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Apesar de a mídia estar envolvendo Dilma Rousseff na denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, mesmo com ela não figurando na relação de denunciados, reportagem do jornal mineiro O Tempo revela que, dos 34 políticos com foro privilegiado denunciados pelo PGR, apenas dois já tiveram inquéritos instaurados.
Confira, abaixo, trecho da matéria do jornal mineiro que trata do assunto.
“Até o momento, apenas Antonio Anastasia e Fernando Collor tiveram o inquérito instaurado. Os outros nomes estão em fase de instalação e diligência (ato preparatório para abrir o inquérito, já autorizado)”
O “deferimento” de diligências apenas contra Anastasia e Collor pode ser verificado no site do STF
O significado disso é que as diligências já feitas contra esses dois parlamentares foram consideradas suficientes para abertura do inquérito, enquanto que os inquéritos contra os outros 32 parlamentares ainda requerem diligências adicionais.
Outro dado curioso é que a mídia põe em evidência principal que Dilma só não foi denunciada pela Procuradoria porque supostos fatos que a envolveriam ocorreram antes de seu mandato presidencial, mas deixam de lado o fato de que a situação de Aécio Neves só não é a mesma porque é mais séria.
Leia, abaixo, o despacho do ministro Teori Zavascki em que aceita “arquivamento” de denúncia contra Aécio.
Em resumo, o que diz o ministro Teori Zavascki em seu despacho sobre a lista do procurador-geral da República é que a menção do doleiro Alberto Yousseff a Aécio ter recebido propina de Furnas não se conecta com o foco da Operação Lava Jato (corrupção na Petrobrás) e que, pasme-se, o tucano só não será processado, neste momento, porque faltou investigação contra ele.
Porém, o despacho de Zavascki diz, claramente, que Aécio “figura como ‘pessoa física citada’ (fl. 123)” nos autos do processo que analisou.
O próprio Aécio e a mídia amiga dizem considerar o pedido de arquivamento do processo envolvendo o tucano como uma “absolvição”. Porém, não há absolvição alguma. O que o ministro do Supremo diz, assim como o procurador-geral da República, é que, como o envolvimento de Aécio no caso conhecido como “lista de Furnas” não foi investigado, e como esse caso não tem conexão com as investigações da Operação Lava Jato, o tucano não responderá a inquérito no STF. Por enquanto.
O que se extrai disso tudo, portanto, é que, entrelinhas, o despacho de Zavascki faz praticamente uma reclamação em relação à situação de Aécio. Ora, se não há elementos suficientes por falta de investigação dos fatos envolvendo seu nome, que tudo seja investigado.
Aliás, a investigação de Anastasia acabará esbarrando na lista de Furnas e, claro, em Aécio. A mídia diz que o envio da denúncia contra Antonio Palocci para a primeira instância é “má notícia para Dilma”. Por que não diz que a instauração de inquérito contra Anastasia é “má notícia” para Aécio. Talvez por acreditar que, contra tucano, a Justiça abafa investigações.
Confira, abaixo, trecho da matéria do jornal mineiro que trata do assunto.
“Até o momento, apenas Antonio Anastasia e Fernando Collor tiveram o inquérito instaurado. Os outros nomes estão em fase de instalação e diligência (ato preparatório para abrir o inquérito, já autorizado)”
O “deferimento” de diligências apenas contra Anastasia e Collor pode ser verificado no site do STF
O significado disso é que as diligências já feitas contra esses dois parlamentares foram consideradas suficientes para abertura do inquérito, enquanto que os inquéritos contra os outros 32 parlamentares ainda requerem diligências adicionais.
Outro dado curioso é que a mídia põe em evidência principal que Dilma só não foi denunciada pela Procuradoria porque supostos fatos que a envolveriam ocorreram antes de seu mandato presidencial, mas deixam de lado o fato de que a situação de Aécio Neves só não é a mesma porque é mais séria.
Leia, abaixo, o despacho do ministro Teori Zavascki em que aceita “arquivamento” de denúncia contra Aécio.
Em resumo, o que diz o ministro Teori Zavascki em seu despacho sobre a lista do procurador-geral da República é que a menção do doleiro Alberto Yousseff a Aécio ter recebido propina de Furnas não se conecta com o foco da Operação Lava Jato (corrupção na Petrobrás) e que, pasme-se, o tucano só não será processado, neste momento, porque faltou investigação contra ele.
Porém, o despacho de Zavascki diz, claramente, que Aécio “figura como ‘pessoa física citada’ (fl. 123)” nos autos do processo que analisou.
O próprio Aécio e a mídia amiga dizem considerar o pedido de arquivamento do processo envolvendo o tucano como uma “absolvição”. Porém, não há absolvição alguma. O que o ministro do Supremo diz, assim como o procurador-geral da República, é que, como o envolvimento de Aécio no caso conhecido como “lista de Furnas” não foi investigado, e como esse caso não tem conexão com as investigações da Operação Lava Jato, o tucano não responderá a inquérito no STF. Por enquanto.
O que se extrai disso tudo, portanto, é que, entrelinhas, o despacho de Zavascki faz praticamente uma reclamação em relação à situação de Aécio. Ora, se não há elementos suficientes por falta de investigação dos fatos envolvendo seu nome, que tudo seja investigado.
Aliás, a investigação de Anastasia acabará esbarrando na lista de Furnas e, claro, em Aécio. A mídia diz que o envio da denúncia contra Antonio Palocci para a primeira instância é “má notícia para Dilma”. Por que não diz que a instauração de inquérito contra Anastasia é “má notícia” para Aécio. Talvez por acreditar que, contra tucano, a Justiça abafa investigações.
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