quarta-feira, 16 de julho de 2014

Para a CNN, palestinos querem morrer

Por Vinicius Gomes, na revista Fórum:

Na Faixa de Gaza, a contagem está em 156 mortos, 1.060 feridos e centenas de milhares de refugiados palestinos. Quem é responsável por toda essa atrocidade que já dura quase duas semanas? Segundo a CNN (e muitos outros veículos de mídia no Ocidente) são os próprios palestinos – e não o governo de Israel com seus mil e duzentos ataques aéreos.

Entrevistando a palestina-canadense Diana Buttu, ex-conselheira jurídica da OLP (Organização da Libertação da Palestina), o comentarista da CNN Jake Tapper afirmou que a razão para o grande número de civis inocentes mortos, incluindo mulheres e crianças, é que o Hamas instruiu a população palestina a ficar em suas casas enquanto a chuva de bombas israelenses caía sobre elas como maneira de lutar contra Israel. Segundo Tapper, haveria uma gravação em vídeo comprovando isso.

Tentando não entrar no mérito do absurdo de alguém lutar, na esperança de derrotar um exército infinitamente mais bem armado, ao simplesmente ficar sentado dentro de casa e esperando uma bomba cair sobre sua família, a advogada destacou que seria muito difícil de acreditar que tal ordem seria obedecida. Buttu já participou de negociações de paz entre Israel e Palestina.

O comentarista então rebateu a advogada, dizendo que a cultura de martírio dos palestinos corrobora sua afirmação: os civis querem morrer; ao passo que resta a Buttu apenas dizer que os palestinos são seres humanos como todos os outros no planeta e que não querem morrer como mártires, querem apenas viver dignamente como toda outra pessoa no mundo.

Pode parecer incompreensível para muitos norte-americanos e israelenses entenderem isso, mas a única explicação plausível para as mortes de civis inocentes não é o martírio, mas simplesmente porque Israel está jogando bombas neles.

A ideia de que a vítima é sempre culpada pela própria tragédia – principalmente partindo dos EUA – não é nada nova. Como apontou David Swanson, do movimento pacifista World Beyond War, o general norte-americano William Westmoreland justificou os 4 milhões de civis mortos durante a Guerra do Vietnã com afirmação de que “os orientais não colocam o mesmo alto valor pela vida como os ocidentais. A vida é barata no Oriente”.

2 comentários:

Radiogudi disse...

Um genocídio está acontecendo na faixa de Gaza e o mundo nem sequer toma uma atitude. A ONU sequer se pronuncia sobre o massacre de palestinos pois está mais preocupada com a bomba atômica do Irã. Igual aconteceu no Iraque em 2003.

José da Mota disse...

A escolha é sua.

camarada é a lei da vida
se alguém persegue e trucida
seu viver não é divinamente
perde eterno espírito simplesmente
pois se a todos querem morte
enquanto todos saúde e sorte
com a pureza dos olhos vigilantes
vêem atrocidades por mais distantes
só covarde forte trucida o fraco
isso é coisa de desumano imoral
sabemos deste seu objetivo que a todos no futuro
inclusive aos EUA como a todos buscam eliminação exatamente igual

pois assassinam a vida em busca do poder total
ah vida que é bonita porque é divina e é bonita
mas a vida meu irmão é o melhor que há
defenderemos-a pois é de tua escuridão a luz clara limpa e linda
e vocês ai meu Deus são tão tirânicos
que na barbárie humanos eliminam de assustar satânicos
fazem de sua religião letal o ideal de matar toda gente
rezam por todos a morte e sorrateiramente discriminam
mas isso não importa a vida é breve e justa
cedo ou tarde sua ganância de domínio pagarão
e com o tempo mais maléfica sua atitude injusta
aos do bem guarnição e a alegria no coração
do mal covardes que pisoteiam quem de si mais fracos
como paga um dia pisoteados serão caídos ao chão
se mostram crueldades que são capazes em seus tratos
ao mundo um dia na mesma moeda pagarão
pois os sábios com guarnição e divino astral
são verdadeiros fortes com honra e instinto de proteção
verdadeiros fortes com guarnição e divino astral
vivem atentos com seus os olhos do mundo pois são eternos aprendizes
em paz têm vidas felizes e em guerra poder bélico para vencer o mal

José da Mota.