quinta-feira, 3 de novembro de 2022
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
Lula e um país em carne viva
Charge: Mau |
Bolsonaro, nunca mais teus maus bofes, tua vulgaridade e tuas mentiras, tuas agressões às mulheres, teus arrotos e palavrões, tuas ofensas aos negros, aos povos indígenas e aos brasileiros do Nordeste, teu ódio aos pobres.
Nunca mais teus fardados bolorentos, teus valentões de Twitter, tuas falanges raivosas, tuas milícias terroristas. Como disse o anônimo haitiano que te enfrentou, em 2020: “Bolsonaro, acabou”.
Bolsonaro nunca mais? Não, seus 58 milhões de votos não permitem tal afirmação. As urnas mostraram que vencedores e vencidos têm projetos de país inconciliáveis e pouquíssima capacidade de se comunicar, mas, ao realizar a façanha de se eleger para o terceiro mandato, Lula já diz a que veio.
Uma vitória política gigante
Foto: Ricardo Stuckert |
'A alegria é a saúde da alma. Não há alegria sem sobressalto' - Sabedoria popular portuguesa
1. Merecemos estar alegres, ainda que preocupados.
A eleição de Lula foi uma vitória política gigante, ainda que, eleitoralmente, estreita, por duas razões fundamentais:
(a) tratava-se de uma disputa dificílima quando consideramos a relação social de forças desfavorável estabelecida no país desde 2015/16 que garantiu, a partir das mobilizações reacionárias de alguns milhões nas ruas insuflados pela Lava Jato, o golpe institucional contra Dilma Rousseff e a prisão de Lula, a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018, e um processo de acumulação de derrotas que passou pela reforma trabalhista, a Lei do Teto dos Gastos e a reforma da Previdência, sem que o desgaste do governo na pandemia, que abriu uma inflexão, fosse suficiente para garantir a massificação da campanha pelo impeachment em 2021;
O real tamanho de Bolsonaro
Charge: Bruno Struzani |
Analistas da mídia comercial, e até do campo progressista, dão como certo que Bolsonaro sai da eleição com um grande capital político, capaz de torná-lo um forte líder de oposição.
Se tomarmos como parâmetro o número de votos que ele obteve no segundo turno, cerca de 58 milhões, não há dúvida de que o capitão fascista conta com cacife para comandar as forças políticas que se oporão a Lula.
Mas o buraco é mais embaixo. Afora a constatação histórica de que o fascismo precisa do controle do Estado para se consolidar, crescer e aumentar seu poder de fogo, é importante examinar outras variáveis de curto e médio prazos. A saber:
1) Como ficará Bolsonaro sem o Auxílio Brasil turbinado, sem o vale-gás ampliado e sem o derrame de dinheiro para caminhoneiros e taxistas?
Se tomarmos como parâmetro o número de votos que ele obteve no segundo turno, cerca de 58 milhões, não há dúvida de que o capitão fascista conta com cacife para comandar as forças políticas que se oporão a Lula.
Mas o buraco é mais embaixo. Afora a constatação histórica de que o fascismo precisa do controle do Estado para se consolidar, crescer e aumentar seu poder de fogo, é importante examinar outras variáveis de curto e médio prazos. A saber:
1) Como ficará Bolsonaro sem o Auxílio Brasil turbinado, sem o vale-gás ampliado e sem o derrame de dinheiro para caminhoneiros e taxistas?
terça-feira, 1 de novembro de 2022
O significado mundial da vitória de Lula
Umpiérrez/Rebelión |
A histórica vitória de Lula ganhou muito destaque nos principais jornais do mundo.
O The New York Times, por exemplo, publicou várias matérias sobre o assunto, com grande visibilidade e ênfase. O mesmo aconteceu com jornais e revistas da Europa e da América Latina.
A vitória de Lula foi a grande manchete do planeta.
Pudera. Em primeiro lugar, trata-se de uma ressureição política poucas vezes vista na história.
Há poucos anos, Lula, como ele mesmo diz, estava enterrado vivo nas masmorras do Juiz Sergio Moro e de seus procuradores políticos, que o condenaram sem provas, apenas com base em depoimentos extraídos de acusados em desespero e em adolescente power point.
Na época, diziam que Lula estava “acabado para sempre” e que o PT tinha sido “destruído”.
Bolsonaro semeou o golpismo e se isolou
Charge: Thiago |
O chefe da extrema direita brasileira continua expondo o Brasil ao vexame mundial. Até o início da tarde desta terça-feira (1), Bolsonaro ainda não tinha se pronunciado sobre o pronunciamento das urnas no domingo, 30 de outubro. Uma vergonha.
A leitura do seu prolongado e eloquente silêncio é de que continua apostando suas fichas num novo golpe de Estado e, por debaixo do pano, estimula o movimento criminoso de bloqueio nas rodovias, liderado por ruralistas, empresários do setor de transportes e um pequeno grupo de caminhoneiros.
Abandonado por aliados e assessores
Conforme notou o jornalista Tales Farias, em sua coluna desta terça (1) no Uol, o presidente “esperou durante toda a segunda-feira, 31, pela adesão popular, que não ocorreu, às manifestações de nas estradas. Agora se sente isolado e abandonado por aliados e até por assessores”.
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