Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
O título acima não está errado, não. O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin anunciaram a revogação temporária do preço das passagens de ônibus, metrô e trem em São Paulo na noite desta quarta (19) – o valor volta a R$ 3,00 na próxima segunda. O prefeito Eduardo Paes também comunicou a revogação do aumento da tarifa de ônibus na capital carioca.
Fizeram isso por que acreditam que essa é a melhor política a ser adotada? Não, eles criticaram a medida várias vezes nas últimas semanas. Foi por conta da pressão de centenas de milhares de pessoas que tomaram as ruas de ambas as capitais. Pessoas que, muitas vezes, protestaram sob chuva de gás lacrimogênio, balas de borracha, gás de pimenta, cacetetes, detenções ilegais. E também por conta dos debates que tomaram as redes sociais, além de escolas, bares, casas, campos de futebol.
“A revogação feita pelo poder público, hoje, evidencia que a população quando se mobiliza tem força. E também traz o debate sobre transporte ao lugar que ele tem que estar, que é a esfera política. O debate não é uma questão técnica, mas sim política. A discussão sobre tarifa de ônibus é uma discussão sobre a cidade”, afirmou Lucas Oliveira, integrante do Movimento Passe Livre. E adianta: “A disputa política continua. Não começou em Salvador, em 2003, ou em Florianópolis, em 2004, e não vai terminar agora”. O movimento também defende a tarifa zero para o transporte público nas cidades.
Da minha parte, gostaria de dar parabéns ao Movimento Passe Livre, que fomentou esse processo, sendo uma referência para os jovens manifestantes desde o começo. E parabéns a quem acreditou e se mobilizou.
Isso serve para que a geração que está no poder nunca mais se esqueça da força do povo quando ele se conscientiza, se organiza. E vai às ruas.
O título acima não está errado, não. O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin anunciaram a revogação temporária do preço das passagens de ônibus, metrô e trem em São Paulo na noite desta quarta (19) – o valor volta a R$ 3,00 na próxima segunda. O prefeito Eduardo Paes também comunicou a revogação do aumento da tarifa de ônibus na capital carioca.
Fizeram isso por que acreditam que essa é a melhor política a ser adotada? Não, eles criticaram a medida várias vezes nas últimas semanas. Foi por conta da pressão de centenas de milhares de pessoas que tomaram as ruas de ambas as capitais. Pessoas que, muitas vezes, protestaram sob chuva de gás lacrimogênio, balas de borracha, gás de pimenta, cacetetes, detenções ilegais. E também por conta dos debates que tomaram as redes sociais, além de escolas, bares, casas, campos de futebol.
“A revogação feita pelo poder público, hoje, evidencia que a população quando se mobiliza tem força. E também traz o debate sobre transporte ao lugar que ele tem que estar, que é a esfera política. O debate não é uma questão técnica, mas sim política. A discussão sobre tarifa de ônibus é uma discussão sobre a cidade”, afirmou Lucas Oliveira, integrante do Movimento Passe Livre. E adianta: “A disputa política continua. Não começou em Salvador, em 2003, ou em Florianópolis, em 2004, e não vai terminar agora”. O movimento também defende a tarifa zero para o transporte público nas cidades.
Da minha parte, gostaria de dar parabéns ao Movimento Passe Livre, que fomentou esse processo, sendo uma referência para os jovens manifestantes desde o começo. E parabéns a quem acreditou e se mobilizou.
Isso serve para que a geração que está no poder nunca mais se esqueça da força do povo quando ele se conscientiza, se organiza. E vai às ruas.
2 comentários:
RUI FALCÃO: PT VAI
ÀS RUAS COM O MPL
Publicado em 19/06/2013
RUI FALCÃO: PT VAI
ÀS RUAS COM O MPL
“Quem disse que o PT tem medo de rua ?”
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O ansioso blogueiro conversou por telefone com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, logo após Alckmin e Haddad anunciarem que tinham revogado o aumento das passagens.
(O prefeito do Rio anunciou, também, uma redução.)
O que se segue é uma reprodução não literal da entrevista.
O ansioso blogueiro perguntou o que se passou entre o meio dia desta quarta-feira – quando Haddad foi firme e não anunciou a redução na tarifa – e o inicio da noite quando anunciou.
Falcão acredita que Haddad se sensibilizou com os argumentos expostos na reunião do Conselho Social; com a pressão social e os sentimentos de uma parte dos manifestantes que, legitimamente, reclamam da qualidade dos transportes; e, por fim, com os argumentos do próprio PT.
Rui esteve com Haddad à tarde e é possível que, aí, tenham sido analisadas, também, considerações do “conselheiro” Lula.
O que está em jogo, diz ele, não são os R$ 0,20, apenas.
É mais complexo e envolve todos os entes federados, disse.
Está em curso um PAC da Mobilidade, com R$ 33 bilhões.
A desoneração do PIS e do Cofins e nas folhas.
O Congresso analisa a renegociação da dívida dos municípios – e o Ministro Mantega teve uma reunião ontem sobre isso – e, com relatoria do senador Lindembergh, uma proposta de tirar o ICMS dos pneus, do óleo diesel e dos carros para transporte metropolitano.
Só as desonerações para transportes chegam a R$ 60 bilhões.
Mas, é bom não esquecer que o Haddad cumpre o que prometeu.
Ele está abrindo corredores, duplicando vias de acesso.
Haddad não falou em tarifa zero.
Não deu aumento de tarifa de ônibus acima da inflação.
E ele tenta antecipar a entrada em vigor do bilhete único mensal de novembro para mais cedo.
O PT vai participar mais ativamente do movimento nas ruas.
Para não deixar que a Direita e a Globo tomem conta: “para não dirigir para outro rumo”.
O movimento, porém, não pode repudiar os partidos políticos.
Por isso, o PT vai amanhã para a Avenida Paulista, com bandeira e tudo.
Porque o PT luta pela reforma política.
Pela democratização dos meios de comunicação.
E isso tudo tem que ser exposto.
O movimento pelo redução da tarifa foi infiltrado pela Direita, com o que o Cerra chamou de “Cansei pra valer”.
É bom não esquecer que a esquerda começou o movimento para protestar contra o Allende, a Direita tomou conta e o Allende caiu.
“Onde já se viu o PT ter medo de gente na rua ?”, perguntou ele.
“Nós vamos amanhã – quinta-feira – para a Paulista com as nossas cores e as nossas bandeiras.”
Porque no Congresso só não avança.
O Movimento pelo Passe Livre procurou o MST para ajudar na manifestação de amanhã, para evitar os vândalos e o desvirtuamento.
O MST topou ajudar.
Mas, ponderou: que história é essa de não ter partido ?
Se não tem bandeira, não tem carro de som, não tem palavra de ordem com hierarquia, não tem organização, não tem voz de comando.
E que história é essa de falar mal da classe média ?
“Nós não somos o Partido que botou 40 milhões de pessoas na classe media ?”
“Não estamos festejando essa ascensão ?”
“Vamos caminhar junto com esse movimento, com a classe média.”
“Não temos medo da rua.”
Paulo Henrique Amorim
No blog Outras Palavras tem uma materia:Como as empresas de onibus maquiam os custos (acho que eh esse o titulo, basta procurar bem). A materia eh muito esclarecedora sobre os empresarios dos transportes.
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