Editorial do sítio Vermelho:
A liberdade de expressão na internet viveu uma batalha de importância histórica quando sítios como a Wikipedia e o Google promoveram um protesto (quarta feria, dia 18) contra dois projetos de leis que tramitam no Congresso dos EUA e, a pretexto de combater a pirataria, reforçam os privilégios de grandes empresas provedoras de conteúdo e estabelecem a censura pura e simples na rede.
Os projetos Stop Online Piracy Act (Sopa - em uma tradução livre, Lei para parar a pirataria online) e Protect IP Act (Pipa, ou Lei de proteção da propriedade intelectual) atendem às pressões empresas de entretenimento, editoras, indústria farmacêutica e outras empresas. Eles o uso da internet a uma legislação draconiana que prevê desde a suspensão de sítios e provedores até a prisão pura e simples de internautas acusados de pirataria.
A adesão ao protesto revelou uma força que os autores daqueles projetos restritivos e de censura não esperavam, e provocou o recuo acentuado de vários dos senadores e deputados que o defendiam, ante o clamor público contra a ameaça de censura e limitações ao uso da rede representada pelas leis pretendidas.
O protesto teve a adesão de milhões de pessoas que assinaram as petições do Google (4,5 milhões só na quarta feira), do Avaaz.org (quase 1,5 milhões) além de outras que somaram mais três milhões de adesões ao protesto contra aqueles projetos de lei restritivos à liberdade na internet. Além deles, quase 40 mil blogs se juntaram ao protesto. As manifestações extrapolaram o espaço eletrônico e muita gente saiu às ruas, em Nova York e São Francisco, para manifestar seu inconformismo contra a censura na internet.
O embate expõe uma das grandes contradições da internet. Há uma verdadeira ideologia “eletrônica” que a apresenta como um campo de liberdade, ampliação do conhecimento e informação. E ela é de fato uma ferramenta de disseminação de notícias e pressão pública que se fortaleceu muito nos últimos anos.
Os representantes de empresas provedoras de conteúdo, entretanto, não encaram assim e pretendem preservar seus privilégios e lucros neste espaço público novo representado pela internet. Pretendem transformá-la numa ferramenta de negócios, da mesma maneira como já fizeram com outros meios de comunicação, como a televisão.
Esta é a questão em jogo. A internet só será um meio para fortalecer a democracia e o conhecimento se estiver livre da interferência de governos e dos interesses dos grandes capitalistas cujos lucros se baseiam no controle da informação, do conhecimento e do lazer. Se estiver livre da censura e da ganância do capital.
A liberdade de expressão na internet viveu uma batalha de importância histórica quando sítios como a Wikipedia e o Google promoveram um protesto (quarta feria, dia 18) contra dois projetos de leis que tramitam no Congresso dos EUA e, a pretexto de combater a pirataria, reforçam os privilégios de grandes empresas provedoras de conteúdo e estabelecem a censura pura e simples na rede.
Os projetos Stop Online Piracy Act (Sopa - em uma tradução livre, Lei para parar a pirataria online) e Protect IP Act (Pipa, ou Lei de proteção da propriedade intelectual) atendem às pressões empresas de entretenimento, editoras, indústria farmacêutica e outras empresas. Eles o uso da internet a uma legislação draconiana que prevê desde a suspensão de sítios e provedores até a prisão pura e simples de internautas acusados de pirataria.
A adesão ao protesto revelou uma força que os autores daqueles projetos restritivos e de censura não esperavam, e provocou o recuo acentuado de vários dos senadores e deputados que o defendiam, ante o clamor público contra a ameaça de censura e limitações ao uso da rede representada pelas leis pretendidas.
O protesto teve a adesão de milhões de pessoas que assinaram as petições do Google (4,5 milhões só na quarta feira), do Avaaz.org (quase 1,5 milhões) além de outras que somaram mais três milhões de adesões ao protesto contra aqueles projetos de lei restritivos à liberdade na internet. Além deles, quase 40 mil blogs se juntaram ao protesto. As manifestações extrapolaram o espaço eletrônico e muita gente saiu às ruas, em Nova York e São Francisco, para manifestar seu inconformismo contra a censura na internet.
O embate expõe uma das grandes contradições da internet. Há uma verdadeira ideologia “eletrônica” que a apresenta como um campo de liberdade, ampliação do conhecimento e informação. E ela é de fato uma ferramenta de disseminação de notícias e pressão pública que se fortaleceu muito nos últimos anos.
Os representantes de empresas provedoras de conteúdo, entretanto, não encaram assim e pretendem preservar seus privilégios e lucros neste espaço público novo representado pela internet. Pretendem transformá-la numa ferramenta de negócios, da mesma maneira como já fizeram com outros meios de comunicação, como a televisão.
Esta é a questão em jogo. A internet só será um meio para fortalecer a democracia e o conhecimento se estiver livre da interferência de governos e dos interesses dos grandes capitalistas cujos lucros se baseiam no controle da informação, do conhecimento e do lazer. Se estiver livre da censura e da ganância do capital.
1 comentários:
Parece ironia não fosse apenas estupidez: mas não é exatamente o que o Comunismo quer, censurar tudo o que os comunistas querem censurar? Entendi, só os outros não podem censurar, fazer terrorrismo, torturar etc... os comunistas PODEM.
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