terça-feira, 7 de junho de 2022

Brasil vira o país do mísero salário mínimo

Charge: Jean Galvão
Por Altamiro Borges


O jornal O Globo publicou nesta segunda-feira (6) um detalhado levantamento sobre a queda de renda dos brasileiros no reinado de Jair Bolsonaro, esse autêntico laranja do “deus-mercado”. Segundo o estudo, “o Brasil é, cada vez mais, o país do salário mínimo. O total de profissionais que ganham até o piso era de 27,6% dos trabalhadores no último trimestre de 2015 e foi a 30,09% no mesmo período de 2018. Já em 2022, no primeiro trimestre, a quantidade de trabalhadores, formais e informais, que recebia até um salário mínimo chegou a 38,22% do total da força ocupada”.

Carluxo Bolsonaro detona marqueteiro do pai

Democracia real e possível

Charge: Laerte
Por Frei Betto, em seu site:


Em ano de eleições, como no Brasil, vale refletir sobre a natureza e o caráter da democracia, considerada valor universal.

Ao desabar o Muro de Berlim, em 1989, pensou-se que o fim da União Soviética significaria o auge da democracia no mundo. Até mesmo os países periféricos adotariam formas de governo respeitosas aos direitos humanos e à vontade popular. Enfim, a modernidade alcançaria a sua maturidade.

Esse sonho desabou com a queda das Torres Gêmeas de Nova York, em 2001. As agressões do governo dos EUA a países do Oriente Médio; o apoio da Casa Branca às petroditaduras, como a da Arábia Saudita; o descaso dos países metropolitanos com o bloqueio a Cuba e a causa palestina; a ascensão da China; e a crise financeira de 2008 escancararam as desigualdades sociais agravadas pelo capitalismo e, agora, aprofundadas pela pandemia e a guerra na Ucrânia.

Preço do combustível pode ser mais barato?

Charge: Cacinho
Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:


Muitas pessoas imaginam que o preço dos combustíveis e do litro de gasolina e, principalmente, do diesel, é culpa dos governos estaduais, devido à cobrança de impostos, ou então pode ser resultado da guerra da Ucrânia e da queda de oferta de petróleo no mercado mundial. Porém, essas razões são apenas parte do problema.

Para entender a crítica ao preço dos combustíveis e às decisões de Bolsonaro, a primeira questão é ver o Brasil como o sétimo produtor mundial de óleo cru, o principal da América Latina, com 3 milhões de barris diários extraídos. Poderíamos ser autossuficientes e ter controle sobre o preço do óleo e seus derivados.

Genivaldo e a escola de tortura

Charge: Gervásio
Por Cristina Serra, em seu blog:


O assassinato de Genivaldo de Jesus Santos numa câmara de gás móvel, executado por agentes da PRF, pôs em evidência uma empresa preparatória de candidatos a cargos públicos na área de segurança. O curso se chama AlfaCon e seu corpo “docente” (com perdão aos professores pelo uso da palavra) inclui defensores de tortura, assassinato e chacina como método para tratar pessoas consideradas suspeitas.

No vídeo de uma “aula” de 2016, Ronaldo Braga Bandeira Junior (atualmente lotado na PRF em Santa Catarina) ensina a usar gás de pimenta em viaturas, tal como aconteceu com Genivaldo. Outros dois instrutores são os ex-policiais militares Norberto Florindo Junior e Evandro Guedes, este último um dos donos da AlfaCon.

Cúpula dos EUA decreta o fim da OEA

Charge: Vicman/Granma
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O sepultamento definitivo do projeto de Área de Livre Comércio das Américas, a Alca, em dezembro de 2005, em Mar del Plata, Argentina, por ocasião da 4ª Cúpula das Américas, representou a mais dura derrota do projeto imperial dos EUA no hemisfério americano.

Com a Alca, os EUA pretendiam aprofundar sua hegemonia e seu domínio regional absoluto por meio da anexação econômica de 33 países latino-americanos, caribenhos e sul-americanos, além do Canadá.

O fim daquele projeto imperial representou um dos maiores reveses geopolíticos da história dos EUA. E deveria ter causado, também, o fim da Organização dos Estados Americanos [OEA], um organismo instrumental para o exercício do poder de dominação e de intervenção dos EUA na região.

Venda da Eletrobras ameaça a governabilidade

Charge: Genildo
Por Cezar Xavier, no site Vermelho:

O engenheiro Íkaro Chaves falou como dirigente da Associação dos Engenheiros e Técnicos do Sistema Eletrobrás, onde analisa as ilegalidades do processo da privatização por dever de ofício e sempre se surpreende com novos mecanismos inaceitáveis neste processo. Ele destaca como a possibilidade de privatização na Eletrobras, no próximo dia 13 de junho, pode afetar a governabilidade do país no futuro, conforme se intensifique uma crise energética.

“Eu duvido que algum governo sobreviva a uma empresa que para de gerar energia e passa a cobrar o que ela quiser pelo pouco que produzir”, alerta ele, sobre as inúmeras crises hídricas que certamente virão nos próximos anos.

Negacionismo, lawfare e neofascismo no Brasil

Os militares e o "Projeto de Nação"

A política ambiental está no fundo do poço?

Lula pode retomar fio da história

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Bolsonaro volta a ameaçar concessão da Globo

Campanha começa com crescimento de Lula

Foto: João Risi
Por Fernando Brito, em seu blog:

Eu e você, certamente, já passamos por isso: evitar falar de política em encontros sociais ou familiares pelo risco de ter ali algum bolsonarista e azedar o clima da reunião.

Mas é muito pior para milhões de trabalhadores que têm de camuflar seus pensamentos porque o patrão é bolsonarista – e grande parte é mesmo, mostram as pesquisas.

O povão não é bobo, sabe quando precisa ficar “na dele” para se proteger.

Muitas vezes fala que “político é tudo igual, tudo ladrão” porque isso é aceito socialmente, mas sabe que são diferentes no resultado sobre suas vidas.

Quem é do Rio e já mais velho lembra quando diziam que Brizola tinha apenas 2 ou 3% nas pesquisas.

Minha rua, minha morte

Foto: Luciney Martins/O São Paulo
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


O governo Bolsonaro, que acabou com o exitoso programa Minha Casa, Minha Vida, resolveu substituí-lo por outro programa de sentido inverso: o Minha Rua, Minha Morte. Não, não foi o Casa Verde e Amarela; foi esse mesmo.

O Minha Casa, Minha Vida entregou, de 2009 até o final do governo Dilma Rousseff, mais de 4 milhões de unidades habitacionais, totalizando um investimento de R$ 105 bilhões, que beneficiou cerca de 16,5 milhões de pessoas.

Saliente-se que cerca de 70% dos contemplados com moradias eram pessoas de renda muito baixa, de até dois salário mínimos mensais.

Observe-se também que, nessa fase, o investimento anual destinado ao programa era de R$ 11,3 bilhões, em média.

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