Por Mauro Santayana, em seu blog:
Na reunião da Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, a Presidente Dilma discutiu, entre outros assuntos, a construção de um novo cabo ótico ligando diretamente a América do Sul à Europa, sem passar pelos EUA.
Teoricamente, a intenção é aumentar a segurança das comunicações entre os dois continentes, evitando que os dados sejam facilmente interceptados pelos norte-americanos.
O cabo teria participação da Telebras, pelo lado brasileiro, e da empresa espanhola Islalink. Redes de comunicação de alta velocidade para se conectar com o mundo são, hoje, uma necessidade estratégica.
O Brasil já se associou a outros países sul-americanos, para a construção do Anel Ótico da UNASUL.
E, infelizmente, a Telebras, por falta de recursos – argumento inaceitável quando o BNDES empresta bilhões para multinacionais como a Vivo – acaba de retirar-se de uma parceria com a Angola Cables para construir um cabo ótico entre o Brasil e o continente africano.
O cabo Brasil-Europa pode ser uma boa ideia, mas teria sido melhor se a Telebras tivesse se associado a uma companhia estatal do outro lado do oceano, no lugar de escolher uma empresa privada, e ainda por cima espanhola, país que ficou conhecido nos últimos anos por sua abjeta sujeição aos EUA.
Para dificultar o trabalho dos espiões norte-americanos, no entanto, não basta que cabos como esse deixem de passar pelos EUA.
Dados são interceptados com o uso de vírus e malwares a todo momento, e só se pode vencer um software com o uso de outro software para combatê-lo.
Esse é o caso do Sikur, um sistema desenvolvido por uma empresa gaúcha do mesmo nome, que está sendo usado pelo Ministério da Justiça e que deverá se estender para outros órgãos do governo.
Ele atua como uma plataforma online para escrever e receber recados que avisa por e-mail quando o usuário recebe uma mensagem. Como a mensagem só pode ser lida dentro da plataforma, vírus ou o serviço de e-mail do usuário não conseguem abrir, copiar ou interceptar os dados.
Além dessa plataforma, a empresa criou mais dois programas, o SK Vault, para guarda e intercâmbio de arquivos, e o SK Mobile, disponíveis na PlayStore e na Apple Store.
Se quisermos dar trabalho aos hackers que operam nas agências norte-americanas de inteligência e em instituições similares de outros países, teremos que desenvolver permanentemente nossos próprios programas e aplicativos.
Para que iniciativas como o Sikur se multipliquem, será preciso que o governo faça pesados investimentos em software nacional, desenvolvido por programadores brasileiros que tenham lealdade para com quem encomendou o trabalho e amor pelo Brasil.
O software é o rifle de assalto, o submarino, o caça, o míssil, a ogiva nuclear da Guerra Eletrônica.
Se não pudermos passar à frente de nossos concorrentes, tentemos ao menos nos manter correndo.
Na reunião da Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, a Presidente Dilma discutiu, entre outros assuntos, a construção de um novo cabo ótico ligando diretamente a América do Sul à Europa, sem passar pelos EUA.
Teoricamente, a intenção é aumentar a segurança das comunicações entre os dois continentes, evitando que os dados sejam facilmente interceptados pelos norte-americanos.
O cabo teria participação da Telebras, pelo lado brasileiro, e da empresa espanhola Islalink. Redes de comunicação de alta velocidade para se conectar com o mundo são, hoje, uma necessidade estratégica.
O Brasil já se associou a outros países sul-americanos, para a construção do Anel Ótico da UNASUL.
E, infelizmente, a Telebras, por falta de recursos – argumento inaceitável quando o BNDES empresta bilhões para multinacionais como a Vivo – acaba de retirar-se de uma parceria com a Angola Cables para construir um cabo ótico entre o Brasil e o continente africano.
O cabo Brasil-Europa pode ser uma boa ideia, mas teria sido melhor se a Telebras tivesse se associado a uma companhia estatal do outro lado do oceano, no lugar de escolher uma empresa privada, e ainda por cima espanhola, país que ficou conhecido nos últimos anos por sua abjeta sujeição aos EUA.
Para dificultar o trabalho dos espiões norte-americanos, no entanto, não basta que cabos como esse deixem de passar pelos EUA.
Dados são interceptados com o uso de vírus e malwares a todo momento, e só se pode vencer um software com o uso de outro software para combatê-lo.
Esse é o caso do Sikur, um sistema desenvolvido por uma empresa gaúcha do mesmo nome, que está sendo usado pelo Ministério da Justiça e que deverá se estender para outros órgãos do governo.
Ele atua como uma plataforma online para escrever e receber recados que avisa por e-mail quando o usuário recebe uma mensagem. Como a mensagem só pode ser lida dentro da plataforma, vírus ou o serviço de e-mail do usuário não conseguem abrir, copiar ou interceptar os dados.
Além dessa plataforma, a empresa criou mais dois programas, o SK Vault, para guarda e intercâmbio de arquivos, e o SK Mobile, disponíveis na PlayStore e na Apple Store.
Se quisermos dar trabalho aos hackers que operam nas agências norte-americanas de inteligência e em instituições similares de outros países, teremos que desenvolver permanentemente nossos próprios programas e aplicativos.
Para que iniciativas como o Sikur se multipliquem, será preciso que o governo faça pesados investimentos em software nacional, desenvolvido por programadores brasileiros que tenham lealdade para com quem encomendou o trabalho e amor pelo Brasil.
O software é o rifle de assalto, o submarino, o caça, o míssil, a ogiva nuclear da Guerra Eletrônica.
Se não pudermos passar à frente de nossos concorrentes, tentemos ao menos nos manter correndo.
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