quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Um dos países mais desiguais do mundo

O mundo em 2022: estabilidade ou conflitos?

Brasil entra o novo ano cheio de esperança

Jogo de cena da hospitalização de Bolsonaro

Bolsonaro, racismo ambiental e as enchentes

Os "programas sociais" de quem odeia pobre

Charge: Nando Motta
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Sem ser capaz de produzir uma única ideia original sobre programas sociais que contribuam para melhorar minimamente a vida das pessoas mais pobres, Bolsonaro tem se limitado a copiar, não sem antes maquiar, desvirtuar e deformar, políticas vitoriosas dos governos do PT.

A aposta envolve alto risco político. Bolsonaro pode estar por tabela fortalecendo ainda mais no imaginário popular a ideia de que o PT prioriza em seus governos o investimento na inclusão social, o que é reconhecido até por adversários do partido.

É aquela história: entre o original e o arremedo de imitação, a tendência do eleitorado é abraçar a primeira opção.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Um ano decisivo para o Brasil

Editorial do site Vermelho:


A virada de ano foi marcada por um sentimento de esperança para o povo brasileiro. Mesmo diante da crise explosiva pela qual o País passa, a chegada de 2022 nos faz iniciar a contagem regressiva: estamos no ano das eleições presidenciais que podem decretar o fim do governo Jair Bolsonaro. Primeiro e segundo turno estão marcados, respectivamente, para 2 e 30 de outubro. Se o pior presidente na História do Brasil não cair antes por vias como o impeachment ou a renúncia – hipóteses mais improváveis a esta altura –, poderá ser expelido do cargo, enfim, pelo voto.

Um ano marcado pela destruição ambiental

Futebol-empresa: capitalismo chega no futebol

Por Marcos Dantas

É comum, nas semanas finais de um ano ou iniciais do seguinte, o noticiário futebolístico ser ocupado por negociações de compra ou venda de jogadores, renovação de contratos, contratação de técnicos. Nesta virada de 2021 para 2022, o noticiário futebolístico foi invadido por um novo tipo de negociação: a compra de times inteiros por algum investidor. O ex-jogador Ronaldo "Fenômeno" comprou o Cruzeiro de Minas Gerais. Um cidadão estadunidense de nome John Textor está comprando o Botafogo do Rio de Janeiro. O Vasco da Gama, também do Rio, estaria à "venda". Toda essa movimentação tem por trás uma lei que pode transformar totalmente a atual estrutura político-econômica do futebol brasileiro: a lei 14.193/2021 que criou a "sociedade anônima do futebol" (SAF).

Direito trabalhista e reação da plutocracia

Por Leonardo Attuch, no site Brasil-247:

A possível aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin criou a falsa percepção de que um provável governo Lula-3 seria um período de conciliação e confraternização nacional, em que o bode do fascismo seria retirado da sala, mantendo-se todas as políticas neoliberais implantadas após o golpe de estado de 2016 e que fracassaram de maneira incontestável.

Bastou um elogio de Lula à revogação pelo governo espanhol de uma reforma trabalhista também fracassada por lá para que a plutocracia brasileira começasse a se movimentar. Lula disse apenas que os brasileiros devem olhar para a Espanha, sinalizando que é possível travar uma discussão madura sobre políticas públicas que não trouxeram os resultados prometidos:

A polarização política na América Latina

Arte do blog Cultura y Resistencia
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência


Há dois aspectos salientes na conjuntura política latino-americana neste início de ano.

1) Em 2021 houve um acúmulo de lutas políticas e sociais, o que enriquece a experiência dos povos e forças políticas progressistas. Não farei aqui um inventário dessas múltiplas lutas, mas assinalar duas campanhas populares que se destacaram pela força da mobilização, o caráter de massas, a combatividade e o elevado grau de politização. Uma delas foi a jornada de lutas dos colombianos nos meses de abril e maio, um verdadeiro levante popular de mais de 50 dias, duramente reprimido pelo governo de extrema direita de Iván Duque. Apesar de toda a brutalidade das forças policiais, o movimento conquistou vitórias políticas, entre as quais a tramitação no Congresso Nacional de um caderno de reivindicações de direitos humanos, civis e sociais, que se constituirão nas linhas programáticas da luta política das forças de esquerda em 2022.

