sexta-feira, 5 de agosto de 2022
A nova onda progressista na América Latina
Por Pedro Carrano
O período de aplicação de políticas neoliberais na América Latina teve predomínio entre os anos 1980 e 1990, na maioria dos países do continente, o que repercutiu nas condições de vida de trabalhadores e população em geral, fazendo com que revoltas nas ruas acontecessem em diferentes momentos e em cada realidade.
Essa reação ocorreu mesmo em meio a um longo período de uma situação defensiva da classe trabalhadora no plano mundial, após a queda da URSS. Ainda assim, movimentos populares e as organizações de esquerda na América Latina representaram, nesse início dos anos 2000, importante referência de resistência contra o modelo neoliberal.
O período de aplicação de políticas neoliberais na América Latina teve predomínio entre os anos 1980 e 1990, na maioria dos países do continente, o que repercutiu nas condições de vida de trabalhadores e população em geral, fazendo com que revoltas nas ruas acontecessem em diferentes momentos e em cada realidade.
Essa reação ocorreu mesmo em meio a um longo período de uma situação defensiva da classe trabalhadora no plano mundial, após a queda da URSS. Ainda assim, movimentos populares e as organizações de esquerda na América Latina representaram, nesse início dos anos 2000, importante referência de resistência contra o modelo neoliberal.
O Exército e o medo injustificado
Charge: Adnael |
Ontem, houve quem arrepiasse de medo ao ler a reportagem da Folha de São Paulo: “Exército compra equipamento para acessar celulares e silencia sobre motivos”.
Nada mais compreensível, neste momento em que a democracia magrinha que nos sobrou está ameaçada.
O jornal insinua que o Exército se prepara para extrair “dados de telefones celulares, de sistemas de nuvem dos aparelhos e de registros públicos armazenados em redes sociais como Twitter, Facebook e Instagram”.
Ora, isso é comezinho na inteligência militar. O jornal reportou que a galinha come milho. Impossível corporações armadas se manterem avisadas sem recursos técnicos básicos.
O jornalista diz que, “pela primeira vez”, o Exército compra tal tipo de ferramenta. O coronel da reserva do Heraldo Makrakris emendou: trata-se de “mais uma” ferramenta.
Todos os golpes dos Bolsonaros fracassaram
Charge: Nando Motta |
Os Bolsonaros serão testados pela primeira vez como protagonistas de um golpe, se conseguirem levar o blefe adiante. Como figurantes ou como coadjuvantes dos golpes dos outros, eles são um fracasso.
As experiências internacionais da família foram terrivelmente patéticas. No final de abril de 2019, Eduardo Bolsonaro viajou a Pacaraima, em Roraima, na fronteira com a Venezuela, para testemunhar e apoiar um golpe.
Chegou a anunciar que pretendia comemorar no Brasil o que aconteceria do outro lado. Depois, passaria a fronteira para abraçar Juan Guaidó, que tenta todos os anos derrubar Nicolás Maduro.
O fascista fracassou e Dudu voltou para casa sem comemorar nada. A imprensa brasileira tratou a tietagem do sujeito com a maior naturalidade. Guaidó virou um traste e vem perdendo apoio entre os golpistas venezuelanos.
A frente democrática e antifascista
Charge: Carapiá |
A estapafúrdia reunião que Bolsonaro promoveu com as missões diplomáticas estrangeiras [18/7] para atacar o sistema eleitoral do país precipitou movimentos políticos de relevantes frações do establishment e acelerou mudanças profundas do cenário eleitoral.
Aquele evento pode ser considerado o marco temporal dos sinais de mudança da conjuntura desses últimos dias. E teve como efeito principal a ampliação significativa do isolamento político do Bolsonaro e do governo militar. O cancelamento do encontro na Fiesp, programado para 11 de agosto, é sintoma disso.
Um isolamento que pode ser comprovado tanto no plano interno, da política doméstica, como no plano internacional – com destaque, neste caso, para o enquadramento explícito feito pelo governo dos EUA às cúpulas partidarizadas das Forças Armadas brasileiras.
A façanha do ministro da Defesa
Charge: Fraga |
O general da reserva do Exército Paulo Sérgio Nogueira, que ocupa o ministério da Defesa, pode ser criticado por um robusto punhado de atitudes.
Um mérito, porém, é incontestável: no quesito sabujismo a Jair Messias ele só pode ser comparado a fenômenos como seu colega de farda – melhor dito, de pijama – Eduardo Pazuello ou ao advogado presidencial Augusto Aras, e é melhor ir parando por aqui.
Nem mesmo o médico (médico!!) Marcelo Queiroga, o ministro de Saúde que fez de tudo para boicotar a vacinação de adolescentes e crianças, conseguiu se aproximar de semelhante vassalagem.
Do alto de sua prepotência olímpica, o general Nogueira mandou um despacho carimbado de “urgentíssimo” exigindo do ministro Luiz Edson Fachin, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, acesso ao código-fonte aplicado na fiscalização das urnas que serão utilizadas em outubro.
quinta-feira, 4 de agosto de 2022
Mundo precisa de mais Lula e menos de Pelosi
Mísseis balísticos chineses sobrevoam Taiwan. Foto: CCTV/AP |
EUA e alguns aliados parecem dispostos a colocar fogo no mundo. Fogo até mesmo nuclear.
Não bastasse a injustificada expansão da Otan para leste, causa última da atual guerra na Ucrânia, que tende a se perenizar e se alargar, agora tenta-se aumentar bastante a temperatura com a China.
Com efeito, a viagem de Nancy Pelosi a Taiwan, em aeronave da força aérea norte-americana, constitui-se numa séria e gratuita provocação a Beijing.
Na realidade, é uma bofetada humilhante na China e em Xi Jinping, às vésperas da realização do 20° Congresso do Partido Comunista Chinês.
A versão de que a presidente da House of Representatives dos EUA foi lá contra os desejos da administração de Biden não parece crível.
Bolsonaro despista e se faz de vítima
Por Fernando Brito, em seu blog:
Bolsonaro estaria temendo ser preso ao deixar a presidência, diz a Folha, em chamada de 1ª página.
Na coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, a conversa é ainda mais dramática: “Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”.
Conversa fiada de quem quer se fazer de vítima quando é algoz.
Bolsonaro jogou e joga na confusão e sabe (e sabe) dos riscos quando começou a ameaçar um golpe de estado contra as eleições.
É daqueles valentões de botequim que apela para o “me segura que senão eu brigo”, sempre contando com a turma do “deixa disso”, muito mais numerosa na política que no no “Bar do Joaquim”.
Na coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, a conversa é ainda mais dramática: “Eu atiro para matar, mas ninguém me leva preso. Prefiro morrer”.
Conversa fiada de quem quer se fazer de vítima quando é algoz.
Bolsonaro jogou e joga na confusão e sabe (e sabe) dos riscos quando começou a ameaçar um golpe de estado contra as eleições.
É daqueles valentões de botequim que apela para o “me segura que senão eu brigo”, sempre contando com a turma do “deixa disso”, muito mais numerosa na política que no no “Bar do Joaquim”.
Relevância necessária do sindicalismo
Por João Guilherme Vargas Netto
Com a aceleração do tempo político-eleitoral o último dos eventos estritamente sindicais pode ter sido a adesão coletiva das centrais à “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito” que será lida no dia 11 de agosto nas Arcadas e já conta com 700 mil assinaturas.
Embora a Conclat-2022 tenha como tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida” a defesa enfática da convivência democrática ficou agora patente com a adesão das direções sindicais ao manifesto.
O gesto das direções nacionais deve estimular atitudes semelhantes dos dirigentes intermediários, de base e dos ativistas e amplia o alcance da pauta da classe trabalhadora e a insere nas lutas eleitorais que passam a determinar o andamento da conjuntura até o 2 de outubro, data do primeiro turno.
Com a aceleração do tempo político-eleitoral o último dos eventos estritamente sindicais pode ter sido a adesão coletiva das centrais à “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito” que será lida no dia 11 de agosto nas Arcadas e já conta com 700 mil assinaturas.
Embora a Conclat-2022 tenha como tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida” a defesa enfática da convivência democrática ficou agora patente com a adesão das direções sindicais ao manifesto.
O gesto das direções nacionais deve estimular atitudes semelhantes dos dirigentes intermediários, de base e dos ativistas e amplia o alcance da pauta da classe trabalhadora e a insere nas lutas eleitorais que passam a determinar o andamento da conjuntura até o 2 de outubro, data do primeiro turno.
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