Não sobrou nem a 'massa cheirosa' no PSDB

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Olhando as fotos e as descrições das baixarias nas prévias do PSDB para a escolha do candidato à Prefeitura de São Paulo, com socos, pontapés e despejo de eleitores transportados por cabos eleitorais do almofadinha João Dória Jr. não pude deixar de me lembrar da Eliane Cantanhêde, na convenção do PSDB em 2010, chamando de “massa cheirosa” a tucanada que aparecia.

Bons tempos, não é Eliane, em que vocês eram uma “gente diferenciada”, que podia arrotar grandezas…

O PSDB, agora, está que nem o gordinho da foto, com a bunda de fora, coitado, reduzido à dura realidade da despolitização que vocês mesmos patrocinaram.

Vocês ensinaram a selvageria, estimulando gritos, tapas e “vá tomar no c…” contra o Governo; não se queixem que acabe por acontecer o mesmo em seus convescotes.

Vocês criaram os Kataguiris, os Revoltados Online, a turma do “pixuleco”…agora aguentem.

Como vão ter que aguentar o Bolsonaro comendo os votos do Aécio ou do Alckmin, em 2018, porque na selvageria se faz cair em poucos meses, mas à civilização se leva séculos a voltar.

É por isso que julgo vocês mais obscenos do que o pobre coitado sem as calças aí da foto.

Ele estava ali defendendo os seus trocados fazendo carreto de eleitores – coisa que desde a Lei Etelvino Lins não se aceita – porque algum “punhos de renda” o mandou e o pagou.

Vocês, não.

Vocês estão muito bem, seus narizinhos seguem empinados, porque não há mesmo massa cheirosa para vocês.

E, na hora desta abjeção, o voto, têm de conviver com os fedegosos, a gentalha, o preço que têm de pagar para que haja a tal democracia.

Mas não se desespere, Cantanhêde, vem aí uma nova “massa cheirosa”.

Promotores, juízes, bons ternos e bons vencimentos, embora alguns ainda tenham de olhar para o que o outro faz com os talheres, porque a “meritocracia” dos concursos ainda não pede respostas sobre etiqueta.

Como com os talheres, vão se portar pelas regras e fazer tudo como sempre foi feito.

Mas não espere que eles sejam pacientes com os bunda-de-fora do mundo real.

Para eles, é o relho.