Por Altamiro Borges
Na semana passada, as emissoras de rádio e televisão fizeram um enorme alarde com a redução do número de homicídios em São Paulo. A notícia era positiva, mas não justificava tamanha dose de bajulação. Parecia até programa do PSDB em rede nacional de rádio e TV. Só que o mundo é cruel e, poucos dias depois, a própria casa do ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, foi alvo de um violento assalto – o que arranha a propaganda sobre a “paz” reinante em São Paulo.
Na segunda-feira (7), quatro homens renderam mulher e filha de Saulo de Castro por volta das 20h30, quando elas chegavam em casa, no bairro de Pinheiros, zona oeste da capital. O tucano, que hoje ocupa a Secretaria de Transportes do Geraldo Alckmin, estava na residência e também foi feito refém por cerca de meia hora. Os três não foram agredidos, mas ficaram o tempo todo deitados no chão. Os assaltantes fugiram no carro da família, levando computadores, celulares, jóias e dinheiro.
“Extermínio e criminalização da pobreza”
Saulo de Castro foi secretário de Segurança Pública de São Paulo durante cinco anos, de 2002 a 2006. Antes disso, em 2001, foi presidente da antiga Febem, atual Fundação Casa, que abriga menores infratores. Neste período, ele ficou conhecido como “durão’, implacável, sendo bastante badalado pela mídia demotucana. Sempre apresentava dados otimistas sobre a segurança pública, com ampla repercussão na imprensa.
Segundo levantamento da assessoria do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, intitulado “diagnóstico da gestão tucana”, a situação da segurança no Estado não justifica tanta euforia – apesar dos recentes dados sobre a queda de homicídios. Em 2008, por exemplo, ocorreram 24 chacinas em São Paulo, com 82 mortos. No total daquele ano, 431 pessoas foram mortas por policiais. O PSDB aplicaria uma “política de extermínio e criminalização da pobreza”, em que “os jovens são as maiores vítimas”.
Jovens são as maiores vítimas
“O Cemitério São Luiz, localizado na zona sul da capital, carrega o estigma de ser o local com maior número de adolescentes sepultados por metro quadrado no mundo”, descreve o documento. Ele acrescenta, ainda, que “a atuação violenta da PM contra movimentos de moradores da periferia está se tornando rotina em São Paulo”, mencionando os casos da “operação saturação” na Favela Paraisópolis e da repressão à comunidade do Jardim Filhos da Terra, ambos em 2009, na capital paulista.
A pesquisa prova que as periferias das grandes cidades viraram um inferno, totalmente desamparadas. Além da repressão policial, os moradores são alvos de grupos de extermínio, como o “highlanders”, esquadrão da morte integrado por policiais do 37º Batalhão da PM, atuante durante o governo Serra. “Sua marca era cortar cabeças e mãos das vitimas para impedir sua identificação”. Essa violência, porém, não aparece nas manchetes da imprensa. O tema só ganha destaque quando é para badalar a gestão tucana ou para noticiar o assalto à casa do ex-chefão da Segurança Pública.
Na semana passada, as emissoras de rádio e televisão fizeram um enorme alarde com a redução do número de homicídios em São Paulo. A notícia era positiva, mas não justificava tamanha dose de bajulação. Parecia até programa do PSDB em rede nacional de rádio e TV. Só que o mundo é cruel e, poucos dias depois, a própria casa do ex-secretário de Segurança Pública do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, foi alvo de um violento assalto – o que arranha a propaganda sobre a “paz” reinante em São Paulo.
Na segunda-feira (7), quatro homens renderam mulher e filha de Saulo de Castro por volta das 20h30, quando elas chegavam em casa, no bairro de Pinheiros, zona oeste da capital. O tucano, que hoje ocupa a Secretaria de Transportes do Geraldo Alckmin, estava na residência e também foi feito refém por cerca de meia hora. Os três não foram agredidos, mas ficaram o tempo todo deitados no chão. Os assaltantes fugiram no carro da família, levando computadores, celulares, jóias e dinheiro.
“Extermínio e criminalização da pobreza”
Saulo de Castro foi secretário de Segurança Pública de São Paulo durante cinco anos, de 2002 a 2006. Antes disso, em 2001, foi presidente da antiga Febem, atual Fundação Casa, que abriga menores infratores. Neste período, ele ficou conhecido como “durão’, implacável, sendo bastante badalado pela mídia demotucana. Sempre apresentava dados otimistas sobre a segurança pública, com ampla repercussão na imprensa.
Segundo levantamento da assessoria do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, intitulado “diagnóstico da gestão tucana”, a situação da segurança no Estado não justifica tanta euforia – apesar dos recentes dados sobre a queda de homicídios. Em 2008, por exemplo, ocorreram 24 chacinas em São Paulo, com 82 mortos. No total daquele ano, 431 pessoas foram mortas por policiais. O PSDB aplicaria uma “política de extermínio e criminalização da pobreza”, em que “os jovens são as maiores vítimas”.
Jovens são as maiores vítimas
“O Cemitério São Luiz, localizado na zona sul da capital, carrega o estigma de ser o local com maior número de adolescentes sepultados por metro quadrado no mundo”, descreve o documento. Ele acrescenta, ainda, que “a atuação violenta da PM contra movimentos de moradores da periferia está se tornando rotina em São Paulo”, mencionando os casos da “operação saturação” na Favela Paraisópolis e da repressão à comunidade do Jardim Filhos da Terra, ambos em 2009, na capital paulista.
A pesquisa prova que as periferias das grandes cidades viraram um inferno, totalmente desamparadas. Além da repressão policial, os moradores são alvos de grupos de extermínio, como o “highlanders”, esquadrão da morte integrado por policiais do 37º Batalhão da PM, atuante durante o governo Serra. “Sua marca era cortar cabeças e mãos das vitimas para impedir sua identificação”. Essa violência, porém, não aparece nas manchetes da imprensa. O tema só ganha destaque quando é para badalar a gestão tucana ou para noticiar o assalto à casa do ex-chefão da Segurança Pública.
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