domingo, 11 de junho de 2017

Faustão se esqueceu da conta paga a Temer

Por Altamiro Borges

Serviçal amestrado da TV Globo, Fausto Silva faz de tudo para justificar seu alto salário. Quando a famiglia Marinho estava em campanha pela derrubada da presidenta Dilma Rousseff, ele utilizou a concessão pública de tevê para convocar os “midiotas” a participarem das marchas golpistas. Agora, quando o império global decide descartar Michel Temer, temendo que o seu desgaste prejudique a implantação das medidas amargas contra os trabalhadores, ele volta a expressar a sua “indignação”. No programa “Domingão do Faustão” deste domingo (11), ele atacou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu a chapa vencedora das eleições presidenciais de 2014 e garantiu a manutenção no poder do usurpador Michel Temer.

Gilmar Mendes e o crime de responsabilidade

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Gilmar Mendes adora um holofote e por isso é há tempos uma figura conhecida dos brasileiros. Sua fama atingiu o clímax com o voto que salvou da guilhotina no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o presidente Michel Temer, com quem se reúne em jatinhos da FAB e no escurinho do Palácio do Jaburu. Nos próximos dias, o juiz continuará na berlinda. Agora, é a cabeça dele que estará em jogo.

Um grupo de juristas levará ao Senado um pedido de impeachment de Mendes, mais um, aliás, na quarta-feira 14. O embaraço do togado mais poderoso de Brasília terá outros dois ingredientes: uma notícia crime a ser apresentada à Procuradoria Geral da República (PGR) e uma representação disciplinar no Supremo Tribunal Federal (STF), onde Mendes também dá expediente.

Ações na Cracolândia como cortina de fumaça

Ação da polícia na Cracolândia, 11/6/17.
Foto: Odair Paulo Tognon/Jornalistas Livres
Por João Sette Whitaker, no blog Viomundo:

Terminada a operação de higiene social na Cracolândia, com todo o autoritarismo e a violência que caracterizam o Prefeito e o Governador de São Paulo, percebe-se que há algo mais em jogo do que “apenas” uma operação midiática para supostamente acabar com o fluxo de drogas que ocorria naquela área.

O fim do Programa De Braços Abertos, sabe-se, não foi para dar lugar a uma alternativa de política pública.

Nem o prefeito nem ninguém de seu governo está preocupado com o destino dos dependentes químicos que ali se encontravam.

Gramsci e a Revolução Russa

Por Alvaro Bianchi e Daniela Mussi, no site da Fundação Maurício Grabois:

Oitenta anos atrás, em 27 de abril de 1937, Antonio Gramsci morreu depois de passar sua última década numa prisão fascista. Reconhecido postumamente por seu trabalho teórico em seus cadernos do cárcere, as contribuições políticas de Gramsci começaram durante a Guerra Mundial, quando ele era um jovem estudante de linguística na Universidade de Turim. Mas mesmo naquela época, seus artigos na imprensa socialista desafiavam não apenas a guerra, mas a cultura italiana liberal, nacionalista e católica.

Mídia alternativa escancarou o golpe

Foto: Christian Braga
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O golpe não foi contra um partido ou uma presidenta, mas sim contra todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, defende Laura Capriglione, em debate realizado neste sábado (10), durante o 3º Encontro de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo. A jornalista, integrante dos Jornalistas Livres, contou com a companhia do blogueiro Eduardo Guimarães.

O julgamento de Gilmar Mendes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Quando se sai dos holofotes da mídia e do fragor da batalha política, há relativo consenso entre juristas – mesmo os ditos progressistas – que a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi tecnicamente correta. Aliás, o erro foi prolongar a denúncia por tanto tempo, visando pegar Dilma Rousseff.

O artífice desse jogo desmoralizante foi, como sempre, o Ministro Gilmar Mendes, que inaugurou o terceiro turno, mal terminadas as eleições de 2014. Tornou-se relator da denúncia do candidato derrotado Aécio Neves, em uma manobra denunciada à época pelo GGN, expondo os modos viciados de sorteios dos tribunais.

Direita já tem discurso para defender Temer

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Seria cômico não fosse trágico ver os porta-vozes da direita brasileira num malabarismo verbal tentar explicar a crise política e, de alguma forma, justificar a permanência de Michel Temer e seus homens no comando do País.

A foto dos meninos do MBL com Gilmar Mendes é a imagem da contradição.

Mas seu significado não é diferente das palavras que Joice Hasselmann diz num vídeo postado depois do resultado do julgamento do TSE.

Ele diz coisas como: “enfim, temos presidente” e tenta explicar que o resultado do TSE impede o golpe da volta do “Lulaladrão” – um golpe estranho, já que só haveria um jeito do ex-presidente voltar ao poder: pelas urnas.

