Por Altamiro Borges
Este mundo é cheio de ironias. Kim Kataguiri, o jovem líder do grupelho fascista Movimento Brasil Livre (MBL), que prega a derrubada de Dilma e a redução do papel do Estado – com o fim dos programas sociais, das cotas nas faculdades e até das blitz policiais contra os motoristas bêbados – foi vítima de um acidente de trânsito na noite deste sábado (23). Ele participava da patética marcha pelo impeachment, que saiu de São Paulo em abril e pretende chegar ao Palácio do Planalto em 27 de maio. No acostamento da estrada entre as cidades de Abadiânia e Alexânia, em Goiás, o pequeno cortejo foi atropelado por um motorista bêbado. Ironias das ironias, os dois feridos foram atendidos pelo Samu – uma criação estatista dos “petralhas”.
Segundo relato do jornal Estadão, que adotou os golpistas mirins desde a primeira marcha em 15 de março, os dois manifestantes não sofreram maiores traumas. “Kim Kataguiri, líder da marcha que defende o impeachment da presidente Dilma, ficou levemente ferido e não precisou ser hospitalizado. A outra vítima, identificada pela Polícia Rodoviária Federal apenas como Amanda, foi levada ao Hospital Huana, em Anápolis (GO). Segundo o hospital, ela sofreu um corte na cabeça e deve ter alta ainda neste domingo. Os dois foram atingidos após uma colisão envolvendo dois veículos. Um dos motoristas, que havia ingerido álcool, foi preso em flagrante”.
O maior trauma dos jovens direitistas parece ser o do isolamento do seu movimento golpista. Como registrou o Estadão, também frustrado, “na semana passada, o MBL criticou o PSDB após o partido ter desistido da tese do impeachment de Dilma. Nas redes sociais, o grupo chamou o senador Aécio Neves (MG) de ‘traidor’”. O melhor registro sobre o acidente, porém, foi feito pela blogueira Conceição Oliveira, do blog “Maria Frô”. Ela lembra que o MBL é uma organização de extrema direita, partidária das teses neoliberais de negação do Estado. “Se a sociedade fosse como pregam os liberais, nem eles estariam a salvo deles mesmos”, ironiza já no título da postagem.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi criado no governo Lula e está vinculado ao Ministério da Saúde. Ele visa, segundo seu site, prestar “atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro começa com a chamada gratuita feita para o telefone 192”. Na lógica do MBL, este órgão público “petralha” nem deveria existir. “Se não existisse o Samu, quem iria socorrer o Kim Kataguiri?”, ironiza Conceição Oliveira. A blogueira lembra ainda que o MBL segue os dogmas do Instituto Mises – uma organização internacional que difunde as ideias do pensador ucraniano Ludwig von Mises, um dos papas do genocídio neoliberal.
Este instituto, que recebe muita grana das multinacionais, prega vários absurdos. Um dos artigos publicados no site da entidade, intitulado “pelo direito de dirigir alcoolizado”, criticou até a adoção da Lei Seca no Brasil – que seria uma forma de intervenção autoritária do governo na vida dos indivíduos. “O Estado mostra mais uma vez que é incapaz de distinguir entre causa e efeito”, afirma a nota introdutória do texto bisonho.
Este mundo é cheio de ironias. Kim Kataguiri, o jovem líder do grupelho fascista Movimento Brasil Livre (MBL), que prega a derrubada de Dilma e a redução do papel do Estado – com o fim dos programas sociais, das cotas nas faculdades e até das blitz policiais contra os motoristas bêbados – foi vítima de um acidente de trânsito na noite deste sábado (23). Ele participava da patética marcha pelo impeachment, que saiu de São Paulo em abril e pretende chegar ao Palácio do Planalto em 27 de maio. No acostamento da estrada entre as cidades de Abadiânia e Alexânia, em Goiás, o pequeno cortejo foi atropelado por um motorista bêbado. Ironias das ironias, os dois feridos foram atendidos pelo Samu – uma criação estatista dos “petralhas”.
Segundo relato do jornal Estadão, que adotou os golpistas mirins desde a primeira marcha em 15 de março, os dois manifestantes não sofreram maiores traumas. “Kim Kataguiri, líder da marcha que defende o impeachment da presidente Dilma, ficou levemente ferido e não precisou ser hospitalizado. A outra vítima, identificada pela Polícia Rodoviária Federal apenas como Amanda, foi levada ao Hospital Huana, em Anápolis (GO). Segundo o hospital, ela sofreu um corte na cabeça e deve ter alta ainda neste domingo. Os dois foram atingidos após uma colisão envolvendo dois veículos. Um dos motoristas, que havia ingerido álcool, foi preso em flagrante”.
O maior trauma dos jovens direitistas parece ser o do isolamento do seu movimento golpista. Como registrou o Estadão, também frustrado, “na semana passada, o MBL criticou o PSDB após o partido ter desistido da tese do impeachment de Dilma. Nas redes sociais, o grupo chamou o senador Aécio Neves (MG) de ‘traidor’”. O melhor registro sobre o acidente, porém, foi feito pela blogueira Conceição Oliveira, do blog “Maria Frô”. Ela lembra que o MBL é uma organização de extrema direita, partidária das teses neoliberais de negação do Estado. “Se a sociedade fosse como pregam os liberais, nem eles estariam a salvo deles mesmos”, ironiza já no título da postagem.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi criado no governo Lula e está vinculado ao Ministério da Saúde. Ele visa, segundo seu site, prestar “atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar: residências, locais de trabalho e vias públicas. O socorro começa com a chamada gratuita feita para o telefone 192”. Na lógica do MBL, este órgão público “petralha” nem deveria existir. “Se não existisse o Samu, quem iria socorrer o Kim Kataguiri?”, ironiza Conceição Oliveira. A blogueira lembra ainda que o MBL segue os dogmas do Instituto Mises – uma organização internacional que difunde as ideias do pensador ucraniano Ludwig von Mises, um dos papas do genocídio neoliberal.
Este instituto, que recebe muita grana das multinacionais, prega vários absurdos. Um dos artigos publicados no site da entidade, intitulado “pelo direito de dirigir alcoolizado”, criticou até a adoção da Lei Seca no Brasil – que seria uma forma de intervenção autoritária do governo na vida dos indivíduos. “O Estado mostra mais uma vez que é incapaz de distinguir entre causa e efeito”, afirma a nota introdutória do texto bisonho.
Como ironiza Conceição Oliveira, ainda bem que as teses amalucadas do MBL não estão em vigor no Brasil. Até o “traidor” Aécio Neves já abandonou os golpistas mirins na estrada. Kim Kataguiri foi atropelado por um motorista embriagado e foi atendido pelo Samu. Só faltava ser socorrido por um médico cubano em Goiás. Ele nem pode reclamar do acidente e das piadinhas!
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