sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Marcha do MBL e os “corruptos inteligentes”

Por Altamiro Borges

Paparicados pela mídia falsamente moralista, o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua programaram para este domingo (4) novas “marchas pela ética na política”. Estes grupelhos fascistas, que apoiaram o “golpe dos corruptos”, não pedirão o impeachment do Judas Michel Temer e nem as prisões imediatas de Geddel Vieira, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Romero Jucá e de outros chefes da quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto. Nem daria. Afinal, vários membros destas seitas foram contemplados com cargos no covil golpista. Eles pretendem apenas expressar apoio à midiática Operação Lava-Jato e ao “justiceiro” Sergio Moro – o novo ídolo da direita nativa.

Segundo o líder máximo do Vem Pra Rua, Rogério Chequer – cujo sobrenome parece piada pronta –, o objetivo da marcha agendada para a Avenida Paulista é “protestar contra a forma corrupta de se fazer política no Brasil”. Ele faz questão de poupar o Judas Michel Temer, que garantiu que não vai barrar as investigações da Lava-Jato. “Independentemente da entrevista do presidente, manteremos o protesto”, afirmou o picareta. Já um dos chefões do MBL, Renan Santos, justificou a marcha com uma frase enigmática: “Definitivamente, o Brasil já produziu corruptos mais inteligentes”. De fato! A quadrilha que assaltou o poder com o apoio destes grupelhos é das mais incompetentes. Em seis meses, seis “ministros” já foram defecados do covil golpista e outros estão na linha de tiro. E não vai durar muito tempo para que os próprios chefões destas seitas também sejam desmascarados.

O próprio Renan Santos tem um baita telhado de vidro. Não é lá muito inteligente. Sobre sua sinistra trajetória, vale conferir recente reportagem postada no blog Diário do Centro do Mundo:

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Família do líder do MBL responde a 125 processos e teve bens leiloados para pagar dívidas

Por Pedro Zambarda – 28/05/2016

Áudios divulgados na imprensa na sexta-feira (27) mostraram que o Movimento Brasil Livre recebeu dinheiro e apoio de partidos como PMDB, PSDB, DEM e Solidariedade.

Os recursos foram usados no protesto do dia 13 de março de 2016, que reuniu 500 mil pessoas na Avenida Paulista.

A Juventude do PSDB pagou as caravanas e os lanches do protesto, enquanto o PMDB foi encarregado dos panfletos, de acordo com um áudio que vazou. As “máquinas partidárias” do DEM e do Solidariedade ajudaram o grupo com transporte.

Renan Antônio Ferreira dos Santos (32), um dos três coordenadores nacionais do MBL, é o personagem central da história.

O jovem é quem aparece na gravação.

Os irmãos Renan e Alexandre se filiaram ao PSDB em 10 de novembro de 2010. Eles deixaram o partido em 2015 para se dedicar somente ao MBL, mas não cortaram seus laços com a legenda conforme os áudios mostram.

Ygor Oliveira, da Juventude do PSDB no Rio, diz que fechou uma parceria com o movimento para uma manifestação em Brasília no dia 11 de maio.

Renan surge nos áudios porque ele é coordenador e diretor financeiro do MBL.

O UOL divulgou no dia 8 de maio que ele é réu em 16 ações cíveis e 45 processos trabalhistas. O texto elenca negócios dele, um carro e empresas vinculadas com a irmã Stephanie e o irmão Alexandre. Ao apurar os processos que envolvem Renan Santos, o DCM descobriu que há mais ações correndo. Ao todo, Renan Santos tem 19 processos cíveis na Justiça de São Paulo.

Somando com mais uma ação na Justiça Federal de São Paulo, Renan responde por 65 acusações ao todo.

Seu irmão, Alexandre Henrique Ferreira dos Santos, responde sete ações e seis delas por dívidas. A irmã Stephanie Santos, que arrecada verba para o MBL em sua campanha de crowdfunding, responde por duas ações no valor de R$ 10 mil.

A família Santos possui 18 empresas e coleciona 118 processos em São Paulo. No Brasil todo, eles respondem a 125 ações judiciais.

De acordo com assessores de políticos na cidade de Vinhedo, os negócios da família são um esquema de lavagem de dinheiro que ajuda o MBL em suas ações, com a parceria de partidos que simpatizaram com o impeachment.

Os empreendimentos envolvem o pai, Mário Jorge Ferreira dos Santos, e a mãe, Suelli Liporacci Ferreira dos Santos, a Sussu.

As companhias que pertencem a eles são: Achei Lampadas Especiais e Comecio de Materiais Eletricos LTDA; Akkar Travel Agência de Viagens e Turismo LTDA; Carlo Montalto Indústria e Comércio LTDA; Company Trading Empreendimentos e Participações; Distribuidora Montalto LTDA; Esquadripar Fabricação e Comercialização de Esquadrias de Metais LTDA; Expanda Estamparia e Molas LTDA; Expandra Consultoria e Administração LTDA; Home Center Total Materiais para Construções LTDA; Irauna Comercio e Participações S/A; K&K Distribuidora de Metalurgia LTDA; Katana Indústria e Comércio de Máquinas e Peças LTDA; Martin Artefatos de Metais S/A; NCE Serviços de Filmagens LTDA; Portex Comércio de Esquadrilhas de Metal LTDA; Rainha da Praça – Panificadora e Restaurante LTDA; Risett Indústria e Comércio de Máquinas e Peças LTDA; Ronalcos Engenharia e Construtora Comercial LTDA.

As empresas são de áreas completamente diferentes, desde lâmpadas, engenharia e logística, até turismo, filmagens e estamparia. O capital dos empreendimentos somam R$ 5 milhões, mas as dívidas já ultrapassam seus possíveis ganhos.

Ou seja, muitos dos empreendimentos são de fachada. As ações judiciais apontam não pagamento de IPTU, ICMS e outros impostos.

Numa das ações, na 1º Vara de Trabalho de Jundiaí, Renan é processado junto com o pai por um terreno de mais de 15 mil metros da empresa Martin Artefatos de Metais, avaliado em R$ 13 milhões no dia 17 de março de 2014. Posto em leilão, a propriedade teve um lance mínimo de R$ 7,9 milhões, cerca de 60% do valor, mas ainda não foi finalizado.

Mário Jorge e Suelli Liporacci, pai e mãe de Renan, aparecem em uma ação de execução de dívidas de uma propriedade abandonada em São Paulo, no bairro de Interlagos, que teve lixo acumulado na porta.

1 comentários:

Cícero Costa disse...

São verdadeiras milícias contratadas pelos artífices do Golpe de 2016 para tocarem o terror no país. Bando de mercenários fascistas disfarçados de movimento social. Esses caudilhos e suas gangues, financiados pelas forças políticas golpistas, disseminam o ódio e promovem a violência para impor pela tática do terror e da astúcia um Estado opressor, alimentados pela mídia conservadora e pelas redes sociais de cunho nazi-fascistas.

É assustador, mas diz a História que é efêmero.

Mais dia menos dia, a paz voltará, a ordem será restabelecida... Retomaremos o país das mãos desses facínoras que usurparam o Poder por meio de um golpe sujo e traiçoeiro, com o apoio antes velado, agora escancarado do Supremo Tribunal Federal.