Podemos ser felizes num mundo infeliz?

Por Leonardo Boff, na revista Caros Amigos:

Há um dado permanente e inegável: todos querem ser felizes. Não há métodos e artimanhas que não foram sugeridos para chegar ao reino da felicidade. A força do capitalismo reside na cultura que produziu, fundada na exaltação da acumulação privada de bens materiais e na indução ao consumo ilimitado, além da aquisição de um razoável status e certo reconhecimento social. O que mais ela faz é prometer felicidade plena. Entretanto é só promessa e falaciosa. Por mais que utilize todos os mecanismos do marketing, pinte com as cores mais atraentes a realidade e organize todo tipo de entretenimento, não consegue fazer as pessoas felizes. Ao contrário, as torna cada vez mais erráticas, frustradas e vazias, pois suas premissas são falsas ou enganosas como logo iremos mostrar a seguir.

Mídia quer saída da crise ao seu modo

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A Globo interrompe sua programação, pouco antes do Jornal Nacional, para dar uma notícia extraordinária. Gravação mostrava relações promíscuas entre Michel Temer e o dono da empresa JBS. A partir dai o conglomerado de mídia líder do movimento golpista que derrubou a presidenta Dilma Rousseff e apoiadora fiel do governo ilegítimo passou a atacá-lo duramente. Outras empresas de comunicação não adotaram a mesma linha, caso dos jornais Folha de S.Paulo, o Estado de S. Paulo e da Rede Bandeirantes. Ao contrário, seguiram apoiando o governo ilegítimo.

JBS patrocinou o impeachment de Dilma?

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O julgamento da chapa Dilma/Temer no TSE talvez represente o auge da esquizofrenia da qual padece a política brasileira. A ação foi movida por Aécio Neves para, segundo o próprio, apenas “encher o saco do PT”. As acusações que fundamentaram o processo do tucano são exatamente as mesmas pelas quais sua chapa é acusada: abuso de poder político e econômico, recebimento de propina e beneficiamento do esquema de corrupção na Petrobras. Hoje no governo, Aécio e sua turma torcem para perder a ação que moveram. Portanto, o mais importante processo da história da Justiça Eleitoral nada mais é do que uma retumbante farsa.

O Brasil quer diretas já!

Salvador, 11/6/17. Foto: Jornalistas Livres
Por Alice Portugal, no site Vermelho:

A onda por eleições diretas vem ganhando o país. Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo já mostraram que a insatisfação com o governo golpista de Michel Temer chegou ao limite. E este final de semana, é a vez de Salvador e Porto Alegre elevarem nas ruas as vozes pela democracia.

Com ou sem repressão, centenas de milhares de pessoas têm exercido seu direito à livre manifestação para dizer em alto e bom som, Fora Temer e Diretas Já, pois só o voto popular será capaz de fechar esta ferida aberta em 2016, com o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.

sábado, 10 de junho de 2017

TSE escancara a parcialidade da Justiça

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem foi levado a acreditar que a Justiça é a salvação da dignidade nacional, um impávido colosso entre as demais instituições com sede na Praça dos Três Poderes, a decisão que preservou Michel Temer cumpriu uma missão didática.

Mostrou que o Judiciário tem um lado político e que, mesmo uma frente tão vigorosa liderada pela TV Globo, pode ser derrotada nos tribunais.

O sentimento de injustiça e indignação diante de uma decisão que agora amarga a boca de pessoas respeitáveis e decentes - além de pilantras e engravatados flagrados nas ilusões de uma arrogância profunda - tem sido partilhado de forma permanente por uma grande parcela de brasileiros nos últimos anos.

A direita queima seus navios

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ainda que acontecesse, segunda-feira, a declaração formal de retirada do PSDB do Governo Temer – o que não é provável e só ocorrerá se aparecer outro escândalo de proporções amazônicas até lá – nada se alteraria.

Não existe rompimento sem oposição e os tucanos não têm como entrar em oposição ao que resta de projeto a este governo: a degola dos direitos sociais e trabalhistas.

Parece ser tarde para que o PSDB se retire do abraço de afogado de Temer, a começar pela única figura de que dispunha para vender o discurso do “novo”, João Doria Junior, que se atou ao ocupante do Planalto de forma que, agora, dificilmente será rompida.