Orçamento secreto no governo Bolsonaro

Charge: Zé Dassilva
Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:


O orçamento público é o instrumento que os governos usam para planejar e estabelecer as prioridades de gastos do Estado. Um pressuposto da legitimidade do orçamento público, além de sua destinação, está na clareza e na transparência, que são duas condições indispensáveis para que haja controle social e a sociedade seja ao mesmo tempo a protagonista e a beneficiária efetiva dos recursos arrecadados compulsoriamente de todos. O segredo na arrecadação de receitas, na efetivação de despesas e na destinação de recursos financeiros é incompatível com a forma republicana e o regime democrático de governo. Assim, nem a elaboração do orçamento público nem a execução podem ser secretas.

Jovem Pan News naufraga em audiência

Charge: Clóvis Lima
Por Lucas Rocha, na revista Fórum:


O canal de notícias de extrema-direita Jovem Pan News teve uma piora na sua média de audiência entre os meses de novembro e dezembro e caiu 8 posições no ranking geral da TV paga.

Segundo dados da Kantar Ibope no Painel Nacional de Televisão (PNT), a Jovem Pan News registrou média de 0,03 ponto de audiência, ou 0,09% de share. Isso a coloca como a 53ª no ranking da TV Paga de dezembro.

Em novembro, a emissora tinha ficado na 45ª posição. A queda de oito posições aconteceu no terceiro mês da Jovem Pan como emissora de TV.

Entre os canais de notícias, o canal de extrema-direita só conseguiu superar a BandNews, ficando atrás de RecordNews, GloboNews e CNN Brasil.

Vacinação das crianças é esperança para 2022

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

O ano se inicia e temos esperanças de que ele seja melhor. A aprovação da vacina para crianças de 5 a 11 anos, após pedido da Pfizer, é uma grande notícia. Tivéssemos um governante sério, as crianças já estariam sendo vacinadas. Mas a irresponsabilidade com a saúde da população continua sendo marca desse governo.

Além de retardar a imunização das crianças, o Ministério da Saúde não tem nenhum controle sobre o número de infectados pela variante ômicron. As plataformas que consolidam as informações dos estados foram hackeadas e o governo não consegue resolver o problema. Com isso, o diagnóstico sobre a circulação da variante no Brasil está prejudicado pela subnotificação de casos.

Bolsonaro e sua “vitimização”

Charge: Cau Gomez
Por Fernando Brito, em seu blog:


Bem, ficamos de novo de “alarme falso” de uma complicação séria de saúde do sr. Jair Bolsonaro e de mais um caso de Lactopurga mais caro do planeta.

A essa altura, já pouco importa se há problemas reais – e certamente há, com o histórico de cirurgias e a vida loca das farras praiana do ex-capitão, regadas a pão com leite Moça e frituras de toda espécie – o mais importante é observar a saída pela via hospitalar nos maus momentos políticos em que Bolsonaro se mete.

Vai para um leito, posa de pijama e sonda nasogástrica e alivia a pressão política.

A arte perversa de Vargas Llosa

Por César Locatelli, no site Carta Maior:


Quando Mario Vargas Llosa afirmou que sua tarefa como escritor era dizer mentiras que parecessem verdades, referia-se a suas ficções e, possivelmente, não esperava que o mesmo fosse dito de seu proselitismo político.

“Sem dúvida, Vargas Llosa (VLl) é um escritor que cativa seus leitores e maneja com maestria essa arte perversa de ‘contar mentiras que parecem verdade’, como ele disse e escreveu repetidas vezes. Além disso, combina muito bem a ficção com o ensaio, o que muitas vezes induz seus leitores a darem crédito, como se fosse real, a algo que nada mais é do que uma ficcionalização ou, se quiser, uma fantasia do escritor”, diz Atilio Boron em seu livro de 2021: El sueño del marqués: Mario Vargas Llosa, una pluma al servicio del imperio.

As costuras para a aliança com Lula