sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A urgência de resistir ao fascismo

Charge: Bira Dantas
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

"O candidato da mudança sou eu", lembra Guilherme Boulos. Ele tem razão.

“70% da cidade de São Paulo, incluindo os eleitores do Marçal, votaram pela mudança. Agora essa é uma nova eleição. No segundo turno tem dois caminhos. […]".

“Se você que está assistindo acha que São Paulo está uma cidade segura, se você se sente seguro andando com seu celular, você concorda com o meu adversário. Quem sabe que São Paulo pode mais, merece mais, está comigo e com a Marta. É isso que está em jogo nesse segundo turno”, acrescentou.

Com base nos números apurados no primeiro turno da eleição paulistana, quando uma maioria de eleitores e eleitoras recusou um segundo mandato ao prefeito de plantão, a derrota de Ricardo Nunes no segundo turno depende de um movimento amplo e definitivo.

Múcio expõe dilemas de Lula

Charge: Aroeira/247
Por Manuel Domingos Neto

Lula considerou Múcio Monteiro o mais hábil dos ministros da Defesa. Referia-se ao cumprimento do papel que lhe atribuíra, de apaziguar a caserna excitada.

Político de direita, apoiador da Ditadura, defensor de golpistas acampados em torno de quartéis, jejuno em assuntos da pasta, Múcio empenhou-se em demonstrar aos comandantes a boa vontade do Presidente para com as fileiras. Não assumiu de fato a posição que lhe competia, de formulador e condutor de política pública: agiu como porta-voz das corporações.

Essa semana Múcio desautorizou a política externa de Lula posto que prejudicaria a Defesa. Reagiu à decisão presidencial de suspender provisoriamente a compra de material de artilharia da empresa Elbit Systems, sediada em Israel. Insinuou, apelativamente, que essa posição discriminaria o “povo judeu”.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Eleições municipais: anatomia de uma queda

Protesto em São Paulo contra Bolsonaro (02/10/21)
Foto: Nelson Almeida/AFP
Por Roberto Amaral


“As eleições gerais não medem corretamente a força política dos partidos por causa das várias influências burguesas, mas servem como um censo para indicar como as forças populares estão se desenvolvendo.” (Carta de Friedrich Engels a August Bebel, 28 de outubro de 1884).

O processo eleitoral não deve ser encarado como fenômeno político isolado: como todo fato social, tem causas e, por seu turno, gera consequências. Cada eleição é única, assevera o Conselheiro Acácio de plantão, e as dinâmicas locais e nacional são distintas entre si; mas é certo que o controle de prefeituras e câmaras municipais pela direita, em todos os seus matizes, dos hidrófobos em ascensão aos fisiológicos de sempre, produzirá efeitos que se farão sentir nas eleições presidenciais de 2026, cada vez mais próximas. E na eleição do próximo Congresso.

Sindicalistas se saíram mal nas eleições

Por João Guilherme Vargas Netto


E então, estamos conversados. Os eleitores brasileiros nas votações municipais de 2024, confortados por uma conjuntura econômica e social favorável, demonstraram-se conservadores e até mesmo reacionários nos partidos que escolheram para votar. Rejeitaram a polarização, avançaram na normalização da vida nacional e consagraram partidos (muitos dos quais presentes no ministério do presidente Lula) que representarão na “Câmara de Vereadores Nacional” e nas diversas prefeituras a expressão da vontade popular em suas cidades.

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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Múcio é o ministro dos generais no governo

Por mais Lula no segundo turno

Foto: Ricardo Stuckert
Por Bepe Damasco, em seu blog:


O resultado em si do primeiro turno das eleições municipais para o PT ficou mais ou menos dentro do esperado. Não podemos esquecer da tática do partido de apoiar aliados e não lançar candidatos na maioria das capitais e outras cidades importantes.

Em relação ao número de prefeituras conquistadas pelo partido, houve um avanço de 39%, passando de 179 municípios em 2020 para 248 agora. O PT vai disputar o segundo turno em quatro capitais e mais nove cidades com mais de 200 mil eleitores. Houve crescimento também na quantidade de vereadores eleitos na eleição de domingo passado: foram 3.118 petistas, mais 550 do que há quatro anos.

Quero repetir aqui algo que chamei a atenção em artigo recente: eleições municipais têm pouca influência nos pleitos presidenciais, seja porque a definição de voto em âmbito municipal se dá a partir de parâmetros específicos, ou pelo desencanto provocado pelos dois primeiros anos de mandato de boa parte dos prefeitos.

Os algoritmos dos lamaçais

Por Jair de Souza

Os resultados das recém concluídas eleições municipais brasileiras voltaram a evidenciar um sério problema com o qual as forças do campo popular vêm se defrontando há alguns anos.

As expressivas votações recebidas por certos candidatos que nos eram quase que inteiramente desconhecidos não deixam de nos provocar estupor e indignação.

Em consequência, algumas indagações nos vêm à mente de imediato: Como foi possível que gente sobre quem nunca tínhamos ouvido falar tenha sido escolhida por um número tão significativo de eleitores? O que faz com que milhões de pessoas dêem a sujeitos que nos parecem tão claramente pouco dotados de cultura, honestidade, inteligência, ou quaisquer outras qualidades positivas, a responsabilidade de representá-los nas instâncias parlamentares? Se nós os vemos como típicos energúmenos, por que tantas outras pessoas optam por elegê-los, em lugar de votar em alguém de nosso campo?

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terça-feira, 8 de outubro de 2024

A eleição municipal e o governo Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Há quem argumente, no governo e no PT, que o resultado saído das urnas no último domingo é favorável ao governo, porque os partidos que ocupam ministérios e formam a base no Congresso saíram-se vitoriosos.

A realidade concreta, no entanto, não é bem assim.

A eleição municipal consagrou a vitória daqueles partidos fisiológicos e oportunistas que participaram e apoiaram ativamente o governo fascista-militar do Bolsonaro e que agora comandam áreas relevantes no governo Lula sem, contudo, qualquer lealdade política e programática a ele.

Gilberto Kassab, o camaleônico presidente do PSD, não deixa dúvidas a esse respeito. “Meu projeto é Tarcísio. Eu vou estar alinhado com o projeto que seja compatível com o projeto do Tarcísio, seja ele governador ou presidente”, declarou.

Austeridade e popularidade

Fernando Haddad
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


A proximidade do processo das eleições municipais acabou por deixar um pouco à margem nos grandes meios de comunicação o debate a respeito da perda de popularidade do presidente Lula e da avaliação de seu governo. É compreensível que a emergência e a polarização do pleito nas mais de 5.700 cidades terminem por colocar essa questão em segundo plano na agenda política. No entanto, como haverá segundo turno em menos de 100 destes locais, é provável que o debate a respeito da contradição entre a realidade exibida pelas estatísticas oficiais de economia e a popularidade em queda passe a merecer mais espaço na imprensa.