sexta-feira, 11 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
Bolsonarismo: traição de verde e amarelo
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| Charge: Osama Hajjaj/Cartoon Movement |
Só pode ser mais indignante do que a disposição de trair à pátria o fato de que aqueles que o fazem se escudem nas cores da própria pátria.
Começamos a semana envolvidos em debates de avaliação sobre o balanço da recém concluída cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro. Muitos se mostravam inteiramente satisfeitos com a magnanimidade do evento e os inúmeros acordos importantes estabelecidos entre seus integrantes.
Por sua vez, outros punham em questionamento estas alegações de êxito em razão da não presença física de duas figuras de grande destaque no bloco: o presidente russo, Vladimir Putin, e seu homólogo chinês, Xi Jinping. Assim, suas ausências sinalizariam uma nítida perda de relevância do acontecimento e, em consonância, do prestígio de Lula e de nosso país, por não termos conseguido ganhar a confiança de todos.
Contudo, todo este panorama nebuloso começou a se dissipar nos dias seguintes.
A entrevista de Barroso
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| Foto: Nelson Jr./SCO/STF |
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, em entrevista pela internet para a Folha (reproduzida no jornal impresso de 04/07) diminui, por exagero, sua estatura de mais importante dirigente do Judiciário brasileiro.
Seus descaminhos são evidentes quando afirma que “em alguns casos, excesso de proteção acaba desprotegendo o trabalhador”, referindo-se à formalização do emprego e quando atribui à deforma trabalhista a causa do menor índice de desemprego, dando a esta afirmação um caráter intuitivo.
Em editorial no dia seguinte o jornal elogia a “sensatez” de Barroso, mas não deixa de registrar que sobre as consequências da deforma na criação de empregos, “não se pode afirmar causalidade plena”.
quarta-feira, 9 de julho de 2025
Brasil conduz bem o Brics
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| Foto: Rafa Pereira/BRICS Brasil |
A tentação de ver o mundo sob a lógica belicosa e restritiva da nova “Guerra Fria”, da grande disputa pelo poder global, é grande.
A divisão do mundo entre “democracias” e “autocracias”, entre o suposto “Bem” e o suposto “Mal”, é propalada pelo chamado Ocidente e pela direita e extrema-direita mundial e brasileira, de forma constante e sistemática.
Há, de fato, uma pressão geopolítica muito grande para que os países do assim denominado Sul Global “escolham” o lado supostamente “correto” e “democrático” da nova Guerra Fria, e se alinhem aos EUA e aliados, em sua luta contra o crescente protagonismo de nações como a China, a Rússia etc.
Não faltam também os membros da “quinta-coluna” interna, cada vez mais assanhados e verborrágicos. Em posições comprometedoras para a soberania nacional, abundam.
É preciso enfrentar o adversário
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| Reprodução do site AntCap |
“Há uma luta de classes, sim. Mas é a minha classe, a classe rica, que está fazendo a guerra, e estamos ganhando" - Warren Buffett, magnata estadunidense.
O governo Lula, quase tardiamente, ensaia algo que pode sugerir o início de uma reforma fiscal, cutucando os superlucros dos super-ricos. São o 1% que nos governa - na democracia e nas ditaduras, nos governos de direita e nos governos de centro-esquerda. É o grande capital, que controla a vida econômica e, por consequência, a vida política, nela incluídos os espaços do poder republicano.
Embora tímida, a proposta do governo pôs em pé de guerra a Faria Lima e suas adjacências - a saber, o Congresso e a grande imprensa (aparelho ideológico da classe dominante), os dois territórios privilegiados onde atuam seus agentes e procuradores.
terça-feira, 8 de julho de 2025
O “trisal institucional” do STF
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O ministro do STF Flávio Dino disse que o decreto do governo que ajusta as alíquotas do IOF “se tornou um tema complexo não em razão de fatores jurídicos, mas sim exatamente por conta do ambiente [político] geral” do país.
“É um tema tributário que um aluno do primeiro período da graduação em direito sabe responder. Não renderia cinco minutos de discussão”, ainda declarou.
Dino tem razão. É claríssima a constitucionalidade e a legalidade do governo em definir os percentuais do IOF, como é claríssima a inconstitucionalidade e a abusividade do ato do Congresso que derrubou a medida.
“É um tema tributário que um aluno do primeiro período da graduação em direito sabe responder. Não renderia cinco minutos de discussão”, ainda declarou.
Dino tem razão. É claríssima a constitucionalidade e a legalidade do governo em definir os percentuais do IOF, como é claríssima a inconstitucionalidade e a abusividade do ato do Congresso que derrubou a medida.
Batalha do IOF e o Congresso escancarado
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| Charge: Miguel Paiva/247 |
A questão central do Congresso Nacional está exposta. Uma fratura antiga. Os vídeos feitos nas redes sociais pelos partidos de esquerda e pela sociedade civil sobre a urgência de taxar bancos, bilionários (aliviados pelo governo Bolsonaro) e bets, isentando o trabalhador, rompendo a atual tributação regressiva brasileira, são temas que dialogam de forma direta com o imaginário popular.
Pautar a polarização dos ricos contra pobres é necessário! Sobretudo depois da traição de Hugo Motta, presidente da Câmara, na pauta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), e de toda a extorsão feita pelo Centrão contra o país.
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