terça-feira, 6 de setembro de 2022

Um apelo aos eleitores de Ciro Gomes

Bolsonaro e sua armadilha “patriótica”

Charge: Aroeira
Por Fernando Brito, em seu blog:

Deu tudo errado no roteiro.

Jair Bolsonaro chega à véspera do que seria seu “Dia do Triunfo”, em que faria suas falanges desfilarem ao lado das Forças Armadas, simbolizando que sua vitória (nas urnas ou apesar delas) era o único resultado possível destas eleições, com um cenário em que, pelas pesquisas, é de convicção solidificada de que será derrotado.

Como escreve Tomas Traumann, em O Globo, a “chuva de dinheiro fracassa até aqui”, afirmando que a pesquisa Ipec (e as demais) mostra que "fracassou a tentativa de Bolsonaro de aumentar sua popularidade fazendo chover dinheiro, seja pelo corte nos preços dos combustíveis, seja pelo Auxílio Brasil de R$ 600 seja pelos vários vales caminhoneiros e taxistas".

O tratoraço militar golpista

Montagem: Debocheria
Por Cristina Serra, em seu blog:


Com a sustentação do que há de mais daninho na sociedade brasileira, Bolsonaro parte para o tudo ou nada neste 7 de Setembro e cava mais fundo o fosso da degradação das instituições.

As Forças Armadas fazem o movimento mais perigoso ao se imiscuírem em um ato de campanha eleitoral do presidente, como o que está previsto para o Rio de Janeiro, até mesmo com a exibição de equipamentos militares (pertencentes ao Estado e ao povo brasileiro). A mistura de motociata com aviões da Aeronáutica, navios da Marinha e canhões do Forte de Copacabana é promiscuidade institucional explícita.

Recuperação econômica é conto-do-vigário

Roberto Parizotti/Fotos Públicas
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:

Para a ampla maioria dos brasileiros, termos como PIB, Caged, Selic e IPCA são abstrações, uma sopa de letrinhas sem grande significado.

Na prática, seus critérios para avaliar a melhora, ou piora, da economia são suas condições de vida: o carrinho vazio do supermercado, o subemprego, a situação de quem vive de bico - e ainda é chamado de “empreendedor” pelo governo - , a fome, a falta de acesso a serviços básicos como saúde e educação, por exemplo.

É por aí que se entende por que tem tudo para dar errado mais uma vez a nova onda da propaganda governamental em torno do crescimento trimestral de 1,2% do PIB e do declínio da inflação.

Sobram motivos para pessimismo de Bolsonaro

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Nem o mais pessimista dos bolsonaristas poderia imaginar há alguns meses que uma pesquisa, como a do Ipec divulgada ontem, a 27 dias da eleição, pudesse trazer dados tão preocupantes.

O antigo Ibope mostrou que Lula, além de não ter perdido pontos com o debate, oscilou positivamente dois pontos na pesquisa espontânea, passando de 40% para 42%.

Na estimulada, estabilidade: Lula 44% ( mesmo percentual da última). Bolsonaro 31% (oscilou negativamente um ponto), Ciro 8% (oscilou para cima 1 ponto) e Simone Tebet 4% (também um ponto de oscilação positiva)

Mas o ex-presidente subiu de forma expressiva entre os mais pobres, que ganham entre um e dois salários mínimos e são a maioria do eleitorado: 47% a 31% no levantamento anterior e 49% a 26% neste.

Se levarmos em conta que esse é o público alvo do Auxílio Brasil e do vale gás, veremos que o tiro da farta distribuição de dinheiro às vésperas da eleição está saindo pela culatra.

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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

TSE autoriza chamar Bolsonaro de genocida

Charge: Latuff
Por Altamiro Borges


O genocida Jair Bolsonaro até tentou censurar a verdade, mas dançou. Neste domingo (4), a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rejeitou mais uma ação em que o partido do fascista, o PL, pedia a remoção nas redes sociais de seis vídeos em que o ex-presidente Lula (PT) critica a condução criminosa do governo federal no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e chama o presidente de genocida.

“Há de se registrar, na linha do que decidido pelo Supremo Tribunal Federal, que o direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas, condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas pelas maiorias... Ressalte-se que, mesmo as declarações errôneas, estão sob a guarda dessa garantia constitucional”, afirmou a ministra em sua sentença.

Desemprego é o que mais aflige a população

Foto: Jeso Carneiro/Jornal da USP
Por Priscila Lobregatte, no site Vermelho:


O desemprego segue sendo uma das principais preocupações dos brasileiros sob o governo de Jair Bolsonaro (PL), levantando maior temor entre os mais pobres e as mulheres. Pesquisa Ipec mostra que este problema aflige com maior intensidade ao menos 43% da população - ou 73 milhões de pessoas em todo o país.

A pesquisa - que ouviu 2 mil pessoas acima de 16 anos - aponta ainda que a falta de emprego preocupa mais as mulheres, 45%, do que os homens, 40%, o que demonstra que é a fatia feminina da população a mais atingida pela crise socioeconômica dos últimos anos.

Além disso, o levantamento aponta que também figuram entre os que mais temem o desemprego as pessoas que pararam de estudar no ensino médio, (46%) e que sofrem com maior vulnerabilidade social - 53% dos que têm renda familiar mensal de até um salário mínimo.

A arapuca golpista do 7 de Setembro

Charge: Crisvector
Por Moisés Mendes, em seu blog:

É complicada a situação dos oito tios milionários do zap, diante do convite-convocação de Bolsonaro para que estejam ao seu lado no 7 de Setembro em Brasília.

Quantos dos oito empresários investigados por golpismo atenderão aos apelos do líder? Bolsonaro tem defendido o grupo com determinação.

Como contrapartida, faz intimação para que estejam em Brasília no ato pró-golpe que usa o festejo da independência de novo apenas como laranja.

Na quarta-feira saberemos quais empresários se dispõem a aparecer num ato de incentivo à esculhambação da eleição em que o afrontado será de novo Alexandre de Moraes, o ministro que os investiga.

Na semana passada, em campanha no Rio Grande do Sul, Bolsonaro voltou a ofender o presidente do STE por ter dado a “canetada” que autorizou a Polícia Federal a bater nas casas dos empresários.

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