terça-feira, 20 de setembro de 2022
Ódio de Ciro leva pedetistas a apoiarem Lula
A campanha de Ciro Gomes, movida a ódio a Lula e ao PT e propagadora da mesma retórica virulenta do Bolsonaro, tem provocado divisões e dissidências no PDT e levado pedetistas a fazerem campanha para eleger Lula no primeiro turno.
É notório o mal-estar de pedetistas, ex-pedetistas, brizolistas e trabalhistas com a campanha bolsonarizada de Ciro, que se posiciona como uma vertente da extrema-direita bolsonarista.
Nas últimas semanas cresceu significativamente o incômodo da militância pedetista com o rumo da campanha do Ciro. Em razão disso, inúmeros militantes de base e ativistas sociais vinculados ao PDT abandonaram Ciro e passaram a defender o voto em Lula.
Recentemente, companheiros e aliados históricos de Leonel Brizola – como Siqueira Castro e José Augusto Ribeiro – conclamaram brizolistas e trabalhistas a votarem em Lula.
Na Europa, extrema-direita segue crescendo
Charge: Mahnaz Yazdani |
Era uma vez uma perfeita social-democracia, um paraíso dos direitos humanos, tolerante e aberto para os estrangeiros, com uma monarquia constitucional, tendo um rei de espírito republicano, enfim, um país democraticamente estável e socialmente progressista. Além disto, mantinha uma saudável neutralidade em meio à Guerra Fria que opunha, sob a forma de duas potências nucleares, o que era por vezes descrito como a disputa entre um capitalismo predador e um comunismo autoritário…
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
A reta final da eleição das nossas vidas
Charge: Zepa |
A campanha eleitoral deste ano entra na sua reta final com fortes emoções e muita adrenalina. Daqui a duas semanas a sociedade brasileira definirá seu futuro entre a civilização e a barbárie, entre a democracia e o fascismo, entre a esperança e o medo. Esta será a eleição das nossas vidas.
Todas as pesquisas eleitorais apontam folgada vantagem do ex-presidente Lula, que tem sua liderança consolidada há 15 meses. Algumas sondagens inclusive não descartam a vitória já no primeiro turno - como a do Ipec divulgada nesta segunda-feira (19) que mostra o petista com 52% dos votos válidos. Basta uma pequena migração de votos de Ciro Gomes, por exemplo, para a fatura ser resolvida já em 2 de outubro.
Assistência social sofre cortes no Orçamento
Charge: Ulisses |
Uma longa reportagem da sucursal brasileira da britânica BBC, intitulada “‘Ela morreu após 10 horas na fila por benefício’: assistência social tem menor orçamento em uma década”, demonstra com números e depoimentos que o “capetão” Jair Bolsonaro não tem qualquer empatia com as camadas mais sofridas da sociedade.
Assinada pela repórter Thais Carrança, ela comprova que “o orçamento federal para manutenção de serviços como Cras, Creas e abrigos para crianças e mulheres diminuiu de cerca de R$ 3 bilhões em 2014, para R$ 1 bi nos últimos dois anos. Em 2023, valor poderá ser de apenas R$ 48 milhões, o menor em mais de uma década”.
domingo, 18 de setembro de 2022
Jefferson, Cunha e Magno Malta estão no alvo
Charge: Duke |
Três bolsonaristas raivosos seguem na berlinda. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fixou multa diária de R$ 10 mil e o reestabelecimento da prisão preventiva de Roberto Jefferson, dono do PTB, caso ele continue descumprindo as medidas cautelares da Justiça.
Em janeiro passado, o ministro do STF – que atualmente também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – aprovou a prisão domiciliar do patético “Bob” Jefferson, que é acusado de atacar as instituições democráticas e proferir discursos de ódio. Entre outras medidas, ele foi proibido de conceder entrevistas.
Mas, no início deste mês, o provocador voltou a desacatar as determinações do Judiciário e deu entrevista à emissora bolsonarista Jovem Pan News – também apelidada de Jovem Klan. Segundo Alexandre de Moraes, o criminoso reincidente também teria replicado informações falsas contra o Supremo.
Lula e a intervenção de militares na política
Curitiba, 17/9/22. Foto: Ricardo Stuckert |
Vale a pena recuperar as palavras de Lula no comício de Curitiba, sábado. Ele falou com clareza e sem nenhuma ambiguidade sobre um ponto fundamental da política brasileira - a pretensão de setores das Forças Armadas em tutelar a democracia brasileira, atitude que explica o esforço de interferir até na apuração dos votos da eleição presidencial.
- Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições do nosso país, nem querendo controlar urna, disse Lula.
- Nós já lidamos com as Forças Armadas e as tratamos com muito respeito. E é preciso que alguns lá tratem a sociedade civil com respeito, porque nós sabemos de nós e não precisamos ser tutelados.
A referência de Lula aos governos do PT é instrutiva. Produto de uma das grandes lutas de massa do século XX - a campanha pelas diretas-já - a democratização do país após 20 anos de ditadura militar permitiu que o povo brasileiro recuperasse o direito de escolher o presidente da República em urna, com base numa Constituição que assegurou o mais amplo grau de liberdades públicas de nossa história, inclusive para a formação de partidos de trabalhadores e a construção de centrais sindicais, organizações vetadas pela legislações anteriores.
- Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições do nosso país, nem querendo controlar urna, disse Lula.
- Nós já lidamos com as Forças Armadas e as tratamos com muito respeito. E é preciso que alguns lá tratem a sociedade civil com respeito, porque nós sabemos de nós e não precisamos ser tutelados.
A referência de Lula aos governos do PT é instrutiva. Produto de uma das grandes lutas de massa do século XX - a campanha pelas diretas-já - a democratização do país após 20 anos de ditadura militar permitiu que o povo brasileiro recuperasse o direito de escolher o presidente da República em urna, com base numa Constituição que assegurou o mais amplo grau de liberdades públicas de nossa história, inclusive para a formação de partidos de trabalhadores e a construção de centrais sindicais, organizações vetadas pela legislações anteriores.
Duas semanas contra a barbárie
Charge: Jorge o Mau |
Há pouco a comentar sobre qualidades, defeitos ou planos dos candidatos, numa eleição onde 80% dos votos estão consolidados.
Não é com isso que se definirá a única coisa que há por ser definida: se haverá ou não um segundo turno eleitoral.
Isso depende, agora, apenas da convicção de vitória que os dois principais candidatos vão conseguir dar às suas candidaturas.
A de Bolsonaro, podem reparar, assume no próprio candidato o discurso da “vitória em primeiro turno”, sem qualquer base nos fatos.
Corresponde, apenas, às desesperadas necessidades de manter aguerrido o núcleo de sua campanha.
A de Lula, ao contrário, de sinais inequívocos de força nos bem sucedidos comícios nas capitais da Região Sul, a que seria, segundo as pesquisas, a mais avessa à candidatura da oposição.
Isso precisa ser multiplicado nas capitais e nas regiões metropolitanas, para abafar a ofensiva bolsonarista que, sem nenhuma dúvida, virá nos dias finais.
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