Mídia turbina o Estado de Exceção

Fotos: Christian Braga
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

As graves ameaças à liberdade de expressão desatadas pelo Estado de exceção em curso no país foram tema da abertura do 3º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo, nesta sexta-feira (9). Gleisi Hoffmann (senadora e presidenta nacional do PT), Luciana Santos (deputada e presidenta nacional do PCdoB) e os jornalistas Maria Inês Nassif e Altamiro Borges participaram do debate no Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep). A mediação ficou por conta de Renata Mielli, do Barão de Itararé e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

Gleisi Hoffman e a democratização da mídia

Foto: Paulo Pinto/Agência PT
Por Pedro Sibahi, no site do PT:

“Temos que debater democraticamente a regulação pública da mídia”, defendeu a presidenta do PT Gleisi Hoffman nesta sexta-feira (9), durante o 3º Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais de São Paulo, organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Ela ainda criticou o fato de que, a toda tentativa de debate sobre regulação, é feita uma acusação de tentativa censura.

A senadora pelo estado do Paraná ressaltou que países considerados desenvolvidos, como França, Estados Unidos e Portugal, possuem mecanismos de regulação. Se nos Estados Unidos a regulação é apenas econômica, na França ela busca assegurar a pluralidade cultural e política.

Todo poder à Assembleia de Bandidos

Por Jeferson Miola

Com a decisão favorável do TSE, Michel Temer eliminou a única via para seu afastamento, além da própria renúncia, que não dependia da interveniência do Congresso.

A partir de agora, e caso Temer relute em renunciar, a despeito da avalanche de denúncias de crimes cometidos por ele e sua turba, as duas possibilidades remanescentes para afastá-lo do cargo seriam ou [1] através de processo de impeachment no Congresso pelos crimes de responsabilidade, ou [2] em julgamento no STF pelos crimes de [a] corrupção, [b] obstrução de justiça, [c] organização criminosa, [d] prevaricação e [e] outros, que ainda deverão ser revelados.

Água, a tragédia invisível

Por Baher Kamal, no site Outras Palavras:

Em 2025, ou seja, em menos de oito anos, 1,8 bilhão de pessoas padecerão da mais absoluta escassez de água, e dois terços da humanidade sofrerá de estresse hídrico – a não ser que a comunidade internacional reaja e tome providências.

Cresce atualmente o medo de que o avanço da seca e dos desertos, assim como a progressiva escassez de água e a insegurança alimentar gerem um “tsunami” de refugiados e imigrantes climáticos. Diante disso, não é de estranhar que a Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês) considere a seca como “um dos quatro cavaleiros do Apocalipse”.

Por que a direita tem medo das Diretas-Já?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A resposta é simples: medo.

A direita, quando chega ao poder, tira a máscara de defensora do Estado mínimo e adota uma espécie de “Estado máximo para os chegados”, passando a drenar, como se não houvesse amanhã, os recursos oriundos dos impostos para as mãos dos empresários amigos.

Políticas públicas nas áreas da saúde, educação e cultura são sumariamente cortadas ou reduzidas à insignificância.

Investimento em infraestrutura? Esqueça.

Rios de dinheiro para a máfia midiática em troca de apoio? Claro que sim!

A mídia regional e o poder político

Por Luís Eduardo Gomes, no site Sul-21:

Um político recebe a outorga de um veículo de comunicação. A partir disso, participa de um seleto grupo de proprietários de mídia regional. Com isso, constrói um monopólio eleitoral que vai perpetuar o seu nome e de familiares como uma oligarquia política e, consequentemente, ampliar o seu poder sobre os meios de comunicação. Essa relação umbilical entre mídia regional e poder é o tema do livro “Brasil e as suas mídias regionais: estudos sobre as regiões Norte e Sul”, que será lançado no Rio de Janeiro na próximo dia 21 de junho.

Em conversa por telefone com o Sul21, a autora, Pâmela Araujo Pinto, professora substituta da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ), diz que o interesse por estudar os laços entre mídia regional e política é fruto da situação em seu estado natal, o Maranhão, onde as quatro principais emissoras de TV afiliadas são ligadas a políticos e suas famílias: o ex-presidente José Sarney (PMDB) – afiliada da Rede Globo -, o senador Edison Lobão (PMDB) – SBT -, o senador Roberto Rocha (PSB) – Record – e o ex-deputado estadual Manoel Ribeiro (PTB) – Bandeirantes.

MST alfabetizará 20 mil pessoas no Maranhão

Por Lilian Campelo, no jornal Brasil de Fato:

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em parceria com o governo do Maranhão, comandado por Flávio Dino (PCdoB), iniciou, nesta semana, a segunda etapa de aplicação do programa de alfabetização cubano "Yo, Sí Puedo" ou "Sim, Eu Posso", na versão brasileira. O objetivo é ensinar 20 mil pessoas, de 15 municípios, a ler e escrever.

O projeto está paulatinamente sendo ampliado. Em sua primeira etapa, chegou a 7 mil pessoas, moradoras de oito cidades. A meta é alcançar os 30 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, o mais empobrecido do país.