Por Altamiro Borges
Na terça-feira (11), durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara Federal que teve a participação do ministro da Justiça, Flávio Dino, a bancada bolsonarista voltou a promover baixarias. A cena foi tão grotesca que a polícia legislativa teve que ser acionada para conter as brigas e a sessão foi encerrada antes do horário fixado. Será que os agressores fascistas ficarão novamente impunes?
A jornalista Andréia Sadi informa no site g1 que “o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediu à sua assessoria que fizesse um pente-fino nos vídeos da sessão... Lira quer analisar as imagens antes de tomar qualquer decisão sobre a comissão, que tem virado palco de sessões polêmicas e tumultuadas desde que foi instalada, em março”. Já há vários vídeos que confirmam a agressividade bolsonarista.
quinta-feira, 13 de abril de 2023
quarta-feira, 12 de abril de 2023
Ameaça nazista é para ser levada a sério
Charge: Simanca |
Não tenho a pretensão de fazer aqui uma reflexão acadêmica sobre ideologias totalitárias. Isso fica para os historiadores, cientistas políticos e demais pesquisadores do assunto.
Contudo, com base na realidade brasileira e de vários outros países, é preciso levar a sério o debate não só sobre a proliferação de células neonazistas no Brasil, mas também acerca de suas referências e fontes de inspiração política e ideológica.
Esta semana, em meio à repulsa e à comoção pelo bárbaro assassinato de crianças a machadadas em Blumenau (SC), o ministro Flávio Dino, agindo acertadamente, determinou que a Polícia Federal abra inquérito para investigar o crescimento do nazismo no Brasil.
O programa Fantástico, da Rede Globo, levou ao ar há cerca de dois meses uma reportagem de fôlego sobre as organizações nazistas existentes no país, detectando sua multiplicação nos últimos anos, especialmente na Região Sul.
A taxa de juros e a pirâmide financeira
Por Jair de Souza
Pelo que podemos deduzir com a leitura dos noticiários recentes, o atual presidente do Banco Central, que foi indicado para o cargo pelo anterior governo nazista-bolsonarista, está decidido a manter a taxa de juros no patamar em que se encontra (13,75%) ou, se possível, elevá-la ainda mais.
Muitos andam se perguntando quais as razões que estariam por trás de tal determinação, uma vez que, no final das contas, a perspectiva é de que as consequências dessa medida venham a ser tremendamente negativas para o conjunto de nosso país.
Adianto aos leitores que não me incluo entre os que acreditam que o presidente do BC esteja agindo tão somente em função de um plano que visaria inviabilizar a toda custa o novo governo encabeçado por Lula, a despeito dos sérios prejuízos que isso possa acarretar para a nação, inclusive para os grupos socioeconômicos com os quais ele abertamente se identifica. Se ele se mantém incólume em sua atuação, é porque ele deve contar com suficiente sustentação.
Pelo que podemos deduzir com a leitura dos noticiários recentes, o atual presidente do Banco Central, que foi indicado para o cargo pelo anterior governo nazista-bolsonarista, está decidido a manter a taxa de juros no patamar em que se encontra (13,75%) ou, se possível, elevá-la ainda mais.
Muitos andam se perguntando quais as razões que estariam por trás de tal determinação, uma vez que, no final das contas, a perspectiva é de que as consequências dessa medida venham a ser tremendamente negativas para o conjunto de nosso país.
Adianto aos leitores que não me incluo entre os que acreditam que o presidente do BC esteja agindo tão somente em função de um plano que visaria inviabilizar a toda custa o novo governo encabeçado por Lula, a despeito dos sérios prejuízos que isso possa acarretar para a nação, inclusive para os grupos socioeconômicos com os quais ele abertamente se identifica. Se ele se mantém incólume em sua atuação, é porque ele deve contar com suficiente sustentação.
terça-feira, 11 de abril de 2023
segunda-feira, 10 de abril de 2023
Nas entrelinhas das demissões na Rede Globo
Charge: Dane Mark/Getty Images |
O que tem acontecido nos últimos dias nas redações da Globo ultrapassa um processo de demissão em massa para enxugar a folha salarial. É um processo de desmonte que fica muito claro quando se sabe quem está sendo demitido. Em primeiro lugar, como está claro, sai uma leva de veteranos talentosíssimos sem os quais não teria sido criado o tal padrão Globo de qualidade.
É uma turma que está entre 50 e 60 anos, alguns construíram toda a sua carreira nesta única empresa. A mesma que chega agora e lhes diz: “Não precisamos mais de você.” As demissões não são apenas para economizar na folha salarial. Elas indicam um desmonte do modelo de negócios, a desarticulação da sua operação de jornalismo tal como a conhecemos hoje, com cinco telejornais nacionais diários (fora o jornalismo local que sempre foi muito importante na grade da emissora).
É uma turma que está entre 50 e 60 anos, alguns construíram toda a sua carreira nesta única empresa. A mesma que chega agora e lhes diz: “Não precisamos mais de você.” As demissões não são apenas para economizar na folha salarial. Elas indicam um desmonte do modelo de negócios, a desarticulação da sua operação de jornalismo tal como a conhecemos hoje, com cinco telejornais nacionais diários (fora o jornalismo local que sempre foi muito importante na grade da emissora).
A estrutura do fascismo está intacta
Ilustração: Pariplab Chakraborty |
Não há mais o que dizer sobre o balanço dos cem dias do governo Lula. Mas pouco se disse sobre o balanço dos cem dias da extrema direita fora do poder e ainda viva e ativa.
O fascismo está intacto. A estrutura política e criminosa, assumidamente envolvida na tentativa de golpe, ainda não foi abalada.
A base social se reanima e se rearticula. É mobilizada pelo sentimento de que os terroristas presos depois do 8 de janeiro são parte do custo da guerra e apenas perdas pontuais distantes da maioria impune.
É nesse contexto que são percebidas as romarias de pretensos arrependidos em direção a Brasília, virtual ou presencialmente.
Enquanto se reorganizam, os arrependidos pedem trégua e mandam recados. Não são os pequenos, amadores e subalternos, mas os arrependidos do primeiro time de golpistas e terroristas.
Um tiro no pé do ministro Haddad
Embora com a ressalva desnecessária de que há decisões que cabem ao presidente Lula, o ministro Haddad disse em entrevista à FSP (08/04) que uma política para o salário mínimo “deveria entrar na ordem do dia no segundo semestre”.
Com esta declaração o ministro contrariou aquilo que já era decisão do governo e vontade do presidente, de anunciar no 1º de maio o novo reajuste do salário mínimo, juntamente com a proposta de sua valorização como política permanente, a ser enviada ao Congresso Nacional.
Para tanto foi criado um grupo de trabalho interministerial com participação das direções sindicais para elaborar o novo projeto e quantificar o reajuste com prazos de funcionamento compatíveis com o cronograma previsto.
domingo, 9 de abril de 2023
PF investigará grupos neonazistas no Brasil
Charge: Ricardo Welbert |
Antes tarde do que nunca. Finalmente, a Polícia Federal vai investigar a ação de grupos neonazistas no Brasil. A decisão foi tomada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, na quinta-feira (6). Ele determinou a abertura de um inquérito com base na existência de “indícios da atuação interestadual” destas células terroristas. O bárbaro assassinato de quatro crianças em uma creche em Blumenau e uma investigação da Polícia Civil de Santa Catarina motivaram a decisão do governo federal.
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