sexta-feira, 29 de outubro de 2010

WikiLeaks desmascara o imperialismo

Reproduzo editorial publicado no sítio Vermelho:

Uma das lendas mais notórias das guerras contemporâneas do imperialismo é a alegação de que as ações bélicas são “cirúrgicas”, “pontuais”, e evitam ataques e sofrimentos para a população civil.

Só os iludidos acreditam nisso. A mídia partidária do imperialismo não consegue esconder em seus noticiários as graves violações cometidas contra os povos; mesmo quando não são ditas palavras, as imagens publicadas sugerem a barbárie que o imperialismo faz questão esconder.

Desde julho, quando a página eletrônica WikiLeaks começou a divulgar documentos secretos, elaborados pelos soldados da tropa de ocupação do Iraque e do Afeganistão, pode-se ver com mais precisão a extensão do “moinho satânico” que o imperialismo impõe aos povos. Naquela ocasião, os documentos divulgados relatavam agressões contra a população civil e ações militares à margem da legislação internacional (que configuram, portanto, crimes de guerra) cometidos pelas tropas de ocupação comandadas pelos EUA principalmente no Afeganistão.

Desta vez, o enorme volume de documentos secretos do Pentágono (92 mil páginas) divulgados na semana passada pela WikiLeaks relata atrocidades cometidas durante a ocupação do Iraque, desde 2004 a 31 de dezembro de 2009.

São relatos escritos por militares das tropas de ocupação que descrevem um roteiro selvagem e desumano, que inclui o assassinato de civis numa escala muito superior à admitida oficialmente pelo governo de Washington e torturas generalizadas contra prisioneiros, praticadas por todos os agressores: soldados do Exército dos EUA, mercenários contratados para “segurança” dos comandantes da guerra e também pelo exército iraquiano formado e treinado pelos ocupantes de seu país.

Um exemplo da barbárie dos invasores foi o massacre, cometido em 16 de agosto de 2007 contra um povoado; um grupo de soldados das tropas de ocupação resolveu vingar-se de um ataque e bombardeou a população indiscriminadamente. Explodindo uma casa onde ocorria uma festa de casamento; seis pessoas morreram (entre elas quatro mulheres e um bebê) e três ficaram feridas (todas mulheres, uma grávida de nove meses).

Os documentos revelam a pratica sistemática de torturas (surras, choques elétricos, metais incandescentes, afogamentos) contra os prisioneiros, inclusive mulheres, cometidas também pelos três pilares da ocupação – as tropas invasoras, os matadores profissionais contratados por empresas de segurança como a Blackwater, e o exército pró-EUA do governo do Iraque.

Ações desse tipo, segundo o editor Julian Assange, do WikiLeaks, recheiam os relatórios secretos do Pentágono, e há descrição detalhada do assassinato de 2.000 iraquianos.

O lote de documentos agora publicados revela também que os militares dos EUA tentaram esconder a morte de 15 mil civis iraquianos. Ele revela um número total de 109 mil mortes, entre as quais 15 mil que nunca haviam sido reveladas!

A condenação das guerras constitui um clamor civilizatório antigo. A repulsa a agressões imperialistas cresceu, ao longo do século 20, depois das barbáries que a máquina de guerra nazista cometeu contra os povos. No início do século 21, é inaceitável que ações agressivas dessa natureza continuem sendo impostas aos povos que não aceitam submeter-se aos desígnios do imperialismo. Hoje, as atrocidades são cometidas sob a bandeira listrada dos EUA, com os mesmos objetivos predatórios de sempre: a submissão dos povos, a pilhagem de suas riquezas e o alcance de um arranho geopolítico mundial favorável à manutenção do mando imperial.

E impõe, como lembra o responsável pela revelação da brutalidade imperialista no Oriente Médio, Julian Assange, a única saída para o início da reconstrução da vida naquelas nações: a retirada das tropas de ocupação, que foram enviadas para lá com base em argumentos mentirosos e continuam lá à base de alegações falsas. Depois das revelações dos documentos secretos da barbárie, não há mais nenhuma justificação aceitável para que aquelas tropas continuem lá.

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1 comentários:

Hélio Franco disse...

Saudações, Altamiro!
Gostaria de compartilhar contigo e os demais leitores deste blog um CD que montei para este segundo turno. Aí vai o e-mail que mandei para os amigos:

Deu um pouquinho de trabalho, mas muito mais prazer. Aqui está um arquivo com uma hora de músicas pra gente tocar neste fim de semana histórico. Pra elevar o ânimo antes de votar e pra comemorar o resultado durante todo o feriadão.
Tem os jingles da campanha da Dilma, inclusive o "Dilma lá" do Wagner Tiso, músicas feitas no calor do momento (destaque para o partido da bolinha de papel, he he) e clássicos de artistas da música brasileira que manifestaram seu apoio à candidata do Brasil que está dando certo.
Aí vai um passo-a-passo para você baixar o arquivo, descomprimí-lo e botar para tocar as músicas, que estão em formato MP3 - mas se você quiser criar um CD de áudio, a seleção cabe direitinho numa mídia de CD, que poderá tocar em qualquer aparelho.

1) - Clique no link, que vai te levar para a primeira página, onde você deve clicar em "download now";
2) - Vai abrir outra página, com a contagem de espera (uns 60 minutos). Espere terminar o tempo e clique em "download the file now"
3) - Vai aparecer a caixinha "abrir" ou "salvar". Mande salvar e escolha a pasta para onde o arquivo será baixado;
4) - Depois de concluído o download, é só descompactar utilizando qualquer programinha com essa finalidade (filzip, winrar, 7zip e por aí);
5) - Aí é só botar pra tocar e ir pra galera!

Algumas dessas músicas são "copy left" e outras são "copy right", mas eu acho que seus autores e intérpretes não se importarão se você participar desta corrente musical do bem: Espalhe para os amigos!

http://www.4shared.com/file/Owk0IZHY/Dilma_Presidente.html


Saudações Dilmistas e até a vitória!