terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Aqueles que querem ver o sangue correr

Charge: Miguel Paiva/247
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Um senador ou um deputado pode impunemente louvar a morte? Pode exaltar assassinos e tripudiar sobre as vítimas? Na teoria, não. Na prática, sim. Na letra fria da lei, não. Na complacência do Congresso e dos congressistas, certamente sim.

É o que se confirma na Câmara dos Deputados de Arthur Lira e no Senado de Rodrigo Pacheco. Prova disso estamos tendo agora, quando a máquina de matar instalada na Polícia Militar paulista executa uma pessoa a cada dez horas, produção cadavérica que dobra aquela de 2022.

Alguns congressistas, entre eles um senador, aplaudiram a carnificina patrocinada pela PM do capitão Guilherme Derrite e do seu chefe Tarcísio de Freitas, os donos do açougue que abate e oferece, sobretudo, carne preta.

Desafios do movimento pela reforma agrária

Foto: MST
Por João Pedro Stédile, no site A terra é redonda:

No MST nós temos uma prática social de resolvermos tudo de maneira coletiva e mesmo que eu tenha uma cara mais conhecida na sociedade brasileira, sempre procuro expressar a opinião do nosso coletivo. Quando o MST nasceu e foi construído coletivamente há 40 anos atrás e o nosso ideal era a luta pela reforma agrária que se baseia naquela visão zapatista da Revolução mexicana: “tierra es para quien la trabaja”, que foi adotada em toda a América Latina pela luta dos movimentos camponeses, isso levava uma concepção campesinos da luta pela terra, ou seja se lutava de forma massiva mas a essência era resolver os problemas das famílias camponesas e agora nós estamos numa nova etapa do capitalismo internacional.

Mídia e mercado juntam-se em prol dos ricos

Charge: Cazo
Por Ângela Carrato, no site Viomundo:

Quase nove milhões de pessoas deixaram a pobreza no Brasil no ano passado.

Pela primeira vez, desde 2012, a parcela dos extremamente pobres ficou abaixo dos 5% da população.

O PIB no terceiro semestre de 2024 cresceu 0,9%, apontando para uma alta que deve superar os 3% pelo segundo ano consecutivo.

O acordo de livre comércio entre os países do Mercosul com a União Europeia, emperrado há mais de duas décadas, finalmente foi assinado.

O Brasil deve ser o principal beneficiado com esse acordo, com um avanço de 0,46% no PIB até 2040.

Movimento social exige prisão de Bolsonaro

Como os algoritmos destroem o espaço público

O gabinete explosivo do general Pazuello

Só agora mídia mostra os podres de Nunes

Qual o futuro da Síria após a queda de Assad?

MBL engana pessoas para criar seu partido

Emendas parlamentares golpeiam a democracia

Movimentos sociais exigem prisão de Bolsonaro

Por Altamiro Borges


Nesta terça-feira (10), em todos as capitais e em várias cidades do Brasil, os movimentos sociais irão às ruas para exigir a prisão de Jair Bolsonaro e de seus milicianos, fardados e civis, que planejaram um golpe sanguinário no país – inclusive com os assassinatos do presidente Lula, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A mobilização nacional foi convocada pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e pela Coalizão Negra por Direitos, que reúnem o grosso dos movimentos sociais brasileiros. “Sem anistia! Prisão para todos os golpistas!” é o mote do protesto, que exigirá o arquivamento do projeto de lei (PL) da Anistia e a punição de todos os fascistas que conspiraram contra a democracia. Os manifestantes também exigirão o fim da escala 6X1, a taxação dos mais ricos e a rejeição da PEC do Estuprador.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Só há espaço para o ultraliberalismo nas TVs

Armandinho, Alexandre Beck

Por Bepe Damasco, em seu blog:


A radiodifusão é uma concessão pública, já que as ondas eletromagnéticas pertencem ao Estado, ao povo brasileiro. Então, a família Marinho não é dona do canal aberto da Globo, nem da Globonews e tampouco da rádio CBN, mas sim concessionária.

Em um país diverso como o nosso, seja do ponto de vista social, regional, econômico, político, cultural ou racial, as concessões de rádio e TV teriam que abrir espaços para as representações das partes que formam o complexo mosaico da sociedade brasileira.

Mas não é nada disso que acontece. Ao contrário, via de regra os veículos de comunicação oligopolizados usam a concessão do Estado para emplacar sua ideologia ultraliberal, sua visão de mundo excludente e elitista.

O extremista que decidiu ser moderado

Charge: Geuvar
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Não será fácil a vida dos extremistas moderados ou de centro ou apenas cordiais. Precisam manter a base bolsonarista, mas sem saber direito como calibrar seus extremismos. É um exorcismo de alto risco.

O exemplar mais vistoso e atormentando do momento, assim vendido pela grande imprensa, é Tarcísio de Freitas. Um burocrata que não passou pelos estágios iniciais da política e sentou-se logo na janelinha do Estado mais poderoso do país.

Para vislumbrar alguma coisa maior mais adiante, terá de lidar com as emergências. O bolsonarismo cobra fidelidade, mas pode devorá-lo. E as falas e práticas bolsonaristas que o identificam podem, pelo excesso, inviabilizá-lo como nome para 2026.

Economia fortalece o campo progressista

Inauguração da fábrica de celulose da Suzano, em Ribas
do Rio Pardo/MS. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Editorial do site Vermelho:


O crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2024 e a redução da pobreza são indicadores de que o Brasil vem superando a herança mais do que maldita do governo Bolsonaro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 8,7 milhões de pessoas saíram da situação de pobreza no país entre 2022 e 2023. São 59 milhões de brasileiros nessa condição. No mesmo período, 3,1 milhões deixaram a extrema pobreza, situação que ainda afeta 9,5 milhões.

Segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2024, com análises sobre as condições de vida da população brasileira, em 2023 o Brasil alcançou os menores níveis de pobreza e extrema pobreza da série histórica iniciada em 2012 pelo IBGE.

Queda de Assad pode produzir banho de sangue

Charge: Latuff/MintPress News
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Como sempre, a mídia ocidental comemora, como se grande avanço fosse, a queda de mais uma “ditadura” do Oriente Médio. A de Assad, na Síria.

Foi assim no Iraque, no Afeganistão, na Líbia etc. Obviamente, “ditaduras” que não eram alinhadas aos interesses dos EUA e do Ocidente. Em todos esses casos, centenas de milhares de pessoas morreram e os países foram destruídos. Tudo, é claro, em nome da democracia e dos direitos humanos.

Já as ditaduras aliadas da região, como a da Arábia Saudita, Emirados Árabes, Catar, Kuwait etc. continuam protegidas e prestigiadas. Isso também vale, é claro, para o governo genocida de Netanyahu.

Como sempre, as análises sobre o tema na mídia brasileira e ocidental são, em geral, superficiais e baseadas numa visão maniqueísta, moralista, simplória, desinformada e francamente estúpida sobre a dinâmica dos conflitos do Oriente Médio.

Desafios no PT, pacote fiscal e comunicação

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As armadilhas do ajuste fiscal de Haddad