quarta-feira, 2 de julho de 2025

Mídia teme governo com “uniforme do embate”

Charge: Miguel Paiva/247
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Depois que os presidentes da Câmara e do Senado Hugo Motta e Davi Alcolumbre traíram compromissos assumidos com o governo e surpreenderam com a aprovação sumária do Decreto Legislativo para anular o ajuste das alíquotas do IOF, o ministro Fernando Haddad conclamou: “Agora é hora de vestir o uniforme do embate, do bom debate público, do debate político”.

Aquilo que parecia ser uma derrota avassaladora do governo no IOF serviu como uma potente janela de oportunidade política.

A oposição tenta asfixiar o governo, inviabilizá-lo politicamente e programaticamente para, com isso, derrotar Lula ou a eventual candidatura do campo democrático apoiada por ele na próxima eleição.

O governo reagiu com contundência, vestiu o “uniforme do embate” e não se curvou à ofensiva da oposição direitista e extremista do Congresso que tem os olhos inteiramente voltados para a eleição de 2026.

The Economist está muito abaixo de Lula

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


A marca essencial da atual política externa da maioria dos países ocidentais é a da incoerência e da hipocrisia.

A The Economist deveria se olhar no espelho quebrado da geopolítica do Ocidente, em vez de criticar o Brasil de Lula.

Numa matéria inacreditável, a The Economist, refletindo o crescente isolamento planetário e a óbvia divisão do chamado Ocidente, criticou Lula, afirmando que o presidente brasileiro perdeu sua influência (clout) no exterior.

De onde a The Economist tirou esse dado tão imparcial e objetivo é um mistério.

Provavelmente fez uma pesquisa entre seus editores reacionários, sempre dispostos a criticar quaisquer dissidências dos cânones ocidentais mais primários e ideológicos.

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Os bilionários, os impostos e o povo

Charge: Miguel Paiva/247
Por Jair de Souza

Com a recente decisão do Congresso de derrotar fragorosamente a proposta do governo Lula de elevar as taxações sobre as transações financeiras (I.O.F), aconteceu o que vem acontecendo há muito tempo: os super-ricos operando para levar boa parte das maiorias populares a se identificar com as posições que beneficiam tão somente ao reduzido setor das classes dominantes, em detrimento do restante da população.

Como os detentores de grandes fortunas são apenas um punhadinho de pessoas que não ultrapassam os 5% do total, para impor seus interesses por cima dos de todos os outros setores da sociedade, eles dependem imperiosamente de contar com o apoio de parcelas significativas das camadas sociais do campo popular.

terça-feira, 1 de julho de 2025

O labirinto do Brasil por ser

Di Cavalcanti, 1925
Por Roberto Amaral


“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo.” – Darcy Ribeiro, O povo brasileiro.

A ordem político-institucional herdada da reconstitucionalização de 1988 foi posta em recesso com o impeachment de Dilma Rousseff. Morria ali a Nova República anunciada por Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. O golpe de Estado de 2016 se consolidou com o regime-tampão do vice perjuro, ponte para a ascensão do neofascismo, pela vez primeira no Brasil a escalar o poder pela via eleitoral.

O presidencialismo espatifa-se como bola de cristal caída ao chão e, com seus estilhaços, a direita concerta o quebra-cabeça como novo Leviatã: poderoso mostrengo que devora as instituições republicanas e impõe a ingovernabilidade como estágio preparatório do caos, indispensável para a revogação do que ainda podemos chamar de “ordem democrática” – frágil, nada obstante sua permanente conciliação com o grande capital, no que se esmera o atual Congresso, implacável no desmonte do que quer que seja que possa sugerir um Estado de bem-estar social.

Lula não deve mandar carta à Economist

Foto: Ricardo Stuckert
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:


O governo brasileiro precisa abandonar urgentemente essa ideia tola de escrever uma carta à Economist por causa de um artigo crítico a Lula.

Não vai adiantar absolutamente nada. A missiva será motivo de piada na redação e pode merecer uma resposta debochada, como seus editores fazem com alguma frequência.

A Economist é um bastião do liberalismo. Foi fundada em 1843, no auge do império britânico. Aquele mundo acabou, mas ela continua dando lição para os súditos inexistestes. Hoje, cheira a mofo como o carpete de um pub velho em Fulham.

Lenin disse que a Economist falava apenas para “milionários britânicos”, algo que continua a se refletir em seus textos.

A publicação não defende o liberalismo democrático ou o que se propaga em aulas acadêmicas, mas uma versão implacável de “livre comércio”, que se impõe globalmente através do uso da força.

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