Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Nem os governadores e prefeitos de capitais reunidos no Palácio do Planalto, na semana passada, nem os 36 ministros (três faltaram) que foram ouvir a presidente Dilma Rousseff na Granja do Torto sobre a reforma política, na última segunda-feira, nem os líderes dos partidos aliados (só sobraram PT e PC do B no apoio discreto à proposta), parece que ninguém se animou a defender o plebiscito ainda este ano.
A cada dia, surgem novas dificuldades para que os eleitores possam votar a reforma e o Congresso aprova-la antes do dia 5 de outubro, o prazo fatal para que as mudanças entrem em vigor já nas próximas eleições. É jogo jogado - e o governo perdeu a parada.
Do prazo de 70 dias solicitado pelo TSE para organizar o plebiscito à falta de consenso no Congresso sobre as questões que devem constar na urna eletrônica, tudo conspira contra a iniciativa de Dilma, que está ficando cada vez mais sozinha, faltando ainda um ano e meio de mandato.
O fato é que os parlamentares não querem abrir mão da prerrogativa de fazer a reforma política do seu gosto e em benefício próprio - e não têm nenhuma pressa em mudar o sistema político-partidário-eleitoral.
Faz mais de duas décadas que ameaçam votar alguma mudança, emendas sobre o tema se acumulam nas prateleiras e, em meio a qualquer crise, o assunto volta aos discursos na tribuna, como a grande solução para todos os problemas nacionais, mas nada acontece.
Dei aqui mesmo os parabéns à presidente Dilma por seu ato de coragem no dia em que ela incluiu a reforma política entre as cinco prioridades apresentadas na reunião com prefeitos e governadores e cheguei a me animar com a ideia. A realidade dos fatos, porém, mostra a inviabilidade de se fazer a consulta popular, pelo menos ainda este ano.
O plebiscito em 2013 já tem até dia marcado para cair do telhado e sumir de cena: os líderes na Câmara marcaram uma reunião para a próxima terça-feira quando decidirão o destino que vão dar à proposta de Dilma. Adivinhem qual será?
Como o mais provável é derrubar a ideia da presidente, já que a maioria defende uma reforma política criada no Congresso e depois submetida a referendo, devem aprovar o "Plano B" de Henrique Alves, aquele presidente da Câmara que pede jatinhos da FAB para passear como quem chama um táxi (leia no blog do Heródoto Barbeiro): montar mais uma comissão especial para apresentar uma proposta em 90 dias.
Se depender deles, já sabemos, podemos tirar o cavalinho da chuva que nada vai mudar.
A cada dia, surgem novas dificuldades para que os eleitores possam votar a reforma e o Congresso aprova-la antes do dia 5 de outubro, o prazo fatal para que as mudanças entrem em vigor já nas próximas eleições. É jogo jogado - e o governo perdeu a parada.
Do prazo de 70 dias solicitado pelo TSE para organizar o plebiscito à falta de consenso no Congresso sobre as questões que devem constar na urna eletrônica, tudo conspira contra a iniciativa de Dilma, que está ficando cada vez mais sozinha, faltando ainda um ano e meio de mandato.
O fato é que os parlamentares não querem abrir mão da prerrogativa de fazer a reforma política do seu gosto e em benefício próprio - e não têm nenhuma pressa em mudar o sistema político-partidário-eleitoral.
Faz mais de duas décadas que ameaçam votar alguma mudança, emendas sobre o tema se acumulam nas prateleiras e, em meio a qualquer crise, o assunto volta aos discursos na tribuna, como a grande solução para todos os problemas nacionais, mas nada acontece.
Dei aqui mesmo os parabéns à presidente Dilma por seu ato de coragem no dia em que ela incluiu a reforma política entre as cinco prioridades apresentadas na reunião com prefeitos e governadores e cheguei a me animar com a ideia. A realidade dos fatos, porém, mostra a inviabilidade de se fazer a consulta popular, pelo menos ainda este ano.
O plebiscito em 2013 já tem até dia marcado para cair do telhado e sumir de cena: os líderes na Câmara marcaram uma reunião para a próxima terça-feira quando decidirão o destino que vão dar à proposta de Dilma. Adivinhem qual será?
Como o mais provável é derrubar a ideia da presidente, já que a maioria defende uma reforma política criada no Congresso e depois submetida a referendo, devem aprovar o "Plano B" de Henrique Alves, aquele presidente da Câmara que pede jatinhos da FAB para passear como quem chama um táxi (leia no blog do Heródoto Barbeiro): montar mais uma comissão especial para apresentar uma proposta em 90 dias.
Se depender deles, já sabemos, podemos tirar o cavalinho da chuva que nada vai mudar.
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