Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):
Confirmando o que havia dito semanas atrás, a Petrobrás emitiu um comunicado ao mercado falando sobre uma nova lista de desinvestimentos da companhia. Mas, vejam só: a lista não foi divulgada! Segundo a nova metodologia, a Petrobrás submeterá à Diretoria Executiva individualmente cada projeto de investimento e, se aprovado, serão divulgados ao mercado maiores informações dos projetos, como: atores envolvidos, modelo de negócio entre outros. No entanto, na mesma nota, a empresa informa que já está aprovada uma “carteira de intenções” de desinvestimentos: “Petrobras (...) informa que sua Diretoria Executiva aprovou a recomposição da sua carteira de projetos de parcerias e desinvestimentos. (...) a carteira aprovada é uma carteira de intenções, a partir da qual o início de divulgação de cada projeto se dará individualmente e oportunamente”.
Em outras palavras, ao invés de ampliar a transparência do processo de desinvestimento, como solicitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a gestão Pedro Parente se utiliza de um instrumento para não divulgar amplamente para a sociedade quais os ativos da “carteira de intenções” que estão dispostos a ser vendidos. Agora, os trabalhadores e a sociedade em geral somente terão acesso aos projetos a serem vendidos quando aprovado pela Diretoria e estiverem prontos para serem vendidos ao mercado. Embora já se saiba de antemão quais ativos devem compor a carteira de desinvestimentos, a Petrobrás se nega a informa-los.
No comunicado, a empresa apenas menciona que pretende se desfazer de Pasadena e dos ativos comprados na África. É mais uma prova da visão míope e de curto prazo dos gestores, que seguem jogando no lixo as oportunidades de ganho da companhia no longo prazo.
Em primeiro lugar, a refinaria de Pasadena continua apresentando grandes oportunidades de ganho para a Petrobrás – em 2014, por exemplo, o lucro foi superior a US$ 100 milhões. Recentemente, a produção de óleo não convencional no campo de Eagle Ford – que fica no Texas e próximo à refinaria – permitiu ampliar, a um custo relativamente baixo, sua capacidade produtiva. Segundo dados da Petrobrás e da Agência de Energia Americana, em 2016, o custo de produção dos derivados estava em torno US$ 43,5 o barril – considerando o custo do refino mais o do óleo cru – enquanto que o preço de venda no varejo era de US$ 48,2 o barril. Ou seja, para cada barril, a margem bruta da refinaria era de aproximadamente cinco dólares. Levando-se em conta que Pasadena tem uma capacidade de refinar cerca de 100 mil barris/dia, a margem diária seria algo em torno de US$ 500 mil.
Em segundo lugar, os ativos da África, atualmente, respondem por cerca de 40% das reservas que a Petrobrás tem no exterior. De acordo com dados da companhia, são de 32,5 milhões de barris. Seguindo a linha do que a companhia já tem feito dentro o Brasil, a nova ordem da gestão Parente é diminuir o volume de reservas provadas líquidas. Não é por acaso que em 2016, o volume de reservas provadas da Petrobrás se reduziu ao ponto de ser inferior ao volume de 2004.
Quantas empresas têm a oportunidade de ter uma margem bruta de US$ 500 mil? Quantas operadoras se desfazem de reservas de petróleo num ritmo assustador como o da Petrobrás?
Evidente que essas ações não têm relação apenas com a lógica financeira ou estratégia da Petrobrás, mas sim com a marca da atual gestão. Para dilapidar o patrimônio brasileiro e vender o mais rápido possível os ativos da empresa, atendendo aos interesses do governo e das operadoras estrangeiras, tudo é permitido por Pedro Parente: pouca transparência, abrir mão de oportunidades futuras para a empresa e até destruir aquilo que é o mais importante para uma petroleira, que são as reservas de petróleo.
Quando assumiu a Petrobrás, ele disse que não privatizaria a empresa. Nem seria preciso, pois o plano é vender pelas beiradas, reduzindo a companhia até que não reste mais nada para privatizar.
Confirmando o que havia dito semanas atrás, a Petrobrás emitiu um comunicado ao mercado falando sobre uma nova lista de desinvestimentos da companhia. Mas, vejam só: a lista não foi divulgada! Segundo a nova metodologia, a Petrobrás submeterá à Diretoria Executiva individualmente cada projeto de investimento e, se aprovado, serão divulgados ao mercado maiores informações dos projetos, como: atores envolvidos, modelo de negócio entre outros. No entanto, na mesma nota, a empresa informa que já está aprovada uma “carteira de intenções” de desinvestimentos: “Petrobras (...) informa que sua Diretoria Executiva aprovou a recomposição da sua carteira de projetos de parcerias e desinvestimentos. (...) a carteira aprovada é uma carteira de intenções, a partir da qual o início de divulgação de cada projeto se dará individualmente e oportunamente”.
Em outras palavras, ao invés de ampliar a transparência do processo de desinvestimento, como solicitada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a gestão Pedro Parente se utiliza de um instrumento para não divulgar amplamente para a sociedade quais os ativos da “carteira de intenções” que estão dispostos a ser vendidos. Agora, os trabalhadores e a sociedade em geral somente terão acesso aos projetos a serem vendidos quando aprovado pela Diretoria e estiverem prontos para serem vendidos ao mercado. Embora já se saiba de antemão quais ativos devem compor a carteira de desinvestimentos, a Petrobrás se nega a informa-los.
No comunicado, a empresa apenas menciona que pretende se desfazer de Pasadena e dos ativos comprados na África. É mais uma prova da visão míope e de curto prazo dos gestores, que seguem jogando no lixo as oportunidades de ganho da companhia no longo prazo.
Em primeiro lugar, a refinaria de Pasadena continua apresentando grandes oportunidades de ganho para a Petrobrás – em 2014, por exemplo, o lucro foi superior a US$ 100 milhões. Recentemente, a produção de óleo não convencional no campo de Eagle Ford – que fica no Texas e próximo à refinaria – permitiu ampliar, a um custo relativamente baixo, sua capacidade produtiva. Segundo dados da Petrobrás e da Agência de Energia Americana, em 2016, o custo de produção dos derivados estava em torno US$ 43,5 o barril – considerando o custo do refino mais o do óleo cru – enquanto que o preço de venda no varejo era de US$ 48,2 o barril. Ou seja, para cada barril, a margem bruta da refinaria era de aproximadamente cinco dólares. Levando-se em conta que Pasadena tem uma capacidade de refinar cerca de 100 mil barris/dia, a margem diária seria algo em torno de US$ 500 mil.
Em segundo lugar, os ativos da África, atualmente, respondem por cerca de 40% das reservas que a Petrobrás tem no exterior. De acordo com dados da companhia, são de 32,5 milhões de barris. Seguindo a linha do que a companhia já tem feito dentro o Brasil, a nova ordem da gestão Parente é diminuir o volume de reservas provadas líquidas. Não é por acaso que em 2016, o volume de reservas provadas da Petrobrás se reduziu ao ponto de ser inferior ao volume de 2004.
Quantas empresas têm a oportunidade de ter uma margem bruta de US$ 500 mil? Quantas operadoras se desfazem de reservas de petróleo num ritmo assustador como o da Petrobrás?
Evidente que essas ações não têm relação apenas com a lógica financeira ou estratégia da Petrobrás, mas sim com a marca da atual gestão. Para dilapidar o patrimônio brasileiro e vender o mais rápido possível os ativos da empresa, atendendo aos interesses do governo e das operadoras estrangeiras, tudo é permitido por Pedro Parente: pouca transparência, abrir mão de oportunidades futuras para a empresa e até destruir aquilo que é o mais importante para uma petroleira, que são as reservas de petróleo.
Quando assumiu a Petrobrás, ele disse que não privatizaria a empresa. Nem seria preciso, pois o plano é vender pelas beiradas, reduzindo a companhia até que não reste mais nada para privatizar.
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