegócio e do capital financeiro. Portanto, rios de dinheiro foram disponibilizados para a elaboração e concretização dos planos de ocupação das ruas de Brasília e de São Paulo pelas hostes do nazibolsonarismo.

Um dia depois do outro

Por João Guilherme Vargas Netto


Felizmente os terremotos previstos para acontecer no 7 de Setembro não derrubaram nada, embora façam tremer a superfície e invertam a sabedoria portuguesa: as piores consequências já aconteciam antes.

Com efeito, os problemas do povo e particularmente dos trabalhadores continuaram como antes – doença, desemprego, carestia – e muito pouco se falou de seu enfrentamento (exceto algumas manifestações no campo oposicionista, com destaque para o pronunciamento do ex-presidente Lula na véspera do 7 de Setembro) e muito menos o presidente da República, obcecado por sua pregação golpista, minoritária e contestada.

A lira do delírio de um ingênuo Arthur

Por Hildegard Angel

Bolsonaro convocou o povo pra insurreição, pra quebrar tudo, escalpelar, matar, que ele garantia, porque ele é o comandante-em-chefe das Forças Armadas.

A Nação ficou em suspense por meses, desde que ele anunciou um 7 de Setembro "do babado". Jair iria barbarizar!

O país parou uma semana, respiração presa na expectativa do pior. Os ricos, animados, fizeram o "brunch do esquenta das manifestações" em suas coberturas.

Com o sol na cabeça, no asfalto, ficaram os zumbis do Exército de Bolsonaroleone.