Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
O volume de greves em 2009 e 2010 foi o maior desde 2004, segundo o Dieese. Além disso, as paralisações mostram outra diferença inclusive em relação aos anos 1990 e início dos 2000, ao tornar-se mais propositivas (ou seja, para conquistar direitos) do que defensivas (para manter os já existentes). De acordo com o estudo divulgado hoje (16), a maioria das greves tem duração relativamente curta (até cinco dias). Em 2010, a maior parte (60%) aconteceu no setor público. Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram de greves em cada ano.
Foram 446 paralisações em 2010, ante 518 no ano anterior, redução de 14%. Mas o número de horas paradas aumentou 29% de um ano para o outro (de 34.730 para 44.910). Do total de horas em 2010, 85% foram na esfera pública. Segundo o Dieese, o aumento do total de horas paradas no caso do funcionalismo público federal está relacionado à diminuição do número de “greves de advertência”, caracterizadas pela suspensão do trabalho por um dia ou algumas horas: esse tipo de paralisação passou no funcionalismo federal de 60%, em 2009, para 26% em 2010. Já a participação do número de horas paradas no setor privado caiu de 27% do total para 15%.
“A ausência de regulamentação da negociação coletiva de trabalho no setor público é um fator importante para explicar essa discrepância entre os totais de horas paradas nas esferas pública e privada”, diz o Dieese. “Dada a inexistência de data-base para a renovação das normas que regem as condições de trabalho, a paralisação das atividades no setor público é, muitas vezes, um instrumento para pressionar a abertura das negociações com o empregador. E raramente as negociações têm início de imediato.”
Em 2009, o número de greves no setor privado (266) superou as paralisações na área pública (251), mas a situação se inverteu no ano seguinte. Os movimentos na esfera privada caíram 34% de um ano para o outro, com queda mais acentuada na indústria – de 149 greves, em 2009, para 97. No setor público (aumento de 7%), houve aumento de 15 para 23 no âmbito federal e de 91 para 122 no municipal.
Quanto à duração, 67% das paralisações de 2009 e 60% das registradas em 2010 não ultrapassaram cinco dias. Esse intervalo foi mais comum no setor privado (80% e 74%, respectivamente). No setor público, apesar de prevalecerem as greves com essa duração, é mais comum a ocorrência de paralisações mais longas. Os movimentos com mais de 30 dias, que representaram 11% do total em 2010, chegaram a 19% na esfera pública.
A pesquisa mostra maioria de greves propositivas tanto em 2009 (349, ou 67% do total) como 2010 (353, 79%). O número de greves defensivas (por manutenção das condições vigentes ou contra descumprimento de direitos) caiu de 253 para 203. Entre as principais reivindicações estão reajuste salarial (51% em 2009 e 48% em 2010), plano de cargos e salários (18% e 27%, respectivamente) e auxílio-alimentação (19% e 22%). Na indústria privada, cresce o número de paralisações por participação nos lucros ou resultados (PLR).
O volume de greves em 2009 e 2010 foi o maior desde 2004, segundo o Dieese. Além disso, as paralisações mostram outra diferença inclusive em relação aos anos 1990 e início dos 2000, ao tornar-se mais propositivas (ou seja, para conquistar direitos) do que defensivas (para manter os já existentes). De acordo com o estudo divulgado hoje (16), a maioria das greves tem duração relativamente curta (até cinco dias). Em 2010, a maior parte (60%) aconteceu no setor público. Mais de 1,5 milhão de trabalhadores participaram de greves em cada ano.
Foram 446 paralisações em 2010, ante 518 no ano anterior, redução de 14%. Mas o número de horas paradas aumentou 29% de um ano para o outro (de 34.730 para 44.910). Do total de horas em 2010, 85% foram na esfera pública. Segundo o Dieese, o aumento do total de horas paradas no caso do funcionalismo público federal está relacionado à diminuição do número de “greves de advertência”, caracterizadas pela suspensão do trabalho por um dia ou algumas horas: esse tipo de paralisação passou no funcionalismo federal de 60%, em 2009, para 26% em 2010. Já a participação do número de horas paradas no setor privado caiu de 27% do total para 15%.
“A ausência de regulamentação da negociação coletiva de trabalho no setor público é um fator importante para explicar essa discrepância entre os totais de horas paradas nas esferas pública e privada”, diz o Dieese. “Dada a inexistência de data-base para a renovação das normas que regem as condições de trabalho, a paralisação das atividades no setor público é, muitas vezes, um instrumento para pressionar a abertura das negociações com o empregador. E raramente as negociações têm início de imediato.”
Em 2009, o número de greves no setor privado (266) superou as paralisações na área pública (251), mas a situação se inverteu no ano seguinte. Os movimentos na esfera privada caíram 34% de um ano para o outro, com queda mais acentuada na indústria – de 149 greves, em 2009, para 97. No setor público (aumento de 7%), houve aumento de 15 para 23 no âmbito federal e de 91 para 122 no municipal.
Quanto à duração, 67% das paralisações de 2009 e 60% das registradas em 2010 não ultrapassaram cinco dias. Esse intervalo foi mais comum no setor privado (80% e 74%, respectivamente). No setor público, apesar de prevalecerem as greves com essa duração, é mais comum a ocorrência de paralisações mais longas. Os movimentos com mais de 30 dias, que representaram 11% do total em 2010, chegaram a 19% na esfera pública.
A pesquisa mostra maioria de greves propositivas tanto em 2009 (349, ou 67% do total) como 2010 (353, 79%). O número de greves defensivas (por manutenção das condições vigentes ou contra descumprimento de direitos) caiu de 253 para 203. Entre as principais reivindicações estão reajuste salarial (51% em 2009 e 48% em 2010), plano de cargos e salários (18% e 27%, respectivamente) e auxílio-alimentação (19% e 22%). Na indústria privada, cresce o número de paralisações por participação nos lucros ou resultados (PLR).
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