Do blog de Zé Dirceu:
No reinado absoluto que comandam sem nenhuma regulação na área – já se faz tarde essa regulação e ninguém tem coragem de elaborá-la… –, os grandes veículos de comunicação cometem tantos absurdos e desinformam tanto seus leitores nas manobras de manipulação que promovem que, as vezes, surpreendem até seus próprios quadros jornalísticos.
Foi o que aconteceu semana passada com a Folha de S.Paulo com aquela sua manchete do domingo acusatória ao ex-ministro José Dirceu e que depois se provou toda mentirosa – ao contrário do que diziam a manchete de capa do jornal e a reportagem, executivos delatores que estão presos não haviam acusado Dirceu de receber propina no caso Petrobras e um único deles que teria falado, não o fez no inquérito nem no curso das investigações, mas teria falado em conversas com procuradores.
Para tentar esclarecer o que aconteceu, a ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins, que constatou e questionou toda a manipulação do jornal em que trabalha nesse material sobre Dirceu, dedicou praticamente toda a sua coluna de ontem ao fato. Vera reitera que estava tudo incorreto em termos de informações e cobra expondo seu ponto de vista: pela dimensão dada à questão, o desmentido e o reconhecimento do jornal, de que errou, tinha que ter sido dado em uma nova reportagem e não apenas em pequena nota da Seção “Erramos”, como a Folha fez.
Folha não reconhece o outro erro, o de que não deu o devido direito de resposta
Mas, a Secretaria de Redação, com quem ela trata para esclarecer as questões levantadas pelo jornal e os erros por ele cometidos manteve a arrogância na resposta dada a ombudsman: respondeu-lhe que o jornal cometeu apenas um erro de enunciado, que o conteúdo da reportagem – todo errado, falso… – “valia mesmo manchete” (???) e diz que o jornal deu a devida resposta ao publicar 10 linhas na seção Erramos e além disso, publicou a carta da assessoria de imprensa do ex-ministro.
Bom, só faltava não ter publicado a carta de esclarecimentos do ex-ministro enviada por sua assessoria de imprensa…mas não se espantem, leitores, às vezes, por mais clamorosa que seja a situação e a acusação, eles não publicam. Dai o orgulho da Secretaria de Redação ao jactar-se de ter publicado a carta! Mas, as vezes não dão mesmo nem esse mínimo direito de resposta, que não é o estabelecido em lei, já que esta determina que seja no mesmo espaço e tamanho da reportagem acusatória.
O jornal discorda dos comentários da ombudsman e a Secretaria de Redação lhe respondeu: “O erro foi assumido na seção diária destinada a essa finalidade. A carta do assessor de Dirceu criticando o enunciado foi publicada com destaque no alto do ‘Painel do Leitor’ de 24/03″.
Carta e nota em espaços muito menores do que os dados à manchete e à reportagem
Agora comparar e insistir que deu ao ex-ministro a devida resposta pelos danos causados pela reportagem manchete principal de capa do domingo passado e ocupou amplo espaço internamente só porque publicou a carta da assessoria de imprensa e deu 10 linhas na seção “Erramos”, francamente…
São dois espaços editoriais de acesso, leitura e destaque infinitamente menores que os demais em que ela publicou a manchete e a reportagem. A Folha subestima, acha que convence e quer desqualificar a inteligência e o censo de responsabilidade dos que acompanham seu noticiário.
Leiam clicando aqui a íntegra da análise da ombudsman publicada ontem sob o título “Diferentemente do informado…”
No reinado absoluto que comandam sem nenhuma regulação na área – já se faz tarde essa regulação e ninguém tem coragem de elaborá-la… –, os grandes veículos de comunicação cometem tantos absurdos e desinformam tanto seus leitores nas manobras de manipulação que promovem que, as vezes, surpreendem até seus próprios quadros jornalísticos.
Foi o que aconteceu semana passada com a Folha de S.Paulo com aquela sua manchete do domingo acusatória ao ex-ministro José Dirceu e que depois se provou toda mentirosa – ao contrário do que diziam a manchete de capa do jornal e a reportagem, executivos delatores que estão presos não haviam acusado Dirceu de receber propina no caso Petrobras e um único deles que teria falado, não o fez no inquérito nem no curso das investigações, mas teria falado em conversas com procuradores.
Para tentar esclarecer o que aconteceu, a ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins, que constatou e questionou toda a manipulação do jornal em que trabalha nesse material sobre Dirceu, dedicou praticamente toda a sua coluna de ontem ao fato. Vera reitera que estava tudo incorreto em termos de informações e cobra expondo seu ponto de vista: pela dimensão dada à questão, o desmentido e o reconhecimento do jornal, de que errou, tinha que ter sido dado em uma nova reportagem e não apenas em pequena nota da Seção “Erramos”, como a Folha fez.
Folha não reconhece o outro erro, o de que não deu o devido direito de resposta
Mas, a Secretaria de Redação, com quem ela trata para esclarecer as questões levantadas pelo jornal e os erros por ele cometidos manteve a arrogância na resposta dada a ombudsman: respondeu-lhe que o jornal cometeu apenas um erro de enunciado, que o conteúdo da reportagem – todo errado, falso… – “valia mesmo manchete” (???) e diz que o jornal deu a devida resposta ao publicar 10 linhas na seção Erramos e além disso, publicou a carta da assessoria de imprensa do ex-ministro.
Bom, só faltava não ter publicado a carta de esclarecimentos do ex-ministro enviada por sua assessoria de imprensa…mas não se espantem, leitores, às vezes, por mais clamorosa que seja a situação e a acusação, eles não publicam. Dai o orgulho da Secretaria de Redação ao jactar-se de ter publicado a carta! Mas, as vezes não dão mesmo nem esse mínimo direito de resposta, que não é o estabelecido em lei, já que esta determina que seja no mesmo espaço e tamanho da reportagem acusatória.
O jornal discorda dos comentários da ombudsman e a Secretaria de Redação lhe respondeu: “O erro foi assumido na seção diária destinada a essa finalidade. A carta do assessor de Dirceu criticando o enunciado foi publicada com destaque no alto do ‘Painel do Leitor’ de 24/03″.
Carta e nota em espaços muito menores do que os dados à manchete e à reportagem
Agora comparar e insistir que deu ao ex-ministro a devida resposta pelos danos causados pela reportagem manchete principal de capa do domingo passado e ocupou amplo espaço internamente só porque publicou a carta da assessoria de imprensa e deu 10 linhas na seção “Erramos”, francamente…
São dois espaços editoriais de acesso, leitura e destaque infinitamente menores que os demais em que ela publicou a manchete e a reportagem. A Folha subestima, acha que convence e quer desqualificar a inteligência e o censo de responsabilidade dos que acompanham seu noticiário.
Leiam clicando aqui a íntegra da análise da ombudsman publicada ontem sob o título “Diferentemente do informado…”
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