domingo, 4 de dezembro de 2022
O fracasso da política neoliberal de Guedes
Ao longo dos últimos quatro anos o ministro, e também rentista, Paulo Guedes não se cansou de anunciar, a cada espasmo do PIB, que a economia brasileira estava “bombando” ou até mesmo “voando”, conforme sugeriu da última vez que abordou o tema, em 28 de setembro, já na véspera do primeiro turno das eleições. “Nós voltamos em V. Eu acho que a economia está voando. Ela está vindo com força”, afirmou em painel do V Fórum Nacional do Comércio.
O fascismo ainda manda recados
Charge: Gervásio |
O golpismo de patriota de porta de quartel, de arruaceiro de estrada e de tio e tia do zap vai cumprindo etapas e se dedica agora a um estágio que exige maiores doses de persistência e obsessão.
Começa a circular a tese segundo a qual a ameaça de golpe será permanente. E que quatro anos passam rápido.
Não mexam muito com os golpistas nem deprecie suas condutas, é o que andam dizendo. E andam também escrevendo em grandes jornais das corporações.
O recado agora, depois daquele para que mantivessem a fé, passa a ser: potencializem a disseminação do medo.
Deixem sempre incompleta a sensação de vitória do inimigo e prolonguem o desconforto com a eternidade de uma comemoração ainda provisória.
Começa a circular a tese segundo a qual a ameaça de golpe será permanente. E que quatro anos passam rápido.
Não mexam muito com os golpistas nem deprecie suas condutas, é o que andam dizendo. E andam também escrevendo em grandes jornais das corporações.
O recado agora, depois daquele para que mantivessem a fé, passa a ser: potencializem a disseminação do medo.
Deixem sempre incompleta a sensação de vitória do inimigo e prolonguem o desconforto com a eternidade de uma comemoração ainda provisória.
Governo Lula não pode tolerar atos golpistas
Com a conivência dos chefes militares, no caso das micaretas na porta dos quartéis, além do corpo mole e da cumplicidade da Polícia Rodoviária Federal, em relação aos bloqueios nas estradas, não se vislumbra até 31 de dezembro uma solução para os crimes contra a democracia que acontecem em sequência desde que Bolsonaro perdeu a eleição.
Cumprindo ordens de um presidente que literalmente abandonou o governo, limitando seus últimos dias de mandato formal ao incentivo a manifestações golpistas e criminosas, o Ministério da Justiça garroteia a Polícia Federal, que age com o freio de mão puxado, enquanto os fascistas seguem impunes.
Os 80% definidos no ministério de Lula
Lula fala com a imprensa no CCBB, 02/12/2022 |
Na entrevista de sexta-feira, Lula afirmou ter 80% do ministério na cabeça. Embora ele não confirme ninguém, de suas conversas com políticos e aliados em Brasília vazaram alguns nomes que estão entre os 80%. E alguns dos dilemas que dificultam a definição dos outros 20%.
O que Lula confirmou na entrevista foi apenas a exclusão de Gleisi Hoffmann do ministério, para que continue presidindo o PT, tarefa, segundo ele, mais importante que a de muitos futuros ministros. E o fez para estancar logo movimentos pela sucessão de Gleisi no partido. A tarefa que deu a ela tem a ver com preocupações maiores de Lula, que vão muito além do ministério. O quadro é bem diferente do de 2003. Agora haverá um Bolsonaro raivoso liderando uma extrema direita que não existia naquele tempo. A retração na economia, nacional e global, pode retardar a produção de resultados positivos. E o PT, nas disputas do futuro, não contará mais com Lula.
Governo Lula e a pauta dos trabalhadores
Montagem de fotos: Prensa Latina |
No fim do mês de junho, antes do início da campanha eleitoral, Lula postou em sua conta no Twitter que “governar é mais difícil do que ganhar”. A eleição foi acirrada e, como disse o presidente eleito, não será tarefa fácil governar.
“Vamos precisar de todos para governar o Brasil, não apenas para recuperar a nossa democracia, mas também para trazer de volta uma vida digna para o povo”, completou, com razão, Lula.
O tuíte citado apresenta duas grandes verdades: primeiro, a frente ampla foi essencial para vencer as eleições e reconquistar a democracia; segundo, a necessidade de ampliar ainda mais a frente para governar e dar vida digna ao povo.
Neste período de transição entre a vitória eleitoral e a posse em janeiro, Lula tem trilhado este caminho. Busca construir uma base de sustentação na Câmara dos Deputado e no Senado Federal para garantir um mínimo de governabilidade para seu terceiro mandato.
Com Bolsonaro, militares destroçaram o Brasil
Charge: Thiago |
Na campanha de 2018 Bolsonaro explorou uma linguagem e uma estética militarista, de violência, morte e destruição.
Em março de 2019, terceiro mês do mandato, ele confirmou a que veio: “Nós temos é que desconstruir muita coisa, desfazer muita coisa, para depois nós começarmos a fazer”, disse a aliados de extrema-direita em encontro na embaixada do Brasil em Washington.
Desde o início Bolsonaro foi explícito. E, também, coerente. Ele de fato fez o que disse que o governo presidido por ele faria. Como, no entanto, tudo parecia de tal modo absurdo, a promessa destrutiva não foi levada a sério.
Aprendemos a sempre suspeitar das mentiras do Bolsonaro. E, talvez por isso, fomos levados a não acreditar justamente naquela que era sua única verdade: Bolsonaro é instrumento de um projeto de destruição, roubo e pilhagem do país.
A apropriação por grupos privados da maior parte dos quase 300 bilhões de reais de lucros da Petrobras nos últimos quatro anos é uma evidência eloquente do processo de saqueio em execução.
O terrorismo orçamentário
Charge: Duke |
A Folha passou a manhã tendo como manchete de seu site a notícia de que o governo teme faltar dinheiro para INSS e traça plano de emergência.
Não é verdade, porque há dinheiro e, talvez (e só talvez) o que falte é Orçamento para que a despesa possa ser executada.
Estão fazendo “terrorismo orçamentário” para espalhar a imagem de um país que não tem arrecadação suficiente para cumpor seus compromissos e isso não é verdade.
São totalmente falsas as alegações que as despesas previdenciárias “estouraram”, por conta de uma ” aceleração das análises de requerimentos e redução da fila de espera“.
A arrecadação previdenciária subiu em ritmo maior que a despesa: 12% na receita, corrigida pela inflação e, no mesmo critério, 6,4% nos gastos, considerado o acumulado anual.
sábado, 3 de dezembro de 2022
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