Por José Reinaldo Carvalho, no sítio Vermelho:
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), representante dos latifundiários e do setor monopolista-exportador da agricultura capitalista, senadora Kátia Abreu (PSD-TO), disse nesta segunda-feira (30), no Rio de Janeiro, que a “insegurança jurídica e a logística no país”, que considerou “impraticável”, são desafios que o Brasil terá de vencer para que o agronegócio possa prosperar ainda mais. De quebra atacou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
As declarações foram feitas durante solenidade comemorativa dos 115 anos da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), que foi o berço da CNA, antro do que há de mais conservador e reacionário na sociedade brasileira.
Abreu avaliou que a presidente Dilma Rousseff a tem surpreendido de forma positiva na construção de um novo modelo de política agrícola para o país. Criticou, porém, que as preocupações do Executivo têm se concentrado ainda nas contingências de curto prazo, como câmbio, crédito e inflação, deixando de lado “questões cruciais, estruturais”.
“Se não partirmos para as reformas estruturantes”, como as reformas política, da Previdência e tributária, “o Brasil não vai andar como deveria”.
A senadora aproveitou a solenidade para criticar alguns órgãos do governo federal que, na opinião dela, não cumprem o papel que a sociedade espera e acabam se envolvendo em escândalos. Para ela, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), entre outros, servem apenas “para desvio de recursos” e para nomeação de pessoas que não têm projetos nem compromissos com o país.
A parlamentar conservadora exigiu mais privilégios do governo. “O grande desafio é planejar o agronegócio para 2020, tentar minimizar os gargalos para que nós possamos chegar lá como o maior produtor e maior exportador de alimentos do mundo. E nós temos condições para isso, de forma sustentável, sem precisar desmatar uma árvore. Basta nós implementarmos fertilização nas nossas áreas, elaborarmos grandes planos de negócios, direcionarmos os produtores para as atividades corretas, que nós podemos aumentar a produção”.
Destacou que documentos, decretos e instruções normativas, “que o governo emite todos os dias”, agravam a questão da ”insegurança jurídica” no que diz respeito, por exemplo, às ”invasões” de fazendas e ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A senadora direitista do PSD do Tocantins, ex-DEM, tripudiou sobre a organização social, dizendo que o MST está em “descrédito”. E na linha reacionária e policialesca das classes dominantes deu a senha para a criminalização da luta social. “Invasão é crime e a sociedade não abre mão disso.”
Kátia Abreu dá a sua visão de classe. Damos a nossa
Crimes são os assassinatos de trabalhadores rurais e a perpetuação de um modelo de “desenvolvimento” agrícola lesivo aos interesses nacionais e populares, que expulsa milhões de camponeses das suas terras e priva-lhes dos meios de trabalho e sustento. O modelo defendido pela senadora pessedista favorece os grandes latifundiários e os monopólios exportadores das chamadas commodities, em aliança com o capital financeiro. Um setor que prega a “liberdade de mercado”, mas vive pendurado nas tetas do governo em busca de privilégios, subsídios e concessões.
O Brasil precisa, sim, de reformas estruturais, mas não as preconizadas pela senadora direitista que representa no Congresso Nacional os interesses dos grandes proprietários. No que diz respeito ao campo, o país precisa de uma reforma agrária antilatifundiária. Quanto ao modelo de desenvolvimento agrícola, é necessário libertar o país do condicionamento de produzir para atender aos ciclos da demanda externa.
As declarações da senadora dos latifundiários constituem mais uma provocação da direita nacional, que cada vez mais pretende pautar o governo e pressioná-lo no sentido de promover não reformas, mas mudanças regressivas no país. É hora de os movimentos sindicais e populares das cidades e do campo convergirem em torno de plataformas de ação para pôr na ordem do dia a luta em defesa das reformas estruturais progressistas que a nação reclama.
A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), representante dos latifundiários e do setor monopolista-exportador da agricultura capitalista, senadora Kátia Abreu (PSD-TO), disse nesta segunda-feira (30), no Rio de Janeiro, que a “insegurança jurídica e a logística no país”, que considerou “impraticável”, são desafios que o Brasil terá de vencer para que o agronegócio possa prosperar ainda mais. De quebra atacou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
As declarações foram feitas durante solenidade comemorativa dos 115 anos da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), que foi o berço da CNA, antro do que há de mais conservador e reacionário na sociedade brasileira.
Abreu avaliou que a presidente Dilma Rousseff a tem surpreendido de forma positiva na construção de um novo modelo de política agrícola para o país. Criticou, porém, que as preocupações do Executivo têm se concentrado ainda nas contingências de curto prazo, como câmbio, crédito e inflação, deixando de lado “questões cruciais, estruturais”.
“Se não partirmos para as reformas estruturantes”, como as reformas política, da Previdência e tributária, “o Brasil não vai andar como deveria”.
A senadora aproveitou a solenidade para criticar alguns órgãos do governo federal que, na opinião dela, não cumprem o papel que a sociedade espera e acabam se envolvendo em escândalos. Para ela, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), entre outros, servem apenas “para desvio de recursos” e para nomeação de pessoas que não têm projetos nem compromissos com o país.
A parlamentar conservadora exigiu mais privilégios do governo. “O grande desafio é planejar o agronegócio para 2020, tentar minimizar os gargalos para que nós possamos chegar lá como o maior produtor e maior exportador de alimentos do mundo. E nós temos condições para isso, de forma sustentável, sem precisar desmatar uma árvore. Basta nós implementarmos fertilização nas nossas áreas, elaborarmos grandes planos de negócios, direcionarmos os produtores para as atividades corretas, que nós podemos aumentar a produção”.
Destacou que documentos, decretos e instruções normativas, “que o governo emite todos os dias”, agravam a questão da ”insegurança jurídica” no que diz respeito, por exemplo, às ”invasões” de fazendas e ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A senadora direitista do PSD do Tocantins, ex-DEM, tripudiou sobre a organização social, dizendo que o MST está em “descrédito”. E na linha reacionária e policialesca das classes dominantes deu a senha para a criminalização da luta social. “Invasão é crime e a sociedade não abre mão disso.”
Kátia Abreu dá a sua visão de classe. Damos a nossa
Crimes são os assassinatos de trabalhadores rurais e a perpetuação de um modelo de “desenvolvimento” agrícola lesivo aos interesses nacionais e populares, que expulsa milhões de camponeses das suas terras e priva-lhes dos meios de trabalho e sustento. O modelo defendido pela senadora pessedista favorece os grandes latifundiários e os monopólios exportadores das chamadas commodities, em aliança com o capital financeiro. Um setor que prega a “liberdade de mercado”, mas vive pendurado nas tetas do governo em busca de privilégios, subsídios e concessões.
O Brasil precisa, sim, de reformas estruturais, mas não as preconizadas pela senadora direitista que representa no Congresso Nacional os interesses dos grandes proprietários. No que diz respeito ao campo, o país precisa de uma reforma agrária antilatifundiária. Quanto ao modelo de desenvolvimento agrícola, é necessário libertar o país do condicionamento de produzir para atender aos ciclos da demanda externa.
As declarações da senadora dos latifundiários constituem mais uma provocação da direita nacional, que cada vez mais pretende pautar o governo e pressioná-lo no sentido de promover não reformas, mas mudanças regressivas no país. É hora de os movimentos sindicais e populares das cidades e do campo convergirem em torno de plataformas de ação para pôr na ordem do dia a luta em defesa das reformas estruturais progressistas que a nação reclama.
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