domingo, 26 de junho de 2022

Um presidente cada vez mais desnorteado

Charge: Guto Respi
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Confesso que meu masoquismo me levou a perder pouco mais de dezoito minutos para acompanhar neste sábado 25 de junho a fala de Jair Messias a seguidores dos autonomeados pastores evangélicos em Camboriú, Santa Catarina – talvez o mais bolsonarista dos estados brasileiros.

Eu esperava que ele fizesse alguma menção, qualquer que fosse, ao escândalo desatado por Milton Ribeiro, que foi seu ministro da Educação.

Achei que iria se referir a rumores, ou desmentir o tal aviso por telefone, dizer que de novo estava sendo perseguido, qualquer coisa.

Pois nem um pio.

Vitória no 1 turno evita tentativa de golpe

Bolsonaro interferiu na investigação do MEC?

CPI do MEC e Lula no 1º turno

sábado, 25 de junho de 2022

Cadê a CPI do balcão de negócios no MEC?

Pensar (e combater) o fascismo hoje

Bolsonaro segundo Weintraub

Um genocídio indígena institucionalizado

Um novo Plano Nacional da Cultura

Bolsonaro queima a cara

Em defesa da vida e da Amazônia

Iates de luxo e 20 milhões vivendo de bicos

Charge: Emanuele Del Rosso
Por Altamiro Borges


Duas notinhas publicadas na Folha nesta quarta-feira (22) mostram os absurdos das desigualdades no capitalismo. A primeira informa que “a empresa italiana de iates de luxo Azimut planeja aumentar a capacidade do seu estaleiro no Brasil e começar a fabricar novos modelos. No último ano, a filial brasileira cresceu mais de 20%. Desde a sua inauguração, em 2010, a empresa diz que já vendeu R$ 1,5 bilhão em embarcações”.

Ainda segundo o jornal, excitado com o luxo da cloaca burguesa, “a empresa viu aumentar a procura por megaiates, como os da linha Grande, lançada há menos de dois anos no Brasil. O modelo de barcos com área equivalente a 350 m² já teve dez unidades vendidas, das quais três estão em produção, e custa mais de R$ 50 milhões. A expansão visa atender, também, a chegada da linha Atlantis, com barcos de alta performance de design esportivo”.

Cadê a CPI do balcão de negócios no MEC?

Charge: Jônatas
Por Altamiro Borges


Antes mesmo do vazamento dos áudios que confirmam a interferência direta de Jair Bolsonaro para tentar salvar seu ex-ministro Milton Ribeiro, a oposição já havia conseguido as assinaturas necessárias para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o balcão de negócios no Ministério da Educação. O requerimento reuniu 28 adesões na quinta-feira (23), uma a mais do que o mínimo exigido.

Mesmo assim, o presidente do Senado, o fisiológico Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já sinalizou que sabotará sua criação. No maior cinismo, ele afirmou em entrevista coletiva considerar que a proximidade das eleições “prejudica o escopo de uma comissão de inquérito”. Quando do pedido de criação da CPI da Covid, no ano passado, o oportunista também protelou a leitura do requerimento por mais de dois meses. Ela só foi instalada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Os desafios pós-pesadelo

Charge: Mau
Por Roberto Amaral, em seu blog:


É majoritária entre os analistas da cena republicana a convicção de que caminhamos para a mais importante das eleições presidenciais desde o fim da última ditadura. Serão, porém, eleições graves, e disputadas em clima de exacerbado antagonismo, ensejador da violência política, terreno pelo qual a extrema-direita brasileira (como suas congêneres mundo afora) tem demonstrado predileção. Mais que indicar o próximo inquilino do palácio do planalto, estaremos, em outubro próximo, definindo que país pretendemos construir. O próprio embate, reduzido a duas candidaturas antípodas, a opostas visões de mundo, de país e de sociedade, dá ao pleito o seu caráter plebiscitário, sem meio termo, pois estaremos decidindo entre a promessa de futuro e a persistência de um passado que enodoa a história.

Poderemos estar ditando o fim de um ciclo escatológico.

Bolsonaro ainda pode vencer Lula?

Charge: Nando Motta
Por André Cintra, no site Vermelho:


A pré-campanha eleitoral de 2022 alcança uma marca simbólica nesta sexta-feira (24): faltam exatamente cem dias para o primeiro turno da disputa à Presidência da República. A crer nas tendências detectadas pela pesquisa Datafolha que foi divulgada nesta quinta-feira (23), o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está um pouco mais cristalizado.

Tal como um time de futebol que entra em campo podendo empatar ou até perder de pouco, a campanha do petista chega a esta fase da pré-campanha com uma vantagem sólida. Lula teria hoje, segundo o Datafolha, 53% dos votos válidos já no primeiro turno, contra 32% do presidente Jair Bolsonaro. Na comparação com a pesquisa anterior, de um mês atrás, os números apenas oscilaram dentro da margem de erro.

Presos por corrupção são ligados a Bolsonaro

Charge: Toni D'Agostinho
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Desde que assumiu, percebemos nesse governo que o discurso anticorrupção não passava disso: um discurso vazio, já que desde seu início inúmeros casos de desvios de dinheiro público vieram a público. Nesta quarta-feira (22), no entanto, a operação “Acesso Pago”, da Polícia Federal, prendendo um ex-ministro pelo qual Bolsonaro colocou a “cara no fogo”, põe a nu, para o grande público, o verdadeiro caráter desse governo. Como se não bastasse ser incompetente e retrógrado, é corrupto.

Pegaram os pastores, mas não os vampiros

Charge: Mocanus
Por Moisés Mendes, em seu blog:

As rezas dos pastores de Bolsonaro e de Milton Ribeiro podem ter sido mais fracas do que as orações dos vampiros que tentavam vender vacinas inexistentes dentro do Ministério da Saúde, enquanto o governo sabotava a vacinação.

O balcão de negócios com Bíblias e barras de ouro foi denunciado em março deste ano, quando apareceu pela primeira vez (que se dê o crédito) no Estadão. Já as quadrilhas das vacinas foram expostas desde junho do ano passado pelo deputado Luis Miranda.

Ribeiro e alguns pastores já estão presos, e não há nenhum vampiro encarcerado. A gangue dos pastores ainda não se submeteu aos constrangimentos de nenhuma CPI. Os vampiros foram investigados durante seis meses por uma comissão do Senado.

Vitórias sindicais e esperança de mudança

Por João Guilherme Vargas Netto


Quero registrar algumas vitórias recentes dos trabalhadores em sua luta sindical: a greve de 16 dias dos metalúrgicos da Renault, no Paraná, a laboriosa articulação dos frentistas no Congresso Nacional e nos tribunais evitando a extinção de sua categoria, as negociações vantajosas dos metalúrgicos da Caoa Chery garantindo benefícios aos demitidos e a greve de um dia dos motoristas e cobradores na cidade de São Paulo.

Foram todas vitórias maiúsculas, apesar das dificuldades e confirmam o lema de que “quem luta, vence”.

Amado Batista pede desculpas a Lula

Imprensa e democracia em tempos de trevas