Por José Dirceu, em seu blog:
Em seu comentário domingueiro sobre a própria Folha de S. Paulo e a mídia em geral, sob o titulo "Tema proibido", a ombudsman do jornal, Suzana Singer, levanta corretamente algumas questões e coloca o dedo na ferida que continua sangrando enquanto a mídia não divulgar todos os áudios sobre as relações de Veja com Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres.
Por que a Folha e outros veículos não publicam, então, os áudios envolvendo a revista, como já o fizeram com os diálogos que dizem respeito à Delta e a outros envolvidos no escândalo Cachoeira? Por que não cumprem plenamente sua missão jornalística, deixando o leitor formar sua própria opinião?
Há outras perguntas, formuladas pela ombudsman: Foram oferecidas vantagens à fonte? O jornalista sabia como as informações eram obtidas? Tinha conhecimento da relação próxima de Cachoeira com o senador Demóstenes?
Como chefe da sucursal da Veja em Brasília, certamente o jornalista Policarpo Jr., de Veja, tinha conhecimento que seu subordinado tentou invadir meu apartamento no Hotel Naoum e que as imagens foram obtidas de forma ilegal. É publico e notório também que o jornalista sabia que o senador do DEM – ícone da luta contra a corrupção da própria revista e da maioria da mídia – tinha relações não políticas e ilegais com Carlos Cachoeira.
Mais grave, ainda: o inquérito da Polícia Federal deixa claro o relacionamento de Cachoeira com Policarpo Jr. para troca de informações e interesses posteriormente estampados nas reportagens da revista, como por exemplo nas matérias do DNIT e do Ministério dos Transportes.
Imagens em troca de reportagens
O próprio delegado responsável pelo inquérito da operação Monte Carlo afirma que Cachoeira obteve e liberou imagens ligadas à tentativa de invasão do meu apartamento no hotel em troca de reportagens favoráveis aos seus negócios ilícitos. Para favorecê-lo – a ele, Cachoeira, e a seu grupo –, e para a revista produzir capas com denúncias com objetivos políticos, não importando os métodos ilegais como foi o caso das matérias sobre o Hotel Naoum.
Nesse episódio, o jornalista pego em flagrante é réu confesso. Só não foi condenado porque o Juiz e o Ministério Público entenderam – acreditem se quiserem! – que não houve crime, mas apenas uma tentativa, já que a camareira impediu que o réu confesso invadisse meu apartamento. Imaginem se fosse o contrário!
Fica evidente o conluio entre Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres e a citada revista para produzir matérias com o objetivo de desestabilizar o governo em troca de reportagens/notas favoráveis aos interesses da dupla agora acusada de vários crimes.
De qualquer forma concordamos com a ombudsman: cabe ao leitor e cidadão decidir. Que publiquem então todos os áudios e não apenas aqueles que resultem, de novo, da manipulação a serviço de interesses políticos, quando não criminosos, convenientes apenas aos que travam disputa sobre os rumos da CPI. Com todas as cartas na mesa os próprios leitores poderão chegar às suas próprias conclusões. Afinal, é este o papel da imprensa. Ou não é?
Por que a Folha e outros veículos não publicam, então, os áudios envolvendo a revista, como já o fizeram com os diálogos que dizem respeito à Delta e a outros envolvidos no escândalo Cachoeira? Por que não cumprem plenamente sua missão jornalística, deixando o leitor formar sua própria opinião?
Há outras perguntas, formuladas pela ombudsman: Foram oferecidas vantagens à fonte? O jornalista sabia como as informações eram obtidas? Tinha conhecimento da relação próxima de Cachoeira com o senador Demóstenes?
Como chefe da sucursal da Veja em Brasília, certamente o jornalista Policarpo Jr., de Veja, tinha conhecimento que seu subordinado tentou invadir meu apartamento no Hotel Naoum e que as imagens foram obtidas de forma ilegal. É publico e notório também que o jornalista sabia que o senador do DEM – ícone da luta contra a corrupção da própria revista e da maioria da mídia – tinha relações não políticas e ilegais com Carlos Cachoeira.
Mais grave, ainda: o inquérito da Polícia Federal deixa claro o relacionamento de Cachoeira com Policarpo Jr. para troca de informações e interesses posteriormente estampados nas reportagens da revista, como por exemplo nas matérias do DNIT e do Ministério dos Transportes.
Imagens em troca de reportagens
O próprio delegado responsável pelo inquérito da operação Monte Carlo afirma que Cachoeira obteve e liberou imagens ligadas à tentativa de invasão do meu apartamento no hotel em troca de reportagens favoráveis aos seus negócios ilícitos. Para favorecê-lo – a ele, Cachoeira, e a seu grupo –, e para a revista produzir capas com denúncias com objetivos políticos, não importando os métodos ilegais como foi o caso das matérias sobre o Hotel Naoum.
Nesse episódio, o jornalista pego em flagrante é réu confesso. Só não foi condenado porque o Juiz e o Ministério Público entenderam – acreditem se quiserem! – que não houve crime, mas apenas uma tentativa, já que a camareira impediu que o réu confesso invadisse meu apartamento. Imaginem se fosse o contrário!
Fica evidente o conluio entre Carlos Cachoeira-Demóstenes Torres e a citada revista para produzir matérias com o objetivo de desestabilizar o governo em troca de reportagens/notas favoráveis aos interesses da dupla agora acusada de vários crimes.
De qualquer forma concordamos com a ombudsman: cabe ao leitor e cidadão decidir. Que publiquem então todos os áudios e não apenas aqueles que resultem, de novo, da manipulação a serviço de interesses políticos, quando não criminosos, convenientes apenas aos que travam disputa sobre os rumos da CPI. Com todas as cartas na mesa os próprios leitores poderão chegar às suas próprias conclusões. Afinal, é este o papel da imprensa. Ou não é?
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