Posse de Prudente de Moraes na Presidência da República no Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1894. Acervo Histórico/Alesp |
Segundo o calendário cívico, comemoramos 134 anos de uma República por ser, sucessora de uma velha monarquia, arcaica de nascença, filha do latifúndio e do escravismo, espaço de insurreições, golpes militares, intentonas e muitos anos de ditaduras e governos autoritários. Contados a partir da Constituição de 1891, foram seis estatutos políticos, duas cartas outorgadas e apenas quatro assembleias constituintes. Somente a derradeira, a de 1988, algo próxima da soberania popular, leito onde as democracias recolhem legitimidade. Se, antes, a Independência de 1822 resultara de dispendiosas negociações com o Império inglês, metrópole de Portugal, desta feita a mudança de regime operava segundo a marca indelével de nossa história, da colônia aos dias presentes: a regência política de cima para baixo.