Por Nivaldo Santana, em seu blog:
Como o ano está próximo do final, vamos praticar o esporte predileto desse período que é passar em revista o que rolou de importante no ano de 2011. Fiquemos no governo Dilma. O balanço do seu primeiro ano de mandato é positivo, sem ser excepcional.
Eleita sob os auspícios da popularidade de Lula, desde o início Dilma tinha um problema essencial a enfrentar: firmar sua autoridade diante de vários cenários: do ministério, em boa medida herdado, da ampla base partidária de sustentação do governo e da sociedade em geral.
Com sua decantada firmeza, Dilma conseguiu transmitir a imagem de domínio das alavancas de comando do país. Os altos índices de popularidade, superiores inclusive ao do governo Lula na comparação do período inicial dos dois governos, parecem atestar um acerto na tática de conquistar credibilidade e apoio.
Os riscos de desgaste com a possibilidade de contágio da crise econômica ainda não surtiram efeito. Em um mundo mergulhado em profunda crise econômica, o país, mesmo com o PIB zero do terceiro trimestre e a lerdeza das mudanças macroeconômicas, mantém ainda razoáveis indicadores de emprego e renda.
Na área social e trabalhista, a presidenta manteve, no geral, a política anterior. Nas relações internacionais, uma certa inflexão pragmática não alterou em profundidade a reorientação diplomática do país. O ponto mais polêmico e incerto, no entanto, foi seguir a partitura midiática na degola de ministros.
Vista em seu conjunto, entre altos e baixos, a média é positiva. Mas alguns desafios se colocam para 2012: reforma ministerial, eleições municipais, reativação econômica e definição de uma agenda positiva que não fique refém do roteiro conservador da mídia oligopolizada.
A reforma ministerial terá sentido se der maior coesão ao governo, manter a ampla base política e social de apoio e desvencilhar-se das armadilhas de uma mídia que se pretende partido político de oposição e intérprete da opinião "pública".
Nas eleições municipais, talvez o maior desafio seja conter a gula exlusivista do seu partido e ter postura ampla e democrática com todos os partidos da base. Acumular forças em 2012, sem fraturar a coalisão, é o melhor caminho para chegar bem na foto em 2014.
Dois problemas importantes: avançar no marco regulatório das comunicações brasileiras, garantindo a pluralidade de opinião e a liberdade de expressão dos diversos setores da sociedade - em uma palavra, enfrentar o monopólio midiático do país.
Segundo, definir os marcos de um pacto desenvolvimentista, que liberte o país das amarras do conservadorismo macreconômico e pavimente o caminho para o crescimento sustentado do PIB ancorado na democracia, soberania e progresso social.
Se der conta desses desafios, a nossa presidenta Dilma poderá deixar o Pelé no banco de reservas por mais uma temporada...
Como o ano está próximo do final, vamos praticar o esporte predileto desse período que é passar em revista o que rolou de importante no ano de 2011. Fiquemos no governo Dilma. O balanço do seu primeiro ano de mandato é positivo, sem ser excepcional.
Eleita sob os auspícios da popularidade de Lula, desde o início Dilma tinha um problema essencial a enfrentar: firmar sua autoridade diante de vários cenários: do ministério, em boa medida herdado, da ampla base partidária de sustentação do governo e da sociedade em geral.
Com sua decantada firmeza, Dilma conseguiu transmitir a imagem de domínio das alavancas de comando do país. Os altos índices de popularidade, superiores inclusive ao do governo Lula na comparação do período inicial dos dois governos, parecem atestar um acerto na tática de conquistar credibilidade e apoio.
Os riscos de desgaste com a possibilidade de contágio da crise econômica ainda não surtiram efeito. Em um mundo mergulhado em profunda crise econômica, o país, mesmo com o PIB zero do terceiro trimestre e a lerdeza das mudanças macroeconômicas, mantém ainda razoáveis indicadores de emprego e renda.
Na área social e trabalhista, a presidenta manteve, no geral, a política anterior. Nas relações internacionais, uma certa inflexão pragmática não alterou em profundidade a reorientação diplomática do país. O ponto mais polêmico e incerto, no entanto, foi seguir a partitura midiática na degola de ministros.
Vista em seu conjunto, entre altos e baixos, a média é positiva. Mas alguns desafios se colocam para 2012: reforma ministerial, eleições municipais, reativação econômica e definição de uma agenda positiva que não fique refém do roteiro conservador da mídia oligopolizada.
A reforma ministerial terá sentido se der maior coesão ao governo, manter a ampla base política e social de apoio e desvencilhar-se das armadilhas de uma mídia que se pretende partido político de oposição e intérprete da opinião "pública".
Nas eleições municipais, talvez o maior desafio seja conter a gula exlusivista do seu partido e ter postura ampla e democrática com todos os partidos da base. Acumular forças em 2012, sem fraturar a coalisão, é o melhor caminho para chegar bem na foto em 2014.
Dois problemas importantes: avançar no marco regulatório das comunicações brasileiras, garantindo a pluralidade de opinião e a liberdade de expressão dos diversos setores da sociedade - em uma palavra, enfrentar o monopólio midiático do país.
Segundo, definir os marcos de um pacto desenvolvimentista, que liberte o país das amarras do conservadorismo macreconômico e pavimente o caminho para o crescimento sustentado do PIB ancorado na democracia, soberania e progresso social.
Se der conta desses desafios, a nossa presidenta Dilma poderá deixar o Pelé no banco de reservas por mais uma temporada...
1 comentários:
miro, não estou conseguindo compartilhar (no facebook) os textos publicados em seu blog. acredito haver algum problema. verifique, por gentileza! abraço.
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