domingo, 28 de agosto de 2022

Lula no JN: domínio da cena

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


"O senhor não deve nada à Justiça". Quando William Bonner disse essa frase a Lula, na entrevista ao JN, veio-me à cabeça um discurso que, no início da perseguição da Lava Jato, avalizada pela mídia, Lula fez numa reunião do Diretório Nacional do PT em Brasília, em 29 de outubro de 2015. Lá pelas tantas ele disse:

- Serão três anos de pancadaria, mas eu vou sobreviver. Se tem uma coisa que aprendi na vida foi a enfrentar a adversidade. Podem ficar certos: eu vou sobreviver. E eles, terão a credibilidade que imaginam?

Ele falava em três anos porque deveria ser candidato em 2018 mas a pancadaria foi além.

Não há fome no Brasil da Terra plana

Charge: Venes/Carta Capital
Por Fernando Brito, em seu blog:


Há na Terra plana um país chamado Brasil onde ninguém passa “fome de verdade”.

Ao menos é o que pode pensar o leitor dos jornais, hoje.

Salvo pelas capas do Extra e de O Globo, nenhum deles traz destaque para o fato de Jair Bolsonaro ter dito que não se passa fome no Brasil, embora cada repórter, redator, editor e o que mais houver de bam-bam-bans em cada um deles já tenha sido abordado, na rua, numa lanchonete ou num restaurante por alguma sombra humana que lhe peça um pão, um salgado, uma quentinha ou marmitex.

“A dor da gente não sai no jornal”, cantou o Chico Buarque, se é que àquelas fantasmagorias concedem o nome de gente.

Sem medo das casernas na Colômbia

Foto: Reprodução do Facebook
Por Gilberto Maringoni

“Debatemos muito o tema da segurança pública durante a campanha eleitoral. Seu conceito tem de mudar”.

Manhã ensolarada da sexta, 19 de agosto. Gustavo Petro pontuava um improviso de meia hora com um lápis na mão, que fazia as vezes da batuta de um regente. Estava num púlpito ladeado pela cúpula militar, por vários ministros, além de centenas de membros das forças de segurança, em frente à imensa área ao ar livre da Escola de Cadetes General Santander, o mais importante centro de formação policial da Colômbia, em Bogotá. O objetivo era dar posse à nova cúpula da Polícia Nacional.

Consolidava-se ali a mais ousada mudança no comando das Forças Armadas já feita no país. 

No JN, Lula enfrenta a barbárie

Vai ser Lula no primeiro turno?

O jornalismo vai acabar?

sábado, 27 de agosto de 2022

Após JN, famosos declaram voto em Lula

Corrupção com bilhões do orçamento secreto

O principal fiscal para combater fake news

Malafaia vomita ofensas

Análise das entrevistas dos presidenciáveis

Lula nadou de braçada no Jornal Nacional

Educação e cultura para a igualdade

A corrupção e o "jeitinho brasileiro"

A repercussão de Lula no Jornal Nacional

Após JN, famosos declaram voto em Lula

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges

A entrevista concedida na quinta-feira (25) aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos, na TV Globo, segue repercutindo. A coluna Splash do site UOL, dedicada às celebridades midiáticas, reuniu várias postagens nas redes sociais e destacou que “famosos declaram apoio a Lula após o JN”. Vale conferir algumas destas mensagens:

“Eu estou tão louca para votar 13 que estou treinando no micro-ondas”, brincou Gleici Damasceno, campeã do BBB-18. Já Giovanna Ewbank, ao lado do ator Bruno Gagliasso, compartilhou um registro assistindo à sabatina no carro durante o trânsito. Como é bom ouvir um PRESIDENTE falar, chega a dar um alivio neh?”, postou.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Lula deu um baile em Bonner e Renata

Charge: Aroeira
Por Ângela Carrato, no site Viomundo:

Do Oiapoque ao Chuí, o Brasil parou para ver e ouvir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Jornal Nacional.

Nas principais cidades e capitais brasileiras, janelas e varandas, desde o final da tarde, estavam fartamente iluminadas, indicando esperança, enquanto importantes influenciadores usavam suas redes sociais, para anunciar voto em Lula no primeiro turno.

Para muitos, Lula deu um show. Outros preferiram definir sua atuação nesta entrevista como aula sobre bem governar o Brasil.

Ele não respondeu apenas como um ex-presidente que deixou o cargo com consagradores 87% de aprovação popular. Respondeu com a clareza de um líder que sobreviveu e deu a volta por cima em todo tipo de provocação e perseguição.

Lula troca o genocida pelo bobo da corte

Foto: Facebook Lula
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Os mais alarmistas temiam que Lula fosse cercado por William Bonner e Renata Vasconcellos e obrigado a dizer se iria continuar chamando Bolsonaro de genocida.

Se dissesse que sim, poderia parecer arrogância e agressividade. Se saltasse fora e desse uma volta, poderia sugerir recuo e acovardamento.

Nada perguntaram. E Lula teve a chance de trocar o genocida, que para o povo pouco significa, pelo bobo da corte que não manda em mais nada.

O TSE não deverá recomendar à Globo e ao YouTube que retirem a citação dos seus arquivos. Não há o que tirar ou botar da entrevista de Lula ao Jornal Nacional.

Não há como fazer reparos nem mesmo à postura dos entrevistadores. Bonner e Renata se renderam à grandeza de Lula.

Lula venceu o JN

Foto: Facebook Lula
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


Ufa! A palavra não foi pronunciada, mas estava estampada na fisionomia não só de Luiz Inácio da Silva, mas também nas de William Bonner e Renata Vasconcellos ao final dos 40 minutos de entrevista ao Jornal Nacional nesta quinta.

O semblante tenso do ex-presidente no início do programa, que começou com uma ofensiva de Bonner sobre corrupção, foi substituído, ao final, por um meio sorriso e o oferecimento do ex-presidente de, se eleito, ir "todo mês" ao JN.

Talvez Lula nunca tenha falado tanto sobre corrupção, petrolão, mensalão e Lava Jato, mas apresentou uma narrativa coerente, em que não negou a existência da corrupção mas lembrou que tudo isso foi descoberto graças a leis e mecanismos de apuração criados nos governos do PT.

A sombra de Getúlio no Brasil de 2022

Getúlio Vargas em campanha eleitoral (1950)/FGV CPDOC
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

“Por volta das sete e meia, oito horas da manhã, ouviu-se o estampido seco (...) Subimos apressadamente para o quarto (...) Encontramos o presidente de pijama, com meio corpo para fora da cama, o coração ferido e dele saindo sangue aos borbotões. Alzira de um lado, eu do outro, ajeitamos o presidente no leito, procuramos estancar o sangue, sem conseguir. Ele ainda estava vivo. Havia mais pessoas no quarto quando ele lançou um olhar circunvagante e deteve os olhos na Alzira. Parou, deu a impressão de experimentar uma grande emoção. Neste momento, ele morre. Foi uma cena desoladora.”