Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:
O título parece sensacionalista, mas não é.
A entrevista do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, ao editor do blog Poder 360, Fernando Rodrigues, deixa bem claro que as coisas vão piorar.
Dias depois do governo anunciar um pacote que pretende perdoar a dívida das teles, agora ficamos sabendo que a Anatel, que se tornou quase uma agência de lobby das empresas, terá carta branca do Planalto para criar uma série de regras que encarecerão e piorarão a internet.
O superpresente às teles foi suspenso pelo STF ao final de dezembro. Mas não dá para confiar no judiciário brasileiro, que se tornou um puxadinho jurídico da Globo. Na primeira negociação salarial dos juízes, o STF muda de ideia.
Kassab informa que as franquias de acesso ilimitado de dados, que já são uma ficção, deixarão de existir e as empresas oferecerão pacotes cada vez mais diferenciados, que deixarão a internet brasileira ainda mais elitizada do que já é.
Na entrevista a Fernando Rodrigues, ex-editorialista da Folha e jornalista do UOL, não há uma informação sobre preços de internet no resto do mundo, tampouco nenhuma comparação entre o preço da internet no Brasil, relativamente ao poder aquisitivo, com outros países.
A grande imprensa, como sempre, não está interessada em trazer esse tipo de informação ao cidadão brasileiro, permanentemente assaltado pelas operadoras de telefonia e internet, que cobram aqui as mais altas tarifas do planeta.
O governo e os cérebros ainda não completamente destruídos pela mídia devem entender que internet barata facilita negócios, ou seja, promove desenvolvimento, crescimento econômico e empregos. Da mesma forma, seria necessário que o governo regulasse os juros cobrados de cartão de crédito, que é a principal forma de pagamento usado em negócios online.
À imprensa, cabe trazer informação sobre o preço da internet no mundo. Se a imprensa privada não vai atrás da informação, caberia à Agência Brasil correr atrás desses dados.
Kassab fala em "investimentos" das teles, sem oferecer nenhuma prova de que esse investimento irá ocorrer de fato, nem apresentar nenhuma cláusula concreta que obrigue as teles a realizar esses investimentos. As únicas notícias confirmadas são: aumento do custo da internet e imposição de mais limites para download e upload.
É uma entrevista estranha entre Kassab e Rodrigues. Não há um número, uma mísera estimativa de investimentos, de aumento de preços, não se traz uma pesquisa sobre os preços atuais. Nada. A entrevista é toda baseada no gogó de Kassab.
Leia trechos da entrevista aqui ou assista o vídeo [aqui].
O título parece sensacionalista, mas não é.
A entrevista do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, ao editor do blog Poder 360, Fernando Rodrigues, deixa bem claro que as coisas vão piorar.
Dias depois do governo anunciar um pacote que pretende perdoar a dívida das teles, agora ficamos sabendo que a Anatel, que se tornou quase uma agência de lobby das empresas, terá carta branca do Planalto para criar uma série de regras que encarecerão e piorarão a internet.
O superpresente às teles foi suspenso pelo STF ao final de dezembro. Mas não dá para confiar no judiciário brasileiro, que se tornou um puxadinho jurídico da Globo. Na primeira negociação salarial dos juízes, o STF muda de ideia.
Kassab informa que as franquias de acesso ilimitado de dados, que já são uma ficção, deixarão de existir e as empresas oferecerão pacotes cada vez mais diferenciados, que deixarão a internet brasileira ainda mais elitizada do que já é.
Na entrevista a Fernando Rodrigues, ex-editorialista da Folha e jornalista do UOL, não há uma informação sobre preços de internet no resto do mundo, tampouco nenhuma comparação entre o preço da internet no Brasil, relativamente ao poder aquisitivo, com outros países.
A grande imprensa, como sempre, não está interessada em trazer esse tipo de informação ao cidadão brasileiro, permanentemente assaltado pelas operadoras de telefonia e internet, que cobram aqui as mais altas tarifas do planeta.
O governo e os cérebros ainda não completamente destruídos pela mídia devem entender que internet barata facilita negócios, ou seja, promove desenvolvimento, crescimento econômico e empregos. Da mesma forma, seria necessário que o governo regulasse os juros cobrados de cartão de crédito, que é a principal forma de pagamento usado em negócios online.
À imprensa, cabe trazer informação sobre o preço da internet no mundo. Se a imprensa privada não vai atrás da informação, caberia à Agência Brasil correr atrás desses dados.
Kassab fala em "investimentos" das teles, sem oferecer nenhuma prova de que esse investimento irá ocorrer de fato, nem apresentar nenhuma cláusula concreta que obrigue as teles a realizar esses investimentos. As únicas notícias confirmadas são: aumento do custo da internet e imposição de mais limites para download e upload.
É uma entrevista estranha entre Kassab e Rodrigues. Não há um número, uma mísera estimativa de investimentos, de aumento de preços, não se traz uma pesquisa sobre os preços atuais. Nada. A entrevista é toda baseada no gogó de Kassab.
Leia trechos da entrevista aqui ou assista o vídeo [aqui].
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