Por José Dirceu, em seu blog:
FHC disse em Nova York – e a grande mídia rapidamente reproduziu com grande destaque - que o maior desafio da presidenta Dilma Rousseff seria o de “desmontar o sistema de corrupção e fisiologismo criado para sustentar o governo Lula”. Sua tese é de que a corrupção tornou-se sistêmica a partir – vejam, só! - do governo Lula. E que estaria sem controle sob a batuta dos presidentes eleitos pelo PT.
Chamo aqui o artigo de Mauricio Dias, em Carta Capital desta semana, para responder a esses devaneios de FHC, que cada dia que passa parece padecer mais do mal do udenismo. Ele próprio, que se abriga sob telhado de vidro, lembra o colunista da revista. “(FHC) esquece, de propósito, os “arranjos” financeiros do PSDB para custear as (suas) eleições”, frisa Dias. Entre os quais estaria o conhecido “mensalão mineiro”, do PSDB. “Convenientemente, o ex-presidente tucano passa a borracha na história”.
O texto de Carta Capital traz à lembrança, ainda, as denúncias contra o ex-presidente do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, operador financeiro, que teve seu nome associado a denúncias de cobrança de comissão de R$ 15 milhões no processo de privatização da Companhia da Vale do Rio Doce, nos idos de 1997. O denunciante foi ninguém menos que o próprio empresário que liderou a compra da Vale, Benjamin Steinbruch, à revista Veja, em 2002. Carta Capital também menciona Sérgio Motta, tesoureiro e fiel escudeiro de sua campanha em 1994 e articulador da emenda de sua reeleição.
Não faltam exemplos da era FHC
Não faltam outros casos da era FHC, não citados pelo artigo. Entre eles, o da FUNCEF, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal. Em 2001, a Polícia Federal foi solicitada a investigar prejuízos de R$ 450 milhões na entidade em função de negócios ilegais que teriam sido feitos pelo seu presidente, José Fernando de Almeida.
A lista continua. O cioso e combativo governo de FHC, ainda em 1995, extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em seu lugar, criou a “atuante” Controladoria-Geral da União, órgão que em seus governos se especializou em abafar denúncias.
A medida provou-se "providencial", pois elas seriam produzidas às dezenas. Dariam um livro. O contrato para execução do projeto Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia (SIVAM), elaborado pelos órgãos de defesa do Brasil, com a finalidade de monitorar o espaço aéreo, é um caso típico. Na época, denúncias de tráfico de influência em prol da empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos, então à frente do cerimonial da presidência, e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
R$ 1,4 bi em notas frias na SUDENE...
Na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a SUDENE, foram apurados outros desvios, desta vez da ordem de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos, via emissão de notas fiscais frias de recursos supostamente recebidos pelo Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR).
Ainda que a lista de casos de corrupção na era FHC dê um livro, ficamos por aqui. Mas ela seria um interessante instrumento para refrescar a memória do nosso ex-presidente tucano. Talvez, diante de tantos casos tão constrangedores, Fernando Henrique Cardoso reformulasse suas teorias. Entre as quais a de que escândalo em governo signifique, necessariamente, corrupção sistêmica...
FHC disse em Nova York – e a grande mídia rapidamente reproduziu com grande destaque - que o maior desafio da presidenta Dilma Rousseff seria o de “desmontar o sistema de corrupção e fisiologismo criado para sustentar o governo Lula”. Sua tese é de que a corrupção tornou-se sistêmica a partir – vejam, só! - do governo Lula. E que estaria sem controle sob a batuta dos presidentes eleitos pelo PT.
Chamo aqui o artigo de Mauricio Dias, em Carta Capital desta semana, para responder a esses devaneios de FHC, que cada dia que passa parece padecer mais do mal do udenismo. Ele próprio, que se abriga sob telhado de vidro, lembra o colunista da revista. “(FHC) esquece, de propósito, os “arranjos” financeiros do PSDB para custear as (suas) eleições”, frisa Dias. Entre os quais estaria o conhecido “mensalão mineiro”, do PSDB. “Convenientemente, o ex-presidente tucano passa a borracha na história”.
O texto de Carta Capital traz à lembrança, ainda, as denúncias contra o ex-presidente do Banco do Brasil Ricardo Sérgio, operador financeiro, que teve seu nome associado a denúncias de cobrança de comissão de R$ 15 milhões no processo de privatização da Companhia da Vale do Rio Doce, nos idos de 1997. O denunciante foi ninguém menos que o próprio empresário que liderou a compra da Vale, Benjamin Steinbruch, à revista Veja, em 2002. Carta Capital também menciona Sérgio Motta, tesoureiro e fiel escudeiro de sua campanha em 1994 e articulador da emenda de sua reeleição.
Não faltam exemplos da era FHC
Não faltam outros casos da era FHC, não citados pelo artigo. Entre eles, o da FUNCEF, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal. Em 2001, a Polícia Federal foi solicitada a investigar prejuízos de R$ 450 milhões na entidade em função de negócios ilegais que teriam sido feitos pelo seu presidente, José Fernando de Almeida.
A lista continua. O cioso e combativo governo de FHC, ainda em 1995, extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em seu lugar, criou a “atuante” Controladoria-Geral da União, órgão que em seus governos se especializou em abafar denúncias.
A medida provou-se "providencial", pois elas seriam produzidas às dezenas. Dariam um livro. O contrato para execução do projeto Sistema Integrado de Vigilância da Amazônia (SIVAM), elaborado pelos órgãos de defesa do Brasil, com a finalidade de monitorar o espaço aéreo, é um caso típico. Na época, denúncias de tráfico de influência em prol da empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos, então à frente do cerimonial da presidência, e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.
R$ 1,4 bi em notas frias na SUDENE...
Na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a SUDENE, foram apurados outros desvios, desta vez da ordem de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos, via emissão de notas fiscais frias de recursos supostamente recebidos pelo Fundo de Investimentos do Nordeste (FINOR).
Ainda que a lista de casos de corrupção na era FHC dê um livro, ficamos por aqui. Mas ela seria um interessante instrumento para refrescar a memória do nosso ex-presidente tucano. Talvez, diante de tantos casos tão constrangedores, Fernando Henrique Cardoso reformulasse suas teorias. Entre as quais a de que escândalo em governo signifique, necessariamente, corrupção sistêmica...
4 comentários:
Dentre eles :Existe ainda a lama que está sobre o ex-secretário-geral da Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), Eduardo Jorge, por envolvimento na roubalheira do edifício do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo. E, entre tantos outros, o escândalo de R$ 10 milhões que não teriam sido declarados na campanha para a reeleição de FHC em 1998.Quer mais Farol de Alexandria
O grande problema do FHC é que ele pensa com o intestino e "obra" com o cérebro.
De fato, não podemos nos preocupar com os resultados, venha de onde vier, já que o resultado sempre será o mesmo - estrume.
E ele acha que abafou....lastimavel
C A N A L H A entreguista e invejoso!
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