Por Altamiro Borges
A terceira edição das chamadas “marchas contra a corrupção”, realizada no feriado de ontem (15), frustrou seus organizadores. Em Brasília, ela juntou umas 30 pessoas e acabou sendo desativada. Em São Paulo, cerca de 200 pessoas se reuniram na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, a presença também foi reduzida, mas pelo menos terminou em samba.
Diante da frustração, a mídia hegemônica já encontrou um culpado: a chuva! Ela teria desmobilizado as pessoas que são contra “a corrupção no governo Dilma”. Várias manifestações gigantescas – como greves, passeatas e atos públicos – já ocorreram debaixo de fortes temporais sem merecer sequer uma linha de cobertura na chamada grande imprensa. Ela não gosta de chuva?
Generosa cobertura midiática
E olha que a mídia demotucana novamente agitou os protestos de 15 de novembro – o que não significa que ela tenha os mesmos objetivos políticos de seus organizadores, um grupo difuso, que se diz apartidário e que se articula pelas redes sociais. A Folha até publicou um infográfico com os locais das “marchas”. O Jornal Nacional, da TV Globo, também divulgou com antecedência.
Apesar da reduzida presença, a mídia também garantiu amplo espaço na sua cobertura das marchas. As emissoras de TV fizeram questão de registrar as faixas e cartazes contra aliados do atual governo. Em Brasília, o destaque foi o adesivo do “Fora Agnelo”. Quem pagou? Em São Paulo, um colorido banner até fez propaganda de uma capa da “ética” revista Veja. Quem produziu? Quem pagou?
Denúncias seletivas da corrupção
É como se os protestos contra a corrupção fossem seletivos. Nada sobre o “camelódromo” da Assembléia Legislativa de São Paulo, em que de “25% a 30%” dos deputados, segundo revelou o governista Roque Barbieri, vendem emendas e garantem o apoio ao governador Geraldo Alckmin – um típico mensalão. Nada contra a máfia da família Roriz que assaltou o Distrito Federal.
Em alguns das marchas de ontem também apareceram faixas da Ordem dos Advogados do Brasil. Mas ninguém se lembrou que cobrar explicações do presidente da OAB, Ophir Cavalcante, denunciado na semana passada por receber, sem trabalhar, R$ 20 mil mensais e de já ter garfado R$ 1,5 milhão dos cofres públicos do Pará. O próprio Ophir parece que preferiu se ausentar das marchas de ontem.
Várias dúvidas e uma certeza
As chamadas “marchas contra a corrupção” ainda geram muitas interrogações. Quem as convoca, quais os seus objetivos, a quem servem? É evidente que gente honesta, comprometida com a ética e revoltada com o desvio de recursos públicos, tem simpatia por estes protestos. É evidente, também, que os protestos fazem parte da democracia, expressam o livre direito de manifestação.
Mas também é evidente que a mídia demotucana, por razões nada “éticas” ou “apartidárias”, tem apostado nestas marchas. Só não percebe que não lê jornais, sítios e revistas ou não assiste rádios e TVs. A exemplo do que já ocorreu no passado, como no golpe militar de 1964, ela tenta instrumentalizar os protestos, manipular corações e mentes. Repete o falso moralismo dos udenistas!
A terceira edição das chamadas “marchas contra a corrupção”, realizada no feriado de ontem (15), frustrou seus organizadores. Em Brasília, ela juntou umas 30 pessoas e acabou sendo desativada. Em São Paulo, cerca de 200 pessoas se reuniram na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, a presença também foi reduzida, mas pelo menos terminou em samba.
Diante da frustração, a mídia hegemônica já encontrou um culpado: a chuva! Ela teria desmobilizado as pessoas que são contra “a corrupção no governo Dilma”. Várias manifestações gigantescas – como greves, passeatas e atos públicos – já ocorreram debaixo de fortes temporais sem merecer sequer uma linha de cobertura na chamada grande imprensa. Ela não gosta de chuva?
Generosa cobertura midiática
E olha que a mídia demotucana novamente agitou os protestos de 15 de novembro – o que não significa que ela tenha os mesmos objetivos políticos de seus organizadores, um grupo difuso, que se diz apartidário e que se articula pelas redes sociais. A Folha até publicou um infográfico com os locais das “marchas”. O Jornal Nacional, da TV Globo, também divulgou com antecedência.
Apesar da reduzida presença, a mídia também garantiu amplo espaço na sua cobertura das marchas. As emissoras de TV fizeram questão de registrar as faixas e cartazes contra aliados do atual governo. Em Brasília, o destaque foi o adesivo do “Fora Agnelo”. Quem pagou? Em São Paulo, um colorido banner até fez propaganda de uma capa da “ética” revista Veja. Quem produziu? Quem pagou?
Denúncias seletivas da corrupção
É como se os protestos contra a corrupção fossem seletivos. Nada sobre o “camelódromo” da Assembléia Legislativa de São Paulo, em que de “25% a 30%” dos deputados, segundo revelou o governista Roque Barbieri, vendem emendas e garantem o apoio ao governador Geraldo Alckmin – um típico mensalão. Nada contra a máfia da família Roriz que assaltou o Distrito Federal.
Em alguns das marchas de ontem também apareceram faixas da Ordem dos Advogados do Brasil. Mas ninguém se lembrou que cobrar explicações do presidente da OAB, Ophir Cavalcante, denunciado na semana passada por receber, sem trabalhar, R$ 20 mil mensais e de já ter garfado R$ 1,5 milhão dos cofres públicos do Pará. O próprio Ophir parece que preferiu se ausentar das marchas de ontem.
Várias dúvidas e uma certeza
As chamadas “marchas contra a corrupção” ainda geram muitas interrogações. Quem as convoca, quais os seus objetivos, a quem servem? É evidente que gente honesta, comprometida com a ética e revoltada com o desvio de recursos públicos, tem simpatia por estes protestos. É evidente, também, que os protestos fazem parte da democracia, expressam o livre direito de manifestação.
Mas também é evidente que a mídia demotucana, por razões nada “éticas” ou “apartidárias”, tem apostado nestas marchas. Só não percebe que não lê jornais, sítios e revistas ou não assiste rádios e TVs. A exemplo do que já ocorreu no passado, como no golpe militar de 1964, ela tenta instrumentalizar os protestos, manipular corações e mentes. Repete o falso moralismo dos udenistas!
2 comentários:
No mesmo dia os crentes lotaram o Pacaembu, com chuva!
No mesmo dia, 400 mil pessoas da classe média emergente fizeram compras de Natal na rua 25 de Março. Pareciam felizes...
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