Por Altamiro Borges
Durante um evento em Cuiabá neste fim de semana, que marcou a filiação do tucano enrustido Pedro Taques (governador do Mato Grosso) ao PSDB, o "picolé de chuchu" Geraldo Alckmin surpreendeu a plateia de apaniguados ao fazer um duro discurso contra a presidenta Dilma e o seu partido. "Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. O PT do desemprego, da inflação, dos juros pornográficos e da praga do desvio do dinheiro público. Hoje é tempo de honestidade", esbravejou o governador paulista - sem se referir ao trensalão tucano ou aos escândalos de corrupção na Receita e na PM do Estado.
Durante um evento em Cuiabá neste fim de semana, que marcou a filiação do tucano enrustido Pedro Taques (governador do Mato Grosso) ao PSDB, o "picolé de chuchu" Geraldo Alckmin surpreendeu a plateia de apaniguados ao fazer um duro discurso contra a presidenta Dilma e o seu partido. "Temos que nos livrar dessa praga que é o PT. O PT do desemprego, da inflação, dos juros pornográficos e da praga do desvio do dinheiro público. Hoje é tempo de honestidade", esbravejou o governador paulista - sem se referir ao trensalão tucano ou aos escândalos de corrupção na Receita e na PM do Estado.
O discurso raivoso foi puro jogo de cena, coisa típica dos oportunistas, como cutucou a própria Folha tucana nesta segunda-feira (31) na nota intitulada "Morde e assopra", da coluna Painel: "A declaração de Alckmin ao comparar o PT a uma praga surpreendeu até mesmo assessores do tucano, conhecido pelo estilo diplomático. A fala dura teve como objetivo, segundo interlocutores do governador paulista, arrefecer as críticas de que ele se mantém em cima do muro sobre o governo federal, perdendo protagonismo para o senador Aécio Neves (PSDB-MG). A crítica foi pontual e Alckmin não deve repeti-la, uma vez que depende de repasses da União".
Poucos dias antes, o "picolé de chuchu" até carregou uma sombrinha para Dilma durante a inauguração de moradias do programa "Minha Casa, Minha Vida" na região metropolitana. Ele também se opôs à tese de Aécio Neves pelo impeachment da presidenta. Enquanto o cambaleante senador tem pressa na sua cavalgada golpista - já que foi escorraçado de Minas Gerais e não possui sólidas bases de apoio -, o governador paulista adota uma tática mais cautelosa. Ele aposta no desgaste do atual governo e na disputa presidencial em 2018. Para ele, o ideal é "sangrar" Dilma e "matar Lula", que poderia abater o seu sonho presidencial. Quanto a Aécio Neves, Alckmin sabe que ele virará carcaça no ninho tucano.
Daí o seu jogo oportunista do "morde e assopra". Geraldo Alckmin, porém, precisa ficar esperto. Ele não está com esta bola toda. Até os mais tapados eleitores paulistas já sentem a tragédia da sua gestão no Estado. Racionamento de água, que só tende a piorar; explosão de violência nos centros urbanos; caos nos transportes públicos; deterioração dos serviços de educação e saúde; e inúmeras denúncias de corrupção. A única salvação do "picolé de chuchu" é a mídia chapa-branca, que faz um baita esforço para blindá-lo. Se bobear, a população paulista pode decidir se livrar da "praga" do Alckmin!
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1 comentários:
Taques saiu do PDT?
Muito bom.
Agora eu me filio.